O mistério da Paixão de Cristo não se repete

Formação

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Já me deparei com a questão de que algumas religiões insistem em dizer que nós católicos veneramos um Jesus morto. Esses questionamentos sobretudo aparecem principalmente na Quaresma e Semana Santa e não tem outro objetivo a não ser atacar a igreja. Queria eu acreditar que fosse por pura falta de conhecimento, mas levando-se em consideração que (com toda a tecnologia de informação a respeito) hoje é fácil pesquisar e descobrir os fatos, penso que a justificativa seja apena só ataque gratuito. Quando preciso e quero saber sobre qualquer assunto (principalmente outras religiões) busco sites e fontes confiáveis para pesquisar e aprender.

Dito isso, vou entrar na questão principal: Não veneramos Jesus Morto!

Cada religião possui suas tradições e simbologias. A Igreja Católica sempre exibe a cruz como lembrança do sacrifício de amor feito por Cristo para a salvação de todos nós. É simbolo e não o que nos move. Cristo vivo também aparece nas nossas igrejas, mas é claro que a lembrança do sacrifício de Jesus não pode ser esquecido nunca.

É muito claro (óbvio para mim) que a Igreja Católica Apostólica Romana só existe pelo simples fato de que Jesus está vivo e deixou a missão para Pedro quando fez sua ascensão de corpo e alma ao céu.

Não estamos esperando Jesus ressuscitar, ele já fez isso. Ninguém venera um Deus morto, pois isso nem tem sentido.

Na Semana Santa é feito a memória do sacrifico de Jesus, porque é preciso sempre lembrar de quem amou mais a cada um de nós a ponto de sacrificar o próprio filho. Isso não é dizer que veneramos a um Jesus morto e sim que não esquecemos do motivo que nos move. A palavra de Deus ecoa desde mais de 2000 anos e a igreja nunca cansou de proclamar a glória de jesus vivo. Aguardamos seu retorno glorioso.

O Catecismo da Igreja Católica explica perfeitamente que o Mistério da Paixão de Cristo não se repete mas é atualizado a cada celebração. Jesus se sacrificou apenas uma vez em expiação dos nossos pecados e os pecados do mundo todo, não repetimos o sacrifício fazemos memória.

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O ESPÍRITO SANTO RECORDA O MISTÉRIO DE CRISTO

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1099. O Espírito e a Igreja cooperam para manifestar Cristo e a sua obra de salvação na liturgia. Principalmente na Eucaristia, e analogicamente nos outros sacramentos, a liturgia é o memorial do mistério da salvação. O Espírito Santo é a memória viva da Igreja.

1100. A Palavra de Deus. O Espírito Santo lembra à assembleia litúrgica, em primeiro lugar, o sentido do acontecimento salvífico, dando vida à Palavra de Deus, que é anunciada para ser recebida e vivida:

«É enorme a importância da Sagrada Escritura na celebração da liturgia. Porque é a ela que se vão buscar as leituras que se explicam na homilia e os salmos para cantar; com o seu espírito e da sua inspiração nasceram as preces, as orações e os hinos litúrgicos: dela tiram a sua capacidade de significação as ações e os sinais».

1101. É o Espírito Santo que dá aos leitores e ouvintes, segundo a disposição dos seus corações, a inteligência espiritual da Palavra de Deus. Através das palavras, ações e símbolos, que formam a trama duma celebração, o Espírito Santo põe os fiéis e os ministros em relação viva com Cristo, Palavra e Imagem do Pai, de modo a poderem fazer passar para a sua vida o sentido daquilo que ouvem, vêem e fazem na celebração.

1102. «É pela Palavra da salvação […] que a fé é alimentada no coração dos fiéis; e é mercê da fé que tem início e se desenvolve a reunião dos fiéis». O anúncio da Palavra de Deus não se fica por um ensinamento: faz apelo à resposta da fé, enquanto assentimento e compromisso, em vista da aliança entre Deus e o seu povo. É ainda o Espírito Santo que dá a graça da fé, a fortifica e a faz crescer na comunidade. A assembleia litúrgica é, antes de mais, comunhão na fé.

1103. A anamnese. A celebração litúrgica refere-se sempre às intervenções salvíficas de Deus na história. «A economia da revelação realiza-se por meio de ações e palavras intimamente relacionadas entre si […]; as palavras […] declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido». Na liturgia da Palavra, o Espírito Santo «lembra» à assembleia tudo quanto Cristo fez por nós. Segundo a natureza das ações litúrgicas e as tradições rituais das Igrejas, uma celebração «faz memória» das maravilhas de Deus numa anamnese mais ou menos desenvolvida. O Espírito Santo, que assim desperta a memória da Igreja, suscita então a ação de graças e o louvor (doxologia).

O ESPÍRITO SANTO ATUALIZA O MISTÉRIO DE CRISTO

1104. A liturgia cristã não se limita a recordar os acontecimentos que nos salvaram: atualiza-os, torna-os presentes. O mistério pascal de Cristo celebra-se, não se repete; as celebrações é que se repetem. Mas em cada uma delas sobrevém a efusão do Espírito Santo, que atualiza o único mistério.

1105. A epiclese («invocação sobre») é a intercessão mediante a qual o sacerdote suplica ao Pai que envie o Espírito santificador para que as oferendas se tornem o corpo e o sangue de Cristo e para que, recebendo-as, os fiéis se tornem eles próprios uma oferenda viva para Deus.

1106 Juntamente com a anamnese, a epiclese é o coração de qualquer celebração sacramental, e mais particularmente da Eucaristia:

«Tu perguntas como é que o pão se torna corpo de Cristo, e o vinho [..] sangue de Cristo? Por mim, digo-te: o Espírito Santo irrompe e realiza isso que ultrapassa toda a palavra e todo o pensamento. […] Baste-te ouvir que é pelo Espírito Santo, do mesmo modo que é da Santíssima Virgem e pelo Espírito Santo que o Senhor, por Si mesmo e em Si mesmo, assumiu a carne».

1107. O poder transformante do Espírito Santo na liturgia apressa a vinda do Reino e a consumação do mistério da salvação. Na expectativa e na esperança. Ele faz-nos realmente antecipar a comunhão plena da Santíssima Trindade. Enviado pelo Pai, que atende a epiclese da Igreja, o Espírito dá a vida aos que O acolhem e constitui para eles, desde já, as «arras» da sua herança.

A COMUNHÃO DO ESPÍRITO SANTO

1108. A finalidade da missão do Espírito Santo em toda a ação litúrgica é pôr-nos em comunhão com Cristo, para formarmos o seu corpo. O Espírito Santo é como que a seiva da Videira do Pai, que dá fruto nos sarmentos. Na liturgia, realiza-se a mais íntima cooperação do Espírito Santo com a Igreja. Ele, Espírito de comunhão, permanece indefectivelmente na Igreja, e é por isso que a Igreja é o grande sacramento da comunhão divina que reúne os filhos de Deus dispersos. O fruto do Espírito na liturgia é, inseparavelmente, comunhão com a Santíssima Trindade e comunhão fraterna.

1109. A epiclese é também oração pelo pleno efeito da comunhão da assembleia no mistério de Cristo. «A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo» (2 Cor 13, 13) devem estar sempre connosco e dar frutos, para além da celebração eucarística. Por isso, a Igreja pede ao Pai que envie o Espírito Santo, para que faça da vida dos fiéis uma oferenda viva para Deus pela transformação espiritual à imagem de Cristo, pela preocupação com a unidade da Igreja e pela participação na sua missão, mediante o testemunho e o serviço da caridade.

Resumindo:

1110. Na liturgia da Igreja, Deus Pai é bendito e adorado como fonte de todas as bênçãos da criação e da salvação, com que nos abençoou no seu Filho, para nos dar o Espírito da adoção filial.

1111. A obra de Cristo na liturgia é sacramental, porque o seu mistério de salvação torna-se ali presente pelo poder do seu Espírito Santo; porque o seu corpo, que é a Igreja, é como que o sacramento (sinal e instrumento) no qual o Espírito Santo dispensa o mistério da salvação; e porque, através das suas ações litúrgicas, a Igreja peregrina participa já, por antecipação, na liturgia do céu.

1112. A missão do Espírito Santo na liturgia da Igreja é preparar a assembleia para o encontro com Cristo, lembrar e manifestar Cristo à fé da assembleia, tornar presente e atualizar a obra salvífica de Cristo pelo seu poder transformante e fazer frutificar o dom da comunhão na Igreja.

Catecismo da Igreja Católica (CIC 1099 – 1112)

36º Encontro (Catequese) – Rito do Batismo

Série: Animo, uma nova Catequese (Encontro 36/40)

O Sacramento do Batismo já foi tema de um encontro nesta nossa vivência na fé e este é para falar sobre os ritos do batismo e também para nos prepararmos para a reta final.

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Sugestão de folha para o encontro

Para iniciar podemos fazer a oração do Vinde Espírito Santo e depois cantarmos O Céu se abre – Adoração e Vida

O tema de hoje é também para falar sobre a escolha dos padrinhos e o dia da celebração do sacramento.

Primeiro a escolha dos padrinhos: Quando criança geralmente são os pais que escolhe os padrinhos, mas quando se trata de jovens ou adultos esta escolha pode ser feita pelo próprio catecúmeno (batizando):

  • Os padrinhos tem que ser maiores de 18 anos
  • Não podem ser namorados (as) dos catecúmenos
  • Não podem ser os próprios pais
  • Tem que ter recebido os sacramentos também
  • Não é mais necessário que seja padrinho e madrinha podendo ser apenas um em caso de jovens ou adultos. Porém pela tradição é mais aconselhável que sejam os dois. (Vale ressaltar que padrinhos não são substitutos dos pais e também não podem ser por interesse)
  • Tantos os pais e padrinhos tem que participar do curso de batismo, já o catequizando não precisa pois esta participando da catequese
  • O sacramento do Batismo deve ser ministrado antes dos demais (Eucaristia e Crisma). Em raros casos ele é ministrado junto com a Comunhão, mas mesmo assim momentos antes
  • O catecúmeno adulto (jovem) deve se confessar antes

Rodas de conversas (com divisão de grupos)

  1. Deve-se conversar sobre os padrinhos escolhidos pelos catequizandos e o que eles entendem por padrinhos, um bom bate-papo nesta hora seria muito legal.
  2. Falar sobre o que eles entendem sobre o Batismo e como se sentem em relação a isso
  3. Falar também se eles se lembram sobre o encontro sobre o Sacramento do Batismo

Neste encontro é interessante começar a preparar a missa da Eucaristia ou Crisma (conforme a programação), escolhendo cantos, leitores e ações durante a missa (entrada da Bíblia, apresentação dos catequizandos, ofertório). Seria muito interessante se toda a missa destes sacramentos ficasse a cargo da equipe de Catequese junto com a Liturgia, na escolha das músicas e também dos leitores para poder integrar ainda mais estes catequizandos a igreja.

Podemos então fazer o canto final Sou um milagre -Banda Louvor e Glória

E a oração final

Aprofundamento para o Catequista:

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A INICIAÇÃO NOS SACRAMENTOS
27.  Os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia constituem a última etapa.  Os eleitos, tendo recebido o perdão dos pecados, são incorporados ao povo de Deus, tornam-se seus filhos adotivos, são introduzidos pelo Espírito Santo na prometida plenitude dos tempos e ainda, pelo sacrifício e refeição eucarística, antegozam do Reino de Deus.
a)      Celebração do Batismo de Adultos
28.  A celebração do Batismo,(…) é preparada pela bênção da água e profissão de fé, intimamente ligada ao rito da água.
29.  (…), por essa bênção, na qual se lembra o mistério pascal e a escolha da água para operá-lo sacramentalmente, e a Santíssima Trindade já é invocada pela primeira vez, a criatura água recebe um sentido religioso, e o mistério de Deus, já iniciado, é publicamente proclamado.
30.  Pelos ritos da renúncia e da profissão de fé, esse mistério pascal,(…) é proclamado pela fé ativa dos batizados.(…)  A fé, cujo sacramento recebem, não é apenas própria da Igreja, mas também deles, em quem se espera que ela seja operante.(…)
31.  Depois de terem professado com viva fé o mistério pascal de Cristo, os batizandos aproximam-se e recebem esse mistério expresso pela ablução da água:  tendo confessado a Santíssima Trindade, é a própria Trindade, invocada pelo celebrante, que opera, incluindo seus eleitos entre os filhos da adoção e agregando-os a seu povo.
32.  Por esse motivo a ablução, significando a mística participação na morte e ressurreição de Cristo, pela qual os que crêem em seu nome morrem para o pecado e ressurgem para a vida eterna, deve conservar toda a sua importância na celebração do Batismo.(…  Se compreenda melhor que essa ablução não é um simples rito de purificação, mas o sacramento da união com Cristo.
33.  A unção da crisma depois do Batismo significa o sacerdócio  real dos batizados e sua integração no povo de Deus.
–          A veste branca é o símbolo de sua dignidade.
–          A vela acesa mostra sua vocação de viver como convém aos filhos da luz.

 

 

Basicamente a celebração do batismo segue esta linha:

Canto de entrada

Acolhida
aos pais, padrinhos, familiares e amigos

Diálogo
inicial:

S –
Queridos pais e mães, vocês transmitiram a vida a estas crianças e as
receberam  como um dom de Deus, um
verdadeiro presente. Que nome vocês
escolheram para elas?

S –
Queridos pais e mães, o que vocês pedem à Igreja de Deus para os seus filhos?

Resposta: o
Batismo.

S – Pelo
Batismo essas crianças vão fazer parte da Igreja. Vocês querem ajuda-las a
crescer na fé, observando os Mandamentos e vivendo na comunidade dos seguidores
de Jesus?

Resp. Sim,
queremos.

S –
Padrinhos e madrinhas, vocês estão dispostos a colaborar com os pais em sua
missão?

Resp. Sim,
estamos.

S – E todos
vocês, queridos irmãos e irmãs aqui reunidos, querem ser uma comunidade de fé e
de amor para essas crianças?

Resp. Sim,
queremos.

SINAL DA
CRUZ – as crianças são marcadas com o sinal da Cruz.

Rito da
Palavra

– Gl 3,
26-28  – “Vós todos que fostes batizados
em Cristo vos revestistes de Cristo…”

– Salmo
Responsorial – Sl 22 – O bom Pastor.

Evangelho –
Jo 3,1-6 – “Em verdade Eu
vos digo se alguém não nasce da água e do Espírito não pode entrar no Reino de
Deus”

6. UNÇÃO
PRÉ BATISMAL – O celebrante unge o peito da criança com o óleo, o que simboliza
a força de Cristo entrando na vida dos batizados.

7. rito
sacramental

Exortação
do celebrante

Oração
sobre a água (se a água deve ser abençoada)

– Promessas
do Batismo – renúncia a Satanás e Creio.

– Batismo

8. ritos
complementares

Unção pós
batismal – Unção com o óleo do Crisma, significa que as crianças pelo Batismo,
se tornaram Sacerdotes (consagraram suas vidas a Deus), Profetas (anunciadores
do Evangelho) e Reis (herdeiros do Reino dos Céus).

9. veste
batismal – simboliza que a criança no Batismo é revestida de Cristo, nova
criatura, livre da escravidão do pecado e do demônio, filho de Deus.

10. rito da
luz – iluminados pela Luz de Cristo, os batizados podem, com a ajuda dos pais e
padrinhos, tornar-se luz do mundo.

S – Recebam
a luz de Cristo! Resp. Demos graças a Deus!

11. Entrega
do sal (opocional) – Vocês são o sal da terra e a luz do mundo.

12. éfeta (opcional)
– O celebrante tocando a boca e os ouvidos da criança diz: ” O Senhor Jesus que
fez os surdos ouvirem e os mudos falarem, lhes conceda que possa logo ouvir sua
Palavra e professar a fé para louvor e glória de Deus Pai.” Amém.

Ritos
finais

– Oração pelas
crianças, pais, padrinhos. Benção final


Despedida

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Falando de mistagogia… 

Angela Rocha

Mistagogia é uma palavra que vem sendo cada vez mais usada na catequese, na liturgia e nos estudos de teologia. O conceito nasce da idéia do Concílio Vaticano II de restaurar o catecumenato, onde o Tempo da Mistagogia é a fase privilegiada onde os fiéis aderem à fé cristã e querem fazer parte da comunidade de fiéis. Por sua vez, oRitual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA) agregou este termo como forma de fazer acontecer a vontade de João Paulo II quando apelou aos pastores para que estes encontrassem “a maneira de fazer com que o sentido do mistério penetre nas consciências, redescobrindo e praticando a arte mistagógica, tão querida aos Padres da Igreja”.

No dicionário podemos encontrar a palavra “mistagogia” como a iniciação nos arcanos de uma religião; no caso concreto do cristianismo, é a iniciação cristã propriamente dita. Daí que a evangelização mistagógica, seja o ato ou efeito de evangelizar o discípulo cristão. Em suma, a mistagogia é a iniciação dos recém batizados (neófitos) aos mistérios do cristianismo e a uma educação da fé que os predisponha a viverem (pessoalmente) o que se celebra e, a entrarem, cada vez mais, nos mistérios que são celebrados.

Ou seja, é uma forma de renovação da igreja. Que implica “um grande esforço de formação”, uma vez que, muito mais do que “favorecer a compreensão do verdadeiro sentido das celebrações” que a igreja prega, urge “uma adequada instrução sobre os ritos”.

E isso passa, é claro, pela maneira como se trabalha a evangelização nas paróquias. Ou seja, é necessário privilegiar a educação cristã, cuja finalidade é formar o fiel discípulo cristão (enquanto “homem novo”) para uma fé adulta, que “o torne capaz de testemunhar no próprio ambiente a esperança cristã que o anima”.

Se faz urgente, portanto, que cada paróquia repense seus métodos catequéticos e abra espaço para uma formação cristã dentro do processo catecumenal, valorizando seus ritos e símbolos. (Extraído do site Catequistas em Formação)

Escute as músicas sugeridas:

A Paulus possui suplementos com o Rito da Celebração do Batismo

9772358570139

 

 

Ainda podemos ser santos hoje em dia?

Série : Animo, uma nova catequese (Encontro 34/40 – Complemento 17)

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São Francisco de Assis

Não existe uma forma de se alcançar a santidade, ou melhor, existe sim… E todo o segredo está no seguimento a Deus. Para a igreja católica, a santidade começa no momento em que os  10 mandamentos de Deus ( Ex 20,3-17, Dt 5,7-21) são obedecidos:

1º “Não terás outros deuses diante de mim.”

2º “Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam e uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos.”

3º “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão.”

4º “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; “mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou.”

5º “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.”

6º “Não matarás.”

7º “Não adulterarás.”

8º “Não furtarás.”

9º “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.”

10º “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.”

Também faz parte da santidade seguir o que Jesus orienta em Mateus 22,37-40:

“Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. “Este é o grande e primeiro mandamento. “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”

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Esta pintura é considerada a mais fiel reprodução do verdadeiro rosto de São Francisco

São Francisco é um dos maiores exemplos de santidade e obediência a Deus e ele foi chamado no silêncio da sua oração e acabou se tornando um exemplo de vida em Cristo.

Mas a santidade é mais do que obedecer um mandamento, é mais do que “A lei pela lei” , a santidade começa no perdão ao próximo, nos atos de caridade:

As obras de misericórdia corporais são:

1ª Dar de comer a quem tem fome;

2ª Dar de beber a quem tem sede;

3ª Vestir os nus;

4ª Dar pousada aos peregrinos;

5ª Assistir aos enfermos;

6ª Visitar os presos;

7ª Enterrar os mortos.

As obras de misericórdia espirituais são:

1ª Dar bom conselho;

2ª Ensinar os ignorantes;

3ª Corrigir os que erram;

4ª Consolar os aflitos;

5ª Perdoar as injúrias;

6ª Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;

7ª Rogar a Deus por vivos e defuntos.

Santidade está em ser fiel a Deus e bom para o próximo e para o mundo, abrir mão de si mesmo para ajudar a quem precisa e ser acima de tudo misericordioso.

Mas para nós que queremos ser santos no dia a dia, lembrar sempre que servimos a Jesus Cristo e em tudo tentar seguir o seu exemplo de vida já seria maravilhoso. Afinal somos todos pecadores, mas não queremos e não podemos continuar a ser. Seremos santos, não os santos que alcançaram os altares, mas sim santos na vida, exemplos de caráter, honestidade e amor a Deus. Pois o cristão de verdade sabe o que é errado e teme a Deus que tudo vê, tudo sabe e está em tudo e não aceita errar (cometer um crime por exemplo) seja qual for a gravidade esperando pelo perdão de Deus, pois o maior pecador é aquele que sabe o que está fazendo e mesmo assim aceita fazer.

Vamos ser santos na medida em que nossa vida se torna exemplo de conduta e fé em Deus, e acredite esta santidade será vivida na igreja, nos momentos felizes e tristes sempre com o amor do Pai.

Milton Cesar (Fides Omnium)

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“Quer saber como ser santo? Faça bem todas as coisas. Leve Jesus para todos os lugares. Convide-O para estar em todos os lugares. Santidade não é fuga do mundo, mas transformação deste mundo. É saber que podemos curtir aqui, mas sem sermos “curtidos”. É saber que podemos deixar marcas de Céu na vida de todos aqueles que estão ao nosso redor. Isso é ser santo. Fazer bem todas as coisas e amar. Esse é o segredo da santidade, a verdade de uma humanidade que vive a si própria na plenitude. O amor é tudo o que as pessoas procuram.

Somos o que queremos ser. Somos, por assim dizer, obra de nossas mãos. Em cada escolha nossa, deixamos um rastro de nosso jeito de ser pessoa e, assim, deixamos um jeito de ser santo. O amanhã depende muito de como vivemos o hoje. Não deixe a vida o levar; leve a vida! Não a desperdice!

Vamos viver com entusiasmo, com alegria, mas, sobretudo, com senso de responsabilidade.

Existem muitas pessoas que pensam viver, mas, na verdade, estão fingindo. Ao mesmo tempo, muitos acreditam que, para ser santos, devam deixar de viver. Não é nada disso. A ordem é: Viva! Viva a vida! Deseje o Céu!

É hora de nos levantarmos e propormos uma santidade linda, apresentada pela Igreja Católica há mais de dois mil anos e que é possível. Vamos santificar nossos namoros, nosso trabalho, nossas amizades, nossas baladas. É possível! O mundo e Deus esperam isso de nós! A juventude é uma riqueza que nos leva à descoberta da vida como um dom e uma tarefa.

Você se lembra do jovem do Evangelho que era muito rico e um dia perguntou para Jesus o que era preciso para ganhar a vida eterna? Se quiser, confira essa passagem em Mateus (19, 16-22); ele percebeu a riqueza de sua juventude. Foi até Jesus, o Bom Mestre, para buscar uma orientação. Mas, no momento da grande decisão, não teve coragem de apostar tudo em Jesus Cristo. Saiu dali triste e abatido. Faltou-lhe a generosidade, o que impediu uma realização plena. O jovem fechou-se em sua riqueza, tornando-se egoísta.

Não podemos desperdiçar a nossa juventude. Devemos vivê-la intensamente, apostando tudo em Jesus e sendo gente, humanos. Sempre com a certeza de que é possível sermos santos de calça jeans.

(Trecho extraído do livro “Santos de Calça Jeans” de Adriano Gonçalves).”

Palavras do Papa Francisco, 19 de Novembro de 2014

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Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Um grande dom do Concílio Vaticano II foi ter recuperado uma visão de Igreja fundada na comunhão e ter voltado a entender também o princípio da autoridade e da hierarquia em tal perspectiva. Isto ajudou-nos a compreender melhor que, enquanto baptizados, todos os cristãos têm igual dignidade diante do Senhor e são irmanados pela mesma vocação, que é a santidade (cf. Constituição Lumen gentium, 39-42). Agora, interroguemo-nos: em que consiste esta vocação universal a sermos santos? E como a podemos realizar?

Antes de tudo, devemos ter bem presente que a santidade não é algo que nos propomos sozinhos, que nós obtemos com as nossas qualidades e capacidades. A santidade é um dom, é a dádiva que o Senhor Jesus nos oferece, quando nos toma consigo e nos reveste de Si mesmo, tornando-nos como Ele é. Na Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo afirma que «Cristo amou a Igreja e se entregou por ela para a santificar» (Ef 5, 25-26). Eis que, verdadeiramente, a santidade é o rosto mais bonito da Igreja, o aspecto mais belo: é redescobrir-se em comunhão com Deus, na plenitude da sua vida e do seu amor. Então, compreende-se que a santidade não é uma prerrogativa só de alguns: é um dom oferecido a todos, sem excluir ninguém, e por isso constitui o cunho distintivo de cada cristão.

Tudo isto nos leva a compreender que, para ser santo, não é preciso ser bispo, sacerdote ou religioso: não, todos somos chamados a ser santos! Muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade só está reservada àqueles que têm a possibilidade de se desapegar dos afazeres normais, para se dedicar exclusivamente à oração. Mas não é assim! Alguns pensam que a santidade é fechar os olhos e fazer cara de santinho! Não, a santidade não é isto! A santidade é algo maior, mais profundo, que Deus nos dá. Aliás, somos chamados a tornar-nos santos precisamente vivendo com amor e oferecendo o testemunho cristão nas ocupações diárias. E cada qual nas condições e situação de vida em que se encontra. Mas tu és consagrado, consagrada? Sê santo vivendo com alegria a tua entrega e o teu ministério. És casado? Sê santo amando e cuidando do teu marido, da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És baptizado solteiro? Sê santo cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho e oferecendo o teu tempo ao serviço dos irmãos. «Mas padre, trabalho numa fábrica; trabalho como contabilista, sempre com os números, ali não se pode ser santo…». «Sim, pode! Podes ser santo lá onde trabalhas. É Deus quem te concede a graça de ser santo, comunicando-se a ti!». Sempre, em cada lugar, é possível ser santo, abrir-se a esta graça que age dentro de nós e nos leva à santidade. És pai, avô? Sê santo, ensinando com paixão aos filhos ou aos netos a conhecer e a seguir Jesus. E é necessária tanta paciência para isto, para ser um bom pai, um bom avô, uma boa mãe, uma boa avó; é necessária tanta paciência, e é nesta paciência que chega a santidade: exercendo a paciência! És catequista, educador, voluntário? Sê santo tornando-te sinal visível do amor de Deus e da sua presença ao nosso lado. Eis: cada condição de vida leva à santidade, sempre! Em casa, na rua, no trabalho, na igreja, naquele momento e na tua condição de vida foi aberto o caminho rumo à santidade. Não desanimeis de percorrer esta senda. É precisamente Deus quem nos dá a graça. O Senhor só pede isto: que permaneçamos em comunhão com Ele e ao serviço dos irmãos.

Nesta altura, cada um de nós pode fazer um breve exame de consciência, podemos fazê-lo agora, e cada qual responda dentro de si mesmo, em silêncio: como respondemos até agora ao apelo do Senhor à santidade? Desejo ser um pouco melhor, mais cristão, mais cristã? Este é o caminho da santidade. Quando o Senhor nos convida a ser santos, não nos chama para algo pesado, triste… Ao contrário! É o convite a compartilhar a sua alegria, a viver e a oferecer com júbilo cada momento da nossa vida, levando-o a tornar-se ao mesmo tempo um dom de amor pelas pessoas que estão ao nosso lado. Se entendermos isto, tudo mudará, adquirindo um significado novo, bonito, um significado a começar pelas pequenas coisas de cada dia. Um exemplo. Uma senhora vai ao mercado para fazer as compras, encontra uma vizinha, começam a falar e então chegam as bisbilhotices, e a senhora diz: «Não, não falarei mal de ninguém!». Este é um passo rumo à santidade, ajuda-nos a ser santos! Depois, em casa, o filho pede para te falar das suas fantasias: «Oh, estou muito cansado, hoje trabalhei tanto…». «Mas acomoda-te e ouve o teu filho que precisa disto!». Acomoda-te e ouve-o com paciência: é um passo rumo à santidade. Depois, acaba o dia, todos estamos cansados, mas há a oração. Recitemos uma prece: também este é um passo para a santidade. Então, chega o domingo e vamos à Missa, recebamos a Comunhão, às vezes precedida por uma boa confissão, que nos purifica um pouco! Este é outro passo rumo à santidade. Depois, pensemos em Nossa Senhora, tão boa e bela, e recitemos o Rosário. Também este é um passo para a santidade. Então, vou pelo caminho, vejo um pobre, um necessitado, paro, faço-lhe uma pergunta, dou-lhe algo: é um passo rumo à santidade! São pequenas coisas, mas muitos pequenos passos para a santidade. Cada passo rumo à santidade fará de nós pessoas melhores, livres do egoísmo e do fechamento em nós mesmos, abertos aos irmãos e às suas necessidades.

Caros amigos, a primeira Carta de São Pedro dirige-nos esta exortação: «Como bons dispensadores das diversas graças de Deus, cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu: a palavra, para anunciar as mensagens de Deus; um ministério, para o exercer com uma força divina, a fim de que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo» (4, 10-11). Eis o convite à santidade! Aceitemo-lo com alegria e sustentemo-nos uns aos outros porque o caminho para a santidade não o percorremos sozinhos, cada qual por sua conta, mas juntos, no único corpo que é a Igreja, amada e santificada pelo Senhor Jesus Cristo. Vamos em frente com ânimo, neste caminho da santidade.

Papa Francisco

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A oração já é um caminho para a santidade. Rezar a Deus e pedir a oportunidade de ser mais santo, é uma das graças de Deus.

Faça a sua oração diária, mas faça silêncio para que Deus também possa falar.

33º Encontro (Catequese) – Pai-Nosso e o Creio

Série: Animo, uma nova Catequese (Encontro 33/40)

O chegar neste ponto da nossa vivência de fé já é uma vitória, pois nesta caminhada muitos foram os imprevistos e dificuldades enfrentadas. Mas este é o 33º encontro e não por acaso fiz a sugestão de falarmos sobre o Pai Nosso (a oração que Cristo ensinou) e o Creio (a oração da nossa profissão de fé). Apenas para registro 33 anos é a idade que se considera ter ocorrido a morte e depois ressurreição de Jesus.

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Sugestão de Folha para o encontro

Primeiro podemos iniciar de uma forma diferente com todos se cumprimentando com um forte abraço de paz. Depois já como oração e canto inicial sugiro a música Pai Nosso do Padre Marcelo Rossi.

Como parte do tema dividir a turma em grupos , cada grupo recebe uma cartolina com uma parte da oração do Pai Nosso para refletirem o seu significado e depois numa plenária explicarem o que entenderam desta parte da oração, como a oração é feita em mosaico conforme vai se falando, vai se montando a oração no chão. Definir um tempo para a discussão e um tempo para a plenária (possivelmente 30 minutos dará tempo de tudo isso). Após as explicações da plenária os catequistas resgatam a condição histórica em que a oração foi deixada por Jesus, lendo na Bíblia e explicam alguns pontos que ficarem em aberto.

Para o Creio a dinâmica será diferente, pois os catequistas devem falar sobre o significado e importância de cada parte da oração.

Como canto final sugiro Deus é Mais – Banda Canção Nova

Oração Final: Vinde Espírito Santo

Aprofundamento para o catequista:

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CIC 2759

Um dia, estava Jesus em oração, em certo lugar. Quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: “Senhor, ensina-nos a orar, como João Batista também ensinou os seus discípulos”» (Lc 11, 1). Foi em resposta a este pedido que o Senhor confiou aos seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental. São Lucas apresenta-nos um texto breve dessa oração (cinco petições); São Mateus, uma versão mais desenvolvida (sete petições). A tradição litúrgica da Igreja reteve o texto de São Mateus (Mt 6, 9-13):

Pai Nosso que estais nos céus, (CIC 2777 – 2802)
santificado seja o vosso Nome,
venha a nós o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal. Amém. (CIC 2803-2865)

Resumo no Catecismo da Igreja Católica

2797. A confiança simples e fiel, a segurança humilde e alegre são as disposições que convêm a quem reza o Pai-Nosso.

2798. Podemos invocar Deus como «Pai», porque no-Lo revelou o Filho de Deus feito homem, em quem, pelo Batismo, somos incorporados e adotados como filhos de Deus.

2799. A oração do Senhor põe-nos em comunhão com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. E, ao mesmo tempo, revela-nos a nós mesmos.

2800. Rezar ao nosso Pai deve fazer crescer em nós a vontade de nos parecermos com Ele e criar em nós um coração humilde e confiante.

2801. Ao dizermos Pai «nosso», invocamos a Nova Aliança em Jesus Cristo, a comunhão com a Santíssima Trindade e a caridade divina que, através da Igreja, se estende às dimensões do mundo.

2802. A expressão «que estais nos céus» não designa um lugar, mas sim a majestade de Deus e a sua presença no coração dos justos. O céu, a Casa do Pai, constitui a verdadeira pátria, para onde caminhamos e à qual desde já pertencemos.

2857. No «Pai-nosso», as três primeiras petições têm por objecto a glória do Pai: a santificação do Nome, a vinda do Reino e o cumprimento da divina vontade. As outras quatro petições apresentam-Lhe os nossos desejos: pedidos concernentes à nossa vida para a alimentar ou para a curar do pecado, ou relativos ao nosso combate para a vitória do Bem sobre o Mal.

2858. Ao pedirmos: «santificado seja o vosso nome», entramos no desígnio de Deus, que é a santificação do seu nome – revelado a Moisés e depois em Jesus – por nós e em nós, bem como em todas as nações e em cada homem.

2859. Na segunda petição, a Igreja tem em vista principalmente o regresso de Cristo e a vinda final do reinado de Deus. Reza também pelo crescimento do Reino de Deus no «hoje» das nossas vidas.

2860. Na terceira petição, pedimos ao Pai que una a nossa vontade à do Seu Filho para cumprir o seu desígnio de salvação na vida do mundo.

2861. Na quarta petição, ao dizer «dai-nos», exprimimos, em comunhão com os nossos irmãos, a nossa confiança filial no nosso Pai dos céus. «O pão nosso» designa o alimento terrestre necessário à subsistência de nós todos, mas também significa o Pão da Vida: a Palavra de Deus e o Corpo de Cristo. Ele é recebido no «Hoje» de Deus, como alimento indispensável e (sobre) substancial do banquete do Reino, antecipado na Eucaristia.

2862. A quinta petição implora para as nossas ofensas a misericórdia de Deus, a qual não pode penetrar no nosso coração sem nós termos sido capazes de perdoar aos nossos inimigos, a exemplo e com a ajuda de Cristo.

2863. Ao dizermos: «não nos deixeis cair em tentação», pedimos a Deus que não permita que enveredemos pelo caminho que conduz ao pecado. Esta petição implora o Espírito de discernimento e de fortaleza; solicita a graça da vigilância e a perseverança final.

2864. Na última petição: «mas livrai-nos do Mal», o cristão roga a Deus, com a Igreja, que manifeste a vitória, já alcançada por Cristo, sobre o «príncipe deste mundo», Satanás, o anjo que se opõe pessoalmente a Deus e ao seu plano de salvação.

2865. Pelo «Amém» final, exprimimos o nosso «fiat» em relação às sete petições: «Assim seja…». (obs. Fiat é uma palavra de origem no latim .Usa-se no sentido de faça-se, seja, consinto nisso.)

O Pai-Nosso que nós rezamos encontra-se no Evangelho de Mateus (6,9-13). Essa versão, mais ampla em comparação à de Lucas (11,1-4), foi utilizada desde os primeiros séculos da Igreja na liturgia e na catequese.

Pai”: é a tradução da palavra aramaica abbâ. O aramaico era a língua que os judeus falavam no tempo de Jesus. Que estais no Céu”: a palavra “Céu” indica o Reino de Deus. Ao invocar o “Deus Pai”, expressamos a tensão para o Reino, quando poderemos vê-Lo “face a face” (cf. 1 João 3,2).

“Santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa Vontade, assim na Terra como no Céu”. Trata-se de três pedidos, sendo fundamental o segundo: “Venha a nós o Vosso Reino”. Este Reino vem quando “fazemos a Sua Vontade” e proclamamos, assim, a “santidade do Seu Nome”. A expressão “santificado seja o vosso Nome” aponta para a realização da mensagem do profeta Ezequiel: “Santificarei o meu grande nome” (Ez 36,23).

“Assim na Terra como no Céu”: “Céu” é o lugar onde, com a presença de Deus, seu Reino sempre está presente: e nós rezamos pedindo que céu e terra se unam, para que aconteça o Reino de Deus de maneira completa.

“O Pão-Nosso de cada dia nos dai hoje”: é a necessidade material, mas com uma atitude de confiança e desapego, é a confiança em Deus.

“Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”: é a necessidade espiritual. Trata-se de reconhecer humildemente nossos pecados. Mas o perdão, a misericórdia de Deus, manifesta-se somente se nós somos misericordiosos com o próximo: “como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.

“E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”: é a necessidade da Igreja. Aponta, pois, para a tentação dos discípulos diante da Paixão de Jesus; e para a tentação da Igreja, no momento da perseguição. Uma tentação que a Igreja primitiva, época na qual Mateus escreve, conhecia muito bem.

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O Credo (Simbolo dos Apóstolos)

O Credo (ou Creio como nós chamamos) é aquela oração rezada após a homilia da missa que é nomeada de Profissão de Fé. Tem dois tipos sendo o Credo Niceno – Constantinopolitano só rezado em ocasiões especificas durante alguns tempos litúrgicos. É uma oração católica por excelência, já que proclama: Creio na Santa Igreja Católica.

“Desde o início de sua vida apostólica, a Igreja elaborou o que passou a ser chamado de “Símbolo dos Apóstolos”, cujo nome é o resumo fiel da fé dos apóstolos de Jesus. Foi uma maneira simples e eficaz de a Igreja exprimir e transmitir a sua fé em fórmulas breves e normativas para todos. Em seus doze artigos, o ‘Creio’ sintetiza tudo aquilo que o católico crê. É como “o mais antigo Catecismo romano”. É o antigo símbolo batismal da Igreja de Roma. Os grandes santos doutores da Igreja falaram muito do ‘Credo’. Santo Irineu (140-202), na sua obra contra os hereges gnósticos, escreveu: “A Igreja, espalhada hoje pelo mundo inteiro, recebeu dos apóstolos e de seus discípulos a fé num só Deus, Pai e Onipotente, que fez o céu e a terra (…). Essa é a doutrina que a Igreja recebeu; e essa é a fé que, mesmo dispersa no mundo inteiro, a Igreja guarda com zelo e cuidado, como se tivesse a sua sede numa única casa. E todos são unânimes em crer nela, como se ela tivesse uma só alma e um só coração. Essa fé anuncia, ensina, transmite como se falasse uma só língua.

São Cirilo de Jerusalém (315-386), bispo e doutor da Igreja, disse: “Este símbolo da fé não foi elaborado segundo as opiniões humanas, mas da Escritura inteira, de onde se recolheu o que existe de mais importante para dar, na sua totalidade, a única doutrina da fé. E assim como a semente de mostarda contém, em um pequeníssimo grão, um grande número de ramos, da mesma forma este resumo da fé encerra, em algumas palavras, todo o conhecimento da verdadeira piedade contida no Antigo e no Novo Testamento.

Santo Ambrósio (340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja que batizou Santo Agostinho, mostra de onde vem a autoridade do ‘Símbolo dos Apóstolos’ e sua importância:

“Ele é o símbolo guardado pela Igreja Romana, aquela onde Pedro, o primeiro dos apóstolos, teve a sua Sé e para onde ele trouxe a comum expressão da fé” (CIC 194). “Este símbolo é o selo espiritual, a mediação do nosso coração e o guardião sempre presente; ele é seguramente o tesouro da nossa alma” (CIC 197). Os seus doze artigos, segundo uma tradição atestada por Santo Ambrósio, simbolizam com o número dos apóstolos o conjunto da fé apostólica (cf. CIC 191).

O símbolo da fé, o ‘Credo’, é a identificação do católico. Assim, ele é professado solenemente no dia do Senhor, no batismo e em outras oportunidades. Todo católico precisa conhecê-lo com profundidade.

O credo contra as heresias

Por causa das heresias trinitárias e cristológicas, que agitaram a Igreja nos séculos II, III e IV, ela foi obrigada a realizar concílios ecumênicos (universais) para dissipar os erros dos hereges. Os mais importantes para definir os dogmas básicos da fé cristã foram os Concílios de Niceia (325) e Constantinopla I (381). O primeiro condenou o arianismo, de Ário, sacerdote de Alexandria que negava a divindade de Jesus; o segundo condenou o macedonismo, de Macedônio, patriarca de Constantinopla que negava a divindade do Espírito Santo.

Desses dois importantes Concílios originou-se o ‘Credo’, chamado “Niceno-constantinopolitano”, o qual traz os mesmos artigos da fé do ‘Símbolo dos Apóstolos’, porém de maneira mais explícita e detalhada, especialmente no que se refere às Pessoas divinas de Jesus e do Espírito Santo.

Além desses dois símbolos da fé mais importantes, outros ‘Credos’ foram elaborados ao longo dos séculos, sempre em resposta a determinadas dificuldades ou dúvidas vividas nas Igrejas Apostólicas antigas. Um exemplo é o símbolo “Quicumque”, dito de Santo Atanásio (295-373), bispo de Alexandria; as profissões de fé dos Concílios de Toledo, Latrão, Lião, Trento e também de certos Pontífices como a do Papa Dâmaso e do Papa Paulo VI (1968). Professor Felipe Aquino no site Formação Canção Nova

O Creio já foi tema de nossos encontros e tem um complemento para estudo que você pode acessar neste link: Creio em Deus Pai Todo Poderoso – história e transcrição

Leia também:

Ouça as músicas sugeridas:

 

O Espírito Santo (Complemento para Estudo)

Série : Animo, uma nova catequese (Encontro 32/40 – Complemento 16)

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O assunto é o Espírito Santo e ele é inesgotável em si mesmo, sendo preciso mais do que palavras, teses ou análises para poder entrarmos neste mistério e termos uma resposta a contento. A nossa igreja católica Apostólica Romana, nasceu naquele dia de Pentecostes, onde todos receberam os Dons e Frutos do Espírito Santo ungidos pelo fogo na graça concedida pelo próprio Jesus Cristo.

De fato, sem o Espírito Santo Deus está distante, Cristo é o passado, o Evangelho é letra morta, a Igreja é uma simples organização, a autoridade é dominação, a missão é propaganda, o culto é evocação, o agir cristão é uma moral de escravos. Mas, com o Espírito Santo e no Espírito Santo o Universo, é elevado e clama pelo Reino de Deus, a presença do Cristo Ressuscitado é reconhecida, o Evangelho é vida e poder, Igreja significa comunhão trinitária, a autoridade é um serviço libertador, a missão um Pentecostes, a Liturgia é memorial e antecipação do mistério, o agir humano é divinizado (Cf. Ignazio Hazim, La resurrezione e l’uomo d’oggi – Ed. Ave, Roma, 1970, pp. 25 26). O Espírito de Deus deve ser acolhido. Ele é o dom sempiterno de Deus, derramado sobre a Igreja e sobre todos os fiéis. O Espírito Santo age no mundo, suscitando o bem e a busca da verdade. Sua ação conduz as consciências para suscitar a convergência de todos os rios da existência humana para o amor de Deus e Sua presença. N’Ele, podemos acreditar no bem existente no coração das pessoas e receber as forças necessárias para buscá-Lo e valorizá-Lo. Diante de Sua ação, caem todas as resistências interiores. A atitude mais sincera, diante da ação do Espírito Santo, é a docilidade, pois uma pretensa autonomia conduz as pessoas ao orgulho. Deixar-se conduzir por amor é honestidade interior, é saber viver, até porque, de uma forma ou de outra, sempre somos influenciados por alguém, por correntes de pensamento ou doutrinas. Saibamos escolher a melhor companhia, e esta é dada de presente, enviada pelo Pai e pelo Filho segundo a promessa que nos foi feita. (extraído do site Formação Canção Nova)

Quando falamos da vida segundo o Espírito, não devemos imaginar uma vida fora da realidade, desvinculada de si mesma; aliás, a vida humana é composta pela realidade física, biológica, psíquica e espiritual. Nenhuma deve ser descartada, pois o ser humano é um todo. Devemos ter bem claro isso: somos um conjunto, mas precisamos reconhecer que, quando a vida espiritual vai mal, as outras realidades acabam indo mal; e quando se vive uma espiritualidade sadia, consegue-se superar o males físicos, biológicos e psíquicos. Quando há saúde espiritual, os males em outras áreas podem não ser sanados, mas superados pela força do Espírito. O mal físico e a violência podem nos impedir de caminhar alguns metros e nos limitar, enquanto o Espírito nos leva a distâncias longínquas, porque n’Ele somos livres.

A vida no Espírito

Hoje, sem dúvida, temos de valorizar a vida espiritual, uma vida segundo o Espírito de Deus. Em nosso tempo, uma das grandes dificuldades que as pessoas vivem é uma vida sem sabor, sem sentido, uma vida de erros, à qual chamamos de pecado. Uma vida sem o auxílio do Alto é fadada ao fracasso, susceptível às doenças psíquicas e físicas. Quantas pessoas doentes no espírito, quantas pessoas perdidas! Quantas pessoas vão à igreja, mas, desanimadas, não conseguem se levantar ou possuem dificuldades para fazer isso? (Formação Canção Nova).

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Abaixo transcreverei na integra alguns itens do Catecismo da Igreja Católica que visam colaborar no nosso estudo mais aprofundado sobre o Espírito Santo. Vale ressaltar que os números antes de cada parágrafo tratam-se dos cânons, dentro de cada texto também serão citadas passagens bíblicas e parágrafos relacionados, ao clicar em cima destes pontos vão aparecer os links para uma melhor pesquisa.

O NOME PRÓPRIO DO ESPÍRITO SANTO
691 “Espírito Santo”, este é o nome próprio daquele que adoramos e glorificamos com o Pai e o Filho. A Igreja o recebeu do Senhor e o professa no Batismo de seus novos filhos O termo “Espírito” traduz o termo hebraico “Ruah”, o qual em seu sentido primeiro, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza justamente a imagem sensível do vento para sugerir a Nicodemos a nossa novidade transcendente daquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito divino. Por outro lado, Espírito e Santo são atributos divinos comuns às três Pessoas Divinas. Mas ao juntar os dois termos, a Escritura, a Liturgia e a linguagem teológica designam a Pessoa inefável do Espírito Santo, sem equívoco possível com os outros empregos dos termos “espírito” e “santo”. (Parágrafo Relacionado 1433)
AS DENOMINAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO
692 Ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, Jesus o denomina o “Paráclito”, literalmente: aquele que é chamado para perto de, “advocatus” (Jo 14,16.26; 15,26; 16,7). “Paráclito” é habitualmente traduzido por “Consolador”, sendo Jesus o primeiro consolador. O próprio Senhor chama o Espírito Santo”. Espírito de Verdade. “.
693 Além de seu nome próprio, que é o mais empregado nos Atos dos Apóstolos e nas Epístolas, encontram-se em São Paulo as denominações: o Espírito da promessa (Gl 3,14; Ef 1,13), o Espírito de adoção (Rm 8,15; Gl 4,6), o Espírito de Cristo (Rm 8,11), o Espírito do Senhor (2Cor 3,17), o Espírito de Deus (Rm 8,9.14;15,19; 1Cor 6,11;7,40) e, em São Pedro, o Espírito de glória (1Pd 4,14).

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OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
694 A água. O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, pois após a invocação do Espírito Santo ela se torna a sinal sacramental eficaz do novo nascimento: assim como a gestação de nosso primeiro nascimento se operou na água, da mesma forma também a água batismal significa realmente que nosso nascimento para, a vida divina nos é dado no Espírito Santo Mas “batizados em um só Espírito” também “bebemos de um só Espírito” (1Cor 12,13): o Espírito é, pois também pessoalmente a água viva que jorra de Cristo crucificado como de sua fonte e que em nós jorra em Vida
Eterna. (Parágrafos Relacionados 1218,2652)

695 A unção. O simbolismo da unção com óleo também é significativo do Espírito Santo, a ponto de tomar-se sinônimo dele. Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da confirmação, chamada com acerto nas Igrejas do Oriente de “crismação”. Mas, para perceber toda a força deste simbolismo, há que retomar à unção primeira realizada pelo Espírito Santo: a de Jesus. Cristo (“Messias” a partir do hebraico) significa “Ungido” do Espírito de Deus. Houve “ungidos” do Senhor na Antiga Aliança de modo eminente o rei Davi. Mas Jesus é o Ungido de Deus de uma forma única: a humanidade que o Filho assume é totalmente “ungida do Espírito Santo”. Jesus é constituído “Cristo” pelo Espírito Santo A Virgem Maria concebe Cristo do Espírito Santo, que pelo anjo o anuncia como Cristo por ocasião do nascimento dele e leva Simeão a vir ao Templo para ver o Cristo do Senhor; é Ele que plenifica o Cristo é o poder dele que sai de Cristo em seus atos de
cura e de salvação. É finalmente Ele que ressuscita Jesus dentre os mortos. Então, constituído plenamente “Cristo” em sua Humanidade vitoriosa da morte, Jesus difunde em profusão o Espírito Santo até “os santos” constituírem, em sua união com a Humanidade do Filho de Deus, “esse Homem perfeito… que realiza a plenitude de Cristo” (Ef 4, 13): “o Cristo total”, segundo a expressão de Santo Agostinho. (Parágrafos
Relacionados 1293436, 1504,794)

ES

Virá aquele que batizará com fogo…

696 O fogo. Enquanto a água significa o nascimento e a fecundidade da Vida dada no Espírito Santo o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo O profeta Elias, que “surgiu como um fogo cuja palavra queimava como uma tocha” (Eclo 48,1), por sua oração atrai o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo que transforma o que toca. João Batista, que caminha diante do Senhor com o espírito e o poder de Elias” (Lc 1,17), anuncia o Cristo como aquele que “batizará com o Espírito Santo e com o fogo” (Lc 3,16), esse Espírito do qual Jesus dirá “Vim trazer fogo à terra, e quanto desejaria que já estivesse acesso (Lc 12,49). É sob a forma de línguas “que se diriam de fogo” o Espírito Santo pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si. A tradição espiritual manterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo Não extingais o Espírito” (1Ts 5,19). (Parágrafos Relacionados 1127,2586,718)
697 A nuvem e a luz. Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo Desde as teofanias do Antigo Testamento, a Nuvem, ora escura, ora luminosa, revela o Deus vivo e salvador, escondendo a transcendência de sua Glória: com Moisés sobre a montanha do Sinai, na Tenda de Reunião e durante a caminhada no deserto; com Salomão por ocasião da dedicação do Templo[. Ora, estas figuras são cumpridas por Cristo no Santo Espírito Santo. É este que paira sobre a Virgem Maria e a cobre “com sua
sombra”, para que ela conceba e dê à luz Jesus. No monte da Transfiguração, é ele que “sobrevêm na nuvem que toma” Jesus, Moisés e Elias, Pedro, Tiago e João “debaixo de sua sombra”; da Nuvem sai uma voz que diz: “Este é meu Filho, o Eleito, ouvi-o sempre” (Lc 9,34-35). É finalmente essa Nuvem que “subtrai Jesus aos olhos” dos discípulos no dia da Ascensão e que o revelará Filho do Homem em sua glória no Dia de sua Vinda. (Parágrafos Relacionados 484,554,659)
698 O selo é um símbolo próximo ao da unção. Com efeito, é Cristo que “Deus marcou com seu selo” (Jo 6,27) e é nele que também o Pai nos marca com seu selo. Por indicar o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do batismo, da confirmação e da ordem, a imagem do selo (“sphragis”) tem sido utilizada em certas tradições teológicas para exprimir o “caráter” indelével impresso por estes três sacramentos que não podem ser reiterados. (Parágrafos Relacionados 1295,1296,1121)
699 A mão. E impondo as mãos que Jesus cura os doentes e abençoa as criancinhas. Em nome dele, os apóstolos farão o mesmo. Melhor ainda: é pela imposição das mãos dos apóstolos que o Espírito Santo é dado. A Epístola aos Hebreus inclui a imposição das mãos entre os “artigos fundamentais” de seu ensinamento. A Igreja conservou este sinal da efusão onipotente do Espírito Santo em suas epicleses sacramentais. (Parágrafos Relacionados 292,1288,1300,1573,1668)
700 O dedo. “E pelo dedo de Deus que (Jesus) expulsa os demônios.” Se a Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra “pelo dedo de Deus” (Ex 31,18), a “letra de Cristo”, entregue aos cuidados dos apóstolos” é escrita com o Espírito de Deus vivo não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, nos corações” (2Cor 3,3). O hino Veni, Creator Spiritus” (Vem, Espírito criador) invoca o Espírito Santo como “dedo da direita paterna” (digitus paternae dexterae). (Parágrafo Relacionado 2056)
701 A pomba. No fim do dilúvio (cujo simbolismo está ligado ao batismo), a pomba solta por Noé volta com um ramo novo de oliveira no bico, sinal de que a terra é de novo habitável. Quando Cristo volta a subir da água de seu batismo, o Espírito Santo, em forma de uma pomba, desce sobre Ele e sobre Ele permanece. O Espírito desce e repousa no coração purificado dos batizados. Em certas igrejas, a santa Reserva eucarística é conservada em um recipiente metálico em forma de pomba (o columbarium) suspenso
acima do altar. O símbolo da pomba para sugerir o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã.

714 É por isso que Cristo inaugura o anúncio da Boa Nova, fazendo sua esta passagem de Isaías (Lc 4,18-19):

O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque ele me ungiu
para evangelizar os pobres;
curar aos de coração ferido;
enviou-me para proclamar a remissão aos presos,
e aos cegos a recuperação da vista,
para restituir a liberdade aos oprimidos
e para proclamar um ano de graça do Senhor.

715 Os textos proféticos diretamente referentes ao envio do Espírito Santo são oráculos em que Deus fala ao coração de seu Povo na linguagem da promessa, com as tônicas do “amor e da fidelidade”‘, cujo cumprimento São Pedro proclamará na manhã de Pentecostes. Segundo essas promessas, nos “últimos tempos” o Espírito do Senhor renovará o coração dos homens, gravando neles uma Lei Nova; reunirá e
reconciliará os povos dispersos e divididos; transformará a criação primeira; e Deus habitará nela com os homens na paz. (Parágrafos relacionados 214,1965)

716 O Povo dos “pobres” os humildes e os mansos, totalmente entregues aos desígnios misteriosos de seu Deus, os que esperam a justiça não dos homens, mas do Messias – é finalmente a grande obra da missão escondida do Espírito Santo durante o tempo das promessas para preparar a vinda de Cristo. É a sua qualidade de coração, purificado e iluminado pelo Espírito, que se exprime nos Salmos. Nesses pobres, o Espírito prepara para o Senhor “um povo bem-disposto”. (Parágrafo relacionado 368)

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“ALEGRA-TE, CHEIA DE GRAÇA”
721 Maria, a Mãe de Deus toda santa, sempre Virgem, é a obra prima da missão do Filho e do Espírito na plenitude do tempo pela primeira vez no plano da salvação e porque o seu Espírito a preparou, o Pai encontra a Morada em, que seu Filho e seu Espírito podem habitar entre os homens. E neste sentido que a Tradição da Igreja muitas vezes leu, com relação a Maria, os mais belos textos sobre a Sabedoria: Maria é decantada e representada na Liturgia como o “trono da Sabedoria”. Nela começam a manifestar-se as
“maravilhas de Deus” que o Espírito vai realizar em Cristo e na Igreja. (Parágrafo relacionado 484)
722 O Espírito Santo preparou Maria com sua graça. Convinha que fosse “cheia de graça” a mãe daquele em quem “habita corporalmente a Plenitude da Divindade” (Cl 2,9). Por pura graça, ela foi concebida sem pecado como a mais humilde das criaturas; a mais capaz de acolher o Dom inefável do Todo-Poderoso. É com razão que o anjo Gabriel a saúda como a “filha de Sião”: “Alegra-te”. É a ação de graças de todo o Povo de Deus, e portanto da Igreja, que ela faz subir ao Pai no Espírito Santo em seu cântico, enquanto traz em si o Filho Eterno. (Parágrafos relacionados 489,2676)
723 Em Maria, o Espírito Santo realiza o desígnio benevolente do Pai. É pelo Espírito Santo que a Virgem concebe e dá à luz o Filho de Deus. Sua virgindade transforma-se em fecundidade única pelo poder do Espírito e da fé. (Parágrafos relacionados 485,506)
724 Em Maria, o Espírito Santo manifesta o Filho do Pai tornado Filho da Virgem. Ela é a Sarça ardente da Teofania definitiva: repleta do Espírito Santo, ela mostra o Verbo na humildade de sua carne, e é aos Pobres e às primícias das nações que ela o dá a conhecer. (Parágrafos relacionados 208,2619)
725 Finalmente, por Maria o Espírito Santo começa a pôr em Comunhão com Cristo os homens, “objetos do amor benevolente de Deus”, e os humildes são sempre os primeiros a recebê-lo: os pastores, os magos, Simeão e Ana, os esposos de Caná e os primeiros discípulos. (Parágrafo relacionado 963)
726 Ao final desta missão do Espírito, Maria torna-se a “Mulher”, nova Eva, “mãe dos viventes”, Mãe do “Cristo total”. É nesta qualidade que ela está presente com os Doze, “com um só coração, assíduos à oração” (At 1,14), na aurora dos “últimos tempos” que o Espírito vai inaugurar na manhã de Pentecostes, com a manifestação da Igreja. (Parágrafos relacionados 494,2618)

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O CRISTO JESUS
727 Toda a missão do Filho e do Espírito Santo na plenitude do tempo está contida no fato de o Filho ser o Ungido do Espírito do Pai desde a sua Encarnação: Jesus é o Cristo, o Messias. Todo o segundo capitulo do Símbolo da fé deve ser lido sob esta luz. Toda a obra de Cristo é missão conjunta do Filho e do Espírito Santo Aqui mencionaremos somente o que diz respeito à promessa do Espírito Santo feita por Jesus e o dom do Espírito pelo Senhor glorificado. (Parágrafos relacionados 438,695,536)
728 Jesus não revela plenamente o Espírito Santo enquanto Ele mesmo não é glorificado por sua Morte e Ressurreição. Contudo, sugere-o pouco a pouco, mesmo em seus ensinamentos às multidões, quando revela que sua Carne será alimento para a vida do mundo sugere-o também a Nicodemos, à Samaritana e aos que participam da festa dos Tabernáculos. A seus discípulos, fala dele abertamente a propósito da oração do testemunho que deverão dar. (Parágrafo relacionado 2615)
729 É somente quando chega a Hora em que vai ser glorificado que Jesus promete a vinda do Espírito Santo, pois sua Morte e Ressurreição serão o cumprimento da Promessa feita aos Apóstolos: o Espírito de Verdade, o Paráclito, será dado pelo Pai a pedido de Jesus; Ele será enviado pelo Pai em nome de Jesus; Jesus o enviará de junto do Pai, pois ele procede do Pai. O Espírito Santo virá, nós o conheceremos, Ele estará conosco para sempre, Ele permanecerá conosco; Ele nos ensinará tudo e nos lembrará de tudo o que Cristo nos disse, e dele dará testemunho; conduzir-nos-á à verdade inteira e glorificará a Cristo. Quanto ao mundo, confundi-lo-á em matéria de pecado, de justiça e de julgamento. (Parágrafos relacionados 388,1433)
730 Finalmente chega a Hora de Jesus. Jesus entrega seu espírito nas mãos do Pai momento em que, por sua Morte, e, vencedor da morte, de maneira que, “ressuscitado dos mortos pela Glória do Pai” (Rm 6,4), dá imediatamente o Espírito Santo, “soprando” sobre seus discípulos. A partir dessa Hora, a missão de Cristo e do Espírito passa a ser a missão da Igreja: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21). (Parágrafo relacionado 850)

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V. O ESPÍRITO E A IGREJA NOS ÚLTIMOS TEMPOS
PENTECOSTES
731 No dia de Pentecostes (no fim das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo se realiza na efusão do Espírito Santo, que é manifestado, dado e comunicado como Pessoa Divina: de sua plenitude, Cristo, Senhor, derrama em profusão o Espírito. (Parágrafos relacionados 2623,767,1302)
732 Nesse dia é revelada plenamente a Santíssima Trindade. A partir desse dia, o Reino anunciado por Cristo está aberto aos que creem nele; na humildade da carne e na fé, eles participam já da comunhão da Santíssima Trindade. Por sua vinda e ela não cessa, o Espírito Santo faz o mundo entrar nos “últimos tempos”, o tempo da Igreja, o Reino já recebido em herança, mas ainda não consumado: (Parágrafos relacionados 244,672). Vimos a verdadeira Luz, recebemos o Espírito celeste, encontramos a verdadeira fé:
adoramos a Trindade indivisível, pois foi ela quem nos salvou.

Artigo 8 – Creio no Espírito Santo – CIC

 

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Jesus só revela toda a plenitude do poder do Espírito Santo quando ele faz a passagem da sua morte em expiação aos nossos pecados, sua ressurreição (todo aquele que morre em Cristo novamente viverá) e sua ascensão de corpo e alma ao céu. Não seria necessário que Jesus desse o Espírito Santo enquanto ainda estava entre nós (na sua encarnação como homem) já que ele próprio é o Pai, Filho e Espírito, então toda a graça de Deus foi dada no momento em que seu filho (ele próprio encarnado na carne) foi elevado aos céus. A única pessoa que tinha parte do Espírito Santo enquanto Jesus andava entre nós era sua mãe Maria e por isso mesmo após mais alguns anos depois da ascensão de seu filho, foi elevada aos céus numa assunção, ou seja seu corpo foi levado a presença do Pai. Tudo isso é chamado de mistério, mas pode e deve ser estudado a fundo, sempre com o respeito e os olhos da fé.

Leia mais em:

Pentecostes - Nascimento da Igreja - Copy - Copy

 

 

32º Encontro (Catequese) – Pentecostes e o fogo do Espírito Santo

Série: Animo, uma nova Catequese (Encontro 32/40)

A nossa vivência na fé vai chegando a sua reta final,a nossa contagem vai ficando cada dia mais curta e é o momento de se estreitar ainda mais os laços com cada catequizando, sanar dúvidas e cuidar para que todos possam receber o sacramento da Confirmação (Crisma).

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Sugestão de folha para o encontro

 

Neste encontro sugiro que seja entregue a oração da Invocação ao Espírito Santo (ou mais comumente conhecida como Vinde Espírito Santo, mas não um papel comum e sim um marca texto. Você pode comprar estes marcas textos prontos ou fazer um marca texto e depois plastificar para ficar mais bonito (depende da sua criatividade)

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Dobrar e plastificar, uma ideia é fazer um futuro e passar (depois de plastificado) um fitilho vermelho

Como ambientação seria legal imagens da pomba representando o Espírito Santo e fitas de cartolina com os 7 dons do Espírito Santo e os 12 frutos, distribuídos entre os catequizandos que vão depositando aos pés da pomba.Também é interessante algumas velas já que o Espírito Santo é fogo.

Como oração inicial sugiro o Vinde Espírito Santo e logo depois a canção Vem Espírito

Durante a canção os catequizandos vão depositando as placas com os Dons e frutos do Espírito Santo.

Falar sobre o tema, começando com uma reflexão sobre os dons e frutos do Espírito Santo. Mas afinal o que seria o Espírito Santo e este Pentecostes de que tanto se fala na igreja? (ver aprofundamento para o catequista)

Depois pode-se dar os recados da semana, falar um pouco sobre o grande dia da celebração do Sacramento do Crisma.

Convidar a todos para durante a semana rezarem o Vinde Espírito Santo na intenção de terem uma semana de paz e união.

Canto final Deus Existe e como oração final pode ser feito o Vinde Espírito Santo acompanhado do Pai Nosso  e Ave Maria

Aprofundamento para o catequista

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“Quod est spiritus noster, id est anima nostra, ad membra nostra, hoc est Spiritus Sanctus ad membra Christi, ad corpus Christi, quod est EcclesiaO que é o nosso espírito, isto é, a nossa alma em relação a nossos membros, assim é o Espírito Santo em relação aos membros de Cristo, ao corpo de Cristo que é a Igreja.” “A este Espírito de Cristo, em princípio invisível, deve-se atribuir também a união de todas as partes do Corpo tanto entre si como com sua Cabeça, pois ele está todo na Cabeça, todo no Corpo e todo em cada um de seus membros.” O Espírito Santo faz da Igreja “o Templo do Deus Vivo” (2 Cor 6, 16CIC 797

Depois que Jesus Cristo ressuscitou passaram cerca de 40 dias, entre aparições e confirmações de que se tratava realmente do Messias ressuscitado, chegou a hora da sua ascensão onde a vista de todos os seus seguidores Jesus retornou de corpo e alma a sua morada, o céu,  elevando-se diante de todos. (At 1, 3-14)

Pouco tempo depois (mais ou menos uns 10 dias) estando os discípulos, a virgem Maria, várias seguidoras e seguidores de Cristo em uma grande reunião um calor abrasador entrou na sala e pousaram como que línguas de fogo sobre cada um deles. Era o Pentecostes onde o fogo do Espírito Santo foi entregue a cada um e todos falaram a mesma língua. Este mesmo espírito já havia pousado em forma de pomba sobre Jesus no seu batismo. (At 2, 1-47)

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Por isso cada um tem o Espírito Santo como fogo que impulsiona na missão.

Para a igreja este dom é dado no Batismo e confirmado no Crisma.

É preciso assim um longo processo de amadurecimento na fé antes de receber o Espírito Santo, seria fácil para Jesus conceder o Espírito mas antes todos passaram por uma longa vivência na fé, seguindo e aprendendo direto da fonte por mais de 3 anos até chegar aquele dia de Pentecostes.

Para a igreja católica não é diferente, é preciso receber os sacramentos da iniciação cristã nesta ordem:

  1. Batismo: o que Jesus fez antes de começar sua missão de verdade? Foi batizado por João Batista
  2. Eucaristia: Jesus deixa a comunhão como sinal da sua vontade
  3. Crisma: após a sua ascensão a primeira coisa que acontece é o Pentecostes, onde o Espírito Santo é concedido a todos que ali estavam pela fé.

O sacramento da Confirmação  (Crisma) é justamente o sacramento do Espírito Santo. Repare como existe uma lógica por trás do que a igreja faz, nada é por mero acaso, tudo tem o seu porque e para que.

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A Igreja nasceu no Espírito. Ela é movida, sustentada, guiada por Ele. Enfim, sem o Espírito Santo fica difícil pensar em Igreja, assim também nos membros dela. Nós não podemos e não conseguiremos viver sem o sopro do Espírito.

O Espírito Santo é invocado nos sacramentos. Como é maravilhoso perceber que, nas fases da vida cristã, recebemos essa força do Senhor! No batismo, somos batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Quando somos perdoados no sacramento da penitência, somos perdoados pelo Espírito enviado do Pai e do Filho, e assim todos os sacramentos são realizados pela ação do Espírito.

Quando falamos da vida segundo o Espírito, não devemos imaginar uma vida fora da realidade, desvinculada de si mesma; aliás, a vida humana é composta pela realidade física, biológica, psíquica e espiritual. Nenhuma deve ser descartada, pois o ser humano é um todo. Devemos ter bem claro isso: somos um conjunto, mas precisamos reconhecer que, quando a vida espiritual vai mal, as outras realidades acabam indo mal; e quando se vive uma espiritualidade sadia, consegue-se superar o males físicos, biológicos e psíquicos. Quando há saúde espiritual, os males em outras áreas podem não ser sanados, mas superados pela força do Espírito. O mal físico e a violência podem nos impedir de caminhar alguns metros e nos limitar, enquanto o Espírito nos leva a distâncias longínquas, porque n’Ele somos livres. (Formação Canção Nova)

Vimos no encontro anterior a Santíssima Trindade,  no mistério de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Isso deixa claro que o Espírito Santo é parte de Deus, mas não uma parte separada ou uma terceira parte, ele é justamente a onipresença de Deus. Está em todos os lugares, a todo tempo e age conforme a necessidade de cada um, enchendo de coragem e força ou apenas acalentado corações que sofrem. Um não age sem o outro. “Crer no Espírito Santo é, pois, professar que o Espírito Santo é uma das Pessoas da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho, “e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado”. É por isso que se tratou do mistério divino do Espírito Santo na “teologia” trinitária. Aqui, portanto, só se tratará do Espírito Santo na “Economia” divina. O Espírito Santo está em ação com o Pai e o Filho do início até a consumação do Projeto de nossa salvação. Mas é nos “últimos tempos”, inaugurados pela Encarnação redentora do Filho que ele é revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa. Então este Projeto Divino, realizado em Cristo, “Primogênito” e Cabeça da nova criação, poderá tomar corpo na humanidade pelo Espírito difundido: a Igreja, a comunhão dos santos, a remissão dos pecados, a ressurreição da carne, a Vida Eterna.” (CIC 685-686)

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Por isso que falar no fogo do Espírito só existe se a pessoa realmente tiver recebido o sacramento da forma correta.

Com a unção do Espírito Santo, nossa humanidade é marcada pela santidade de Jesus Cristo e nos tornamos capazes de amar os irmãos com o mesmo amor com que Deus nos ama. E o Espírito Santo envia. Se Jesus é o “Enviado”, cheio do Espírito do Pai, nós, ungidos pelo mesmo Espírito, também somos enviados como mensageiros e testemunhas de paz, missionários, Igreja “em saída”. Quanta necessidade tem o mundo de nós como mensageiros de paz, como testemunhas de paz! Também o mundo nos pede para lhe fazermos isso: levar a paz, testemunhar a paz! E esta não se pode comprar, não está à venda. A paz é um dom que se deve buscar pacientemente e construir “artesanalmente” nos pequenos e grandes gestos que formam a nossa vida diária (Cf. Homilia do Papa Francisco em Amã – Jordânia, sábado, 24 de maio de 2014)

É muito subjetivo tentar explicar a ação do Espírito Santo pois depende muito da sua fé, do compromisso com a igreja e principalmente do se estar ou não na presença de Deus. Ninguém aciona apenas o Espírito,  aciona três que na verdade são apenas um, e isso é o fato mais complicado de se entender. Pense da seguinte forma: Você pensa, seus órgãos funcionam, seus membros executam, porém toda esta ação só virá a tona se tudo funcionar em conjunto, assim é a ação do Espírito Santo que só vai a contento na figura das outras partes da Trindade.

Um dos grandes dons do Espírito Santo é a inspiração. Muitos já foram inspirados e escreveram teses maravilhosas ou tiveram falas de uma riqueza ímpar teologicamente. É dom de sabedoria, de coragem e ânimo diante da vida.

É o fogo do Espírito Santo que faz do sacramento do Crisma parte essencial na vida do fiel, e é concebido apenas uma vez a todos que se preparam na catequese e ao final sintam- se prontos para este dom da fase adulta na fé.

Ao receber o óleo do Santo Crisma no Sacramento da Confirmação (lembrando que também durante o Sacramento do Batismo este óleo é ungido na fronte) o ungido recebe também os 7 Dons do Espírito Santo (CIC 736 e 1831) e também colhem os frutos do Espírito Santo (CIC 1832)

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Os dons e frutos do Espírito Santo

1830. A vida moral dos cristãos é sustentada pelos dons do Espírito Santo. Estes são disposições permanentes que tornam o homem dócil para seguir os impulsos do mesmo Espírito.

1831.Os sete dons do Espírito Santo são: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. Em plenitude, pertencem a Cristo, Filho de Davi. Completam e levam ã perfeição as virtudes daqueles que os recebem. Tornam os fiéis dóceis para obedecer prontamente às inspirações divinas.

Que o teu bom espírito me conduza por uma terra aplanada (Sl 143,10)

Todos os que são conduzidos pelo Espírito Santo são filhos de Deus são filhos de Deus… Filhos e, portanto, herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8,14.17).

1832.Os frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós como primícias da glória eterna. A Tradição da Igreja enumera doze: “caridade, alegria, paz, paciência, longanimidade, bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência e castidade” (Gl 5,22-23). CIC 1830-1832

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Símbolos

AS DESIGNAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO (CIC 692-693)

692. Jesus, ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, chama-Lhe o «Paráclito», que, à letra, quer dizer: «aquele que é chamado para junto», ad vocatus (Jo 14, 16. 26; 15, 26; 16, 7). «Paráclito» traduz-se habitualmente por «Consolador», sendo Jesus o primeiro consolador . O próprio Senhor chama ao Espírito Santo «o Espírito da verdade» .

693. Além do seu nome próprio, que é o mais empregado nos Actos dos Apóstolos e nas epístolas, encontramos em S. Paulo as designações: Espírito da promessa (Gl 3, 14Ef 1, 13), Espírito de adoção (Rm 8, 15Gl 4, 6)Espírito de Cristo (Rm 8, 9), Espírito do Senhor (Cor 317). Espírito de Deus (Rm 8, 9. 14; 15, 191 Cor 6, 11; 7, 40), e em S. Pedro, Espírito de glória (Pe 4, 14).

Cristão significa Ungido e é uma variação do próprio nome de Cristo (CIC 1289)

Ler:

 

 

31º Encontro (Catequese) – Pai, Filho e Espírito Santo

Série: Animo, uma nova Catequese (Encontro 31/40)

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Sugestão de folha para encontro

Pai, Filho e Espírito Santo

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A Catequese é uma vivência na fé por ser, na minha visão, uma das maneiras de se conhecer mais a fundo a igreja e como subsequência conhecer a Jesus Cristo. Ter fé é acima de tudo algo maravilhoso pois parte do princípio de se acreditar sem ter visto. Mas a igreja católica tem um porém, ela proporciona uma oportunidade de se ter fé vivendo uma experiência real, seja pessoal,  histórica ou analítica  (baseada no testemunho de mais de 2000 anos de história). A catequese é um dos principais lugares para se aprender, sanar dúvidas e começar a viver cada vez mais a fé. Onde cada catequista é também testemunha de como é maravilhoso conhecer Jesus e a igreja.

 

Neste trigésimo primeiro encontro o assunto é um dos grandes mistérios da fé: Deus é Pai, Filho e Espírito Santo ao mesmo tempo: Uno e Trino.

Para o ambiente seria interessante um ícone da Santíssima Trindade

Como sugestão sugiro fazermos um Pai Nosso e uma Ave Maria.

Como música sugerida Teu nome é lindo – Mensagem Brasil.

Este é um bom encontro  (caso não tenha sido feito ainda) para se ensinar como se faz o Sinal da Cruz (Pelo sinal, da Santa Cruz, Livrai-nos Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos…)

Falar sobre o tema :

Deus é Pai o criador, aquele que deu vida ao mundo e soprou a vida

Jesus é o Filho, a parte totalmente humana do criador. O filho unigênito que veio para morrer por nossos pecados e ressuscitou.

O Espírito Santo é o fogo abrasador que está em todos os lugares, desde o Pentecostes. O Espírito Santo é aquele que conduz o homem à verdade, que é Jesus Cristo

Um mistério da fé, onde Deus é trino, ou seja três.

Dinâmica do Cego

Esta é uma dinâmica divertida mas com um sentido reflexivo.

Será necessário 5 vendas e 10 participantes.

Venda-se 5 dos participantes.

Forma-se 5 pares, sempre 1 vendado (que será o cego) e 1 sem venda o guia.

Desenvolvimento

Marca-se um local na sala para ser o ponto de chegada. Coloca-se as 5 duplas o mais distante do ponto mas separadas. O guia (sem tocar no cego) tem que orientar apenas pela fala o amigo até o chegar ao ponto. Tem 5 minutos para isso.

Reflexão

A fé é acreditar que alguém especial pode se importar tanto conosco e ter o cuidado para zelar do nosso caminho

Canto final Humano amor de Deus – Adriana e Pe. Fábio de Melo serve também como parte da oração e para fechar Vinde Espírito Santo

Aprofundamento para o catequista

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Santíssima Trindade, pintura de Claudio Pastro em Itaici – SP

Tratar de um assunto tão complexo como o fato de Deus ser Trino: Pai, Filho e Espírito Santo é extremamente difícil. Primeiro por ser um dogma de fé, ou seja, é uma base da igreja, mas que sem o componente da nossa fé, não tem um verdadeiro sentido.

Poderia resumir ( mas não é simples assim) falando que:

Quando Deus Pai criou o mundo ele fez tudo, desde o céu,  a terra e as águas e como uma obra fez o homem, soprando a vida nas narinas do barro que moldou. Desde então ele viu o homem (e a mulher é claro) vivendo do livre arbítrio dado por Ele mesmo. Mas a sensação de pisar sobre a terra, de sentir as dores e tudo o mais o Pai onipotente não havia  tido. Então Deus, querendo saber o que era realmente a criação mais perfeita dele resolveu enviar seu Filho único, parte dele mesmo e não apenas uma criação do barro ,ou seja o próprio Deus se fez homem para viver entre nós e assim remir nossos pecados. Mas Deus também é onipresente e está onipresença é o Espírito Santo  (está em todos os lugares), mas não é só estar em todos os lugares é também impulsionar e sentir a graça de estar em Deus. A grosso modo seria isso.

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O ícone de Rublev apresenta a cena com os três anjos, semelhantes na aparência, sentados a uma mesa. A casa de Abraão aparece ao fundo, bem como um carvalho atrás dos três convidados. Embora o ícone pinte esta cena do Antigo Testamento, Rublev usou o episódio bíblico para fazer uma representação visual da Trindade que se encaixa nas estritas diretrizes da Igreja Ortodoxa Russa.

O simbolismo da imagem é complexo e procura resumir a doutrina teológica da Igreja sobre a Santíssima Trindade. Primeiro: os três anjos são idênticos em aparência, correspondendo à fé na unicidade de Deus em três Pessoas. No entanto, cada anjo veste uma roupa diferente, trazendo à mente que cada pessoa da Trindade é distinta. O fato de Rublev recorrer aos anjos para retratar a Trindade é também um lembrete da natureza de Deus, que é espírito puro.
Os anjos são mostrados da esquerda para a direita na ordem em que professamos nossa fé no Credo: Pai, Filho e Espírito Santo. O primeiro anjo veste azul, simbolizando a natureza divina de Deus, e uma sobre peça púrpura, indicando a realeza do Pai.
O segundo anjo é o mais familiar, vestindo trajes tipicamente usados por Jesus na iconografia tradicional. A cor carmesim simboliza a humanidade de Cristo, enquanto o azul é indicativo da sua divindade. O carvalho atrás do anjo nos lembra a árvore da vida, no Jardim do Éden, bem como a cruz sobre a qual o Cristo salvou o mundo do pecado de Adão.
O terceiro anjo veste o azul da divindade e uma sobrepeça verde, cor que aponta para a terra e para a missão da renovação do Espírito Santo. O verde é também a cor litúrgica usada em Pentecostes na tradição ortodoxa e bizantina. Os dois anjos à direita do ícone têm a cabeça ligeiramente inclinada em direção ao outro, ilustrando que o Filho e o Espírito procedem do Pai.
No centro do ícone há uma mesa que se assemelha a um altar. Colocado sobre a mesa, um cálice dourado contém o bezerro que Abraão preparara para seus hóspedes; o anjo central parece estar abençoando a refeição. A combinação dos elementos nos lembra o sacramento da Eucaristia.
Embora não seja a representação mais direta da Santíssima Trindade, é uma das mais profundas jamais produzidas. Permanece nas tradições ortodoxas e bizantinas a principal maneira de representar o Deus Uno e Trino. Este ícone, de fato, é tido em alta estima também na Igreja Católica Romana e é frequentemente usado por catequistas para ensinar sobre o mistério da Trindade.
E a Trindade é, em suma, um mistério – e sempre o será nesta terra. Às vezes, porém, nos são concedidos vislumbres da vida divina, e o ícone de Rublev nos permite espreitar brevemente por trás do véu. (Aletéia.org)

 

Certa vez, Santo Agostinho estava caminhando às margens do mar e viu um menino, que havia feito um buraco na areia. Com um balde pegava a água do mar e colocava dentro desse buraco. Santo Agostinho, observando-o, comenta: você nunca conseguirá colocar toda a água do mar dentro desse buraco. O menino, então, respondeu: é mais fácil colocar toda a água do mar dentro desse buraco do que entender o mistério da Trinidade. Santo Agostinho (†430) dizia que: “O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão” (A Trindade, 15,26,47).

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O Professor Felipe Aquino fala sobre a Santíssima Trindade :

Só existe um Deus, mas n’Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, e Deus não pode ser menor que outro, pois não seria Deus.

A Trindade é Una. “Não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas: “A Trindade consubstancial” (II Conc. Constantinopla, DS 421). “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). “Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804).

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A Profissão de Fé do Papa Dâmaso diz: “Deus é único, mas não solitário” (Fides Damasi, DS 71). “Pai”, “Filho”, “Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804).

A Igreja ensina que as Pessoas divinas são relativas umas às outras. Por não dividir a unidade divina, a distinção real das Pessoas entre si reside unicamente nas relações que as referem umas às outras:
“Nos nomes relativos das Pessoas, o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Espírito Santo aos dois; quando se fala destas três Pessoas, considerando as relações, crê-se todavia em uma só natureza ou substância” (XI Concilio de Toledo, DS 675). “Tudo é uno [n’Eles] lá onde não se encontra a oposição de relação” (Concilio de Florença, em 1442, DS 1330). “Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho” (Concilio Florença, em 1442, DS 1331).

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Aos Catecúmenos de Constantinopla, S. Gregório Nazianzeno (330-379), “o Teólogo”, explicava:

“Antes de todas as coisas, conservai-me este bem depósito, pelo qual vivo e combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todos os males e desprezar todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na água e vos tirar dela. Eu vo-la dou como companheira e dona de toda a vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os Três de maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza, sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe […]. A infinita conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo inteiro […]. Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na Unidade, e a Trindade me banha em Seu esplendor. Nem comecei a pensar na Trindade, e a unidade toma conta de mim (Or. 40,41).

O primeiro Catecismo, chamado “Didaqué”, do ano 90 dizia:
“No que diz respeito ao Batismo, batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água corrente. Se não houver água corrente, batizai em outra água; se não puder batizar em água fria, façais com água quente. Na falta de uma ou outra, derramai três vezes água sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Didaqué 7,1-3).

São Clemente de Roma, Papa no ano 96, ensinava: “Um Deus, um Cristo, um Espírito de graça” (Carta aos Coríntios 46,6). “Como Deus vive, assim vive o Senhor e o Espírito Santo” (Carta aos Coríntios 58,2).

Santo Inácio, bispo de Antioquia (†107), mártir em Roma, afirmava: “Vós sois as pedras do templo do Pai, elevado para o alto pelo guindaste de Jesus Cristo, que é a sua cruz, com o Espírito Santo como corda” (Carta aos Efésios 9,1).

“Procurai manter-vos firmes nos ensinamentos do Senhor e dos Apóstolos, para que prospere tudo o que fizerdes na carne e no espírito, na fé e no amor, no Filho, no Pai e no Espírito, no princípio e no fim, unidos ao vosso digníssimo bispo e à preciosa coroa espiritual formada pelos vossos presbíteros e diáconos segundo Deus. Sejam submissos ao bispo e também uns aos outros, assim como Jesus Cristo se submeteu, na carne, ao Pai, e os apóstolos se submeteram a Cristo, ao Pai e ao Espírito, a fim de que haja união, tanto física como espiritual” (Carta aos Magnésios 13,1-2).

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São Justino, mártir no ano 151, escreveu essas palavras ao imperador romano Antonino Pio: “Os que são batizados por nós são levados para um lugar onde haja água e são regenerados da mesma forma como nós o fomos. É em nome do Pai de todos e Senhor Deus, e de Nosso Senhor Jesus Cristo, e do Espírito Santo que recebem a loção na água. Este rito foi-nos entregue pelos apóstolos” (I Apologia 61).

São Policarpo de Esmirna, que foi discípulo de S. João evangelista, mártir no ano 156, declarou: “Eu te louvo, Deus da Verdade, te bendigo, te glorifico por teu Filho Jesus Cristo, nosso eterno e Sumo Sacerdote no céu; por Ele, com Ele e o Espírito Santo, glória seja dada a ti, agora e nos séculos futuros! Amém” (Martírio de Policarpo 14,1-3).

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Teófilo de Antioquia, ano 181, confirmou: “Igualmente os três dias que precedem a criação dos luzeiros são símbolo da Trindade: de Deus [=Pai], de seu Verbo [=Filho] e de sua Sabedoria [=Espírito Santo]” (Segundo Livro a Autólico 15,3).

S. Irineu de Lião, ano 189, afirmou: “Com efeito, a Igreja espalhada pelo mundo inteiro até os confins da terra recebeu dos apóstolos e seus discípulos a fé em um só Deus, Pai onipotente, que fez o céu e a terra, o mar e tudo quanto nele existe; em um só Jesus Cristo, Filho de Deus, encarnado para nossa salvação; e no Espírito Santo que, pelos profetas, anunciou a economia de Deus […]” (Contra as Heresias I,10,1).

“Já temos mostrado que o Verbo, isto é, o Filho esteve sempre com o Pai. Mas também a Sabedoria, o Espírito estava igualmente junto d’Ele antes de toda a criação” (Contra as Heresias IV,20,4).

Tertuliano, escritor romano cristão, no ano 210: “Foi estabelecida a lei de batizar e prescrita a fórmula: ‘Ide, ensinai os povos batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo’” (Do Batismo 13).

E o Concílio de Nicéia, ano 325, confirmou toda essa verdade:

“Cremos […] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido do Pai como Unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial com o Pai, por quem foi feito tudo que há no céu e na terra. […] Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o qual falou pelos Profetas” (Credo de Nicéia).” Formação Canção Nova

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Ler:

Ouça as músicas sugeridas:

  1. Teu nome é lindo – Mensagem Brasil
  2. Humano amor de Deus – Adriana e Pe. Fábio de Melo

26º Encontro (Catequese) – Sacramento da Ordem

Série: Animo, uma nova Catequese (Encontro 26/40)

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O sacramento da ordem. Juntamente com o matrimônio, são chamados de sacramento de serviço. Assim, quem é batizado e confirmado (crismado) pode também assumir um serviço especial, pondo-se a serviço de Deus. Isso acontece mediante os sacramentos da ordem e do matrimônio, por isso os mesmos são chamados sacramentos a serviço da comunhão e da missão, pois conferem uma graça especial para uma missão particular na Igreja em ordem à edificação do povo de Deus, contribuindo em especial para a comunhão eclesial e para a salvação dos outros.

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Sugestão para folha de encontro

Neste encontro uma das melhores opções seria ter um convidado para melhor desenvolvimento do tema. Um seminarista ou o pároco seria interessante, mas uma freira também seria muito importante para falar sobre o servir a Deus de uma maneira única.

Também seria muito bom se fosse oferecido um café da manhã,  assim como o sugerido no último encontro  (com pão, bolacha, manteiga, leite, café e frios)

No primeiro momento o encontro pode começar com um Vinde Espírito Santo.

Como canto inicial sugiro Só em Deus – Maria do Rosário

No terceiro momento pode-se apresentar os convidados  (caso haja) e depois servir o café. Após isso deixar que estes falem sobre o que levou a ser padre (ou seminarista ou freira)

Ainda falando sobre o tema deve-se falar sobre como funciona para ser padre e o que é o sacramento da Ordem (isso claro se os convidados não tiverem feito)

Importante que neste encontro as dúvidas sejam tiradas e seja num encontro mais descontraído. Se o pároco da comunidade for o convidado é muito interessante se ele puder contar sua história.

No quinto momento podemos fazer uma dinâmica de missão que é bem simples:

  1. Providenciar tiras de papel e canetas
  2. Cada um pega um papel e uma caneta e escreve sua intenções de oração para a semana
  3. Depois todos rezam juntos um Creio
  4. Troca-se os papéis e as pessoas tem a missão de rezar pelo outro durante a semana

No próximo momento podemos cantar a música Lindo Céu – Adriana Arydes e como oração final sugiro um Salve Rainha

Salve Rainha

Salve, Rainha,

Mãe misericordiosa,

vida, doçura e esperança nossa, salve!

A vós bradamos os degregados filhos de Eva.

A vós suspiramos, gemendo e chorando

neste vale de lágrimas.

Eias pois, advogada nossa,

esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei,

e depois deste desterro mostrai-nos Jesus,

bendito fruto de vosso ventre,

ó clemente,

ó piedosa,

ó doce sempre Virgem Maria.

Rogais por nós Santa Mãe de Deus.

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Amém.

Aprofundamento para o catequista

Cada pessoa nasce com um dom especial. Muitas pessoas acabam sendo chamadas para o serviço da igreja e por isso acabam recebendo o Sacramento da Ordem. A ordem é o sacramento graças o qual a missão confiada por Cristo aos Seus apóstolos continua a ser exercida na Igreja até o fim dos tempos. Nela, quem é ordenado recebe o dom do Espírito Santo, concedido por Cristo pelo bispo e que lhe dá autoridade sagrada. Nele, o sacerdote continua sobre a terra a obra redentora de Cristo, afirma São João Maria Vianney.

O ministério conferido pelo sacramento da Ordem consiste num outro tipo de participação na missão de Cristo, ou seja, no serviço em nome e na pessoa de Cristo no meio da comunidade. Além disso, o sacerdócio ministerial confere um poder sagrado para esse serviço dos fiéis. Esse serviço consiste no ensino, no culto divino e no governo pastoral.
No serviço eclesial do ministro ordenado, é o próprio Cristo que está presente à sua Igreja enquanto Cabeça de seu Corpo, Pastor de seu rebanho, Sumo Sacerdote do sacrifício redentor, Mestre da Verdade. A Igreja expressa isso dizendo que o sacerdote, em virtude do sacramento da Ordem, age “In persona Christi Capitis”, ou seja, na pessoa de Cristo-Cabeça.

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Por que é chamado sacramento da ordem?

Chama-se ordem este sacramento, pois indica um corpo eclesial, do qual se passa a fazer parte, mediante uma especial consagração (ordenação), que, por um particular dom do Espírito Santo, permite exercer um poder sagrado em nome de Cristo e com a autoridade d’Ele, para o serviço do povo de Deus. Compõe-se de três graus, que são insubstituíveis para a estrutura orgânica da Igreja: o episcopado, o presbiterado e o diaconato.

Os sacerdotes na Antiga Aliança encararam a sua missão como uma mediação entre o celeste e o terreno, entre Deus e o Seu povo. Sendo Cristo o único mediador entre Deus e a humanidade (cf. I Tm 2,5), Ele aperfeiçoou e concluiu esse sacerdócio. Depois de Cristo, o sacerdócio só pode existir em Cristo, na imolação d’Ele na cruz e por Seu chamamento e  envio apostólico.

O efeito da ordenação episcopal confere a plenitude do sacramento da ordem, faz do bispo o legítimo sucessor dos apóstolos, confere-lhe a missão de ensinar, santificar e governar. O ministério do bispo é, no fundo, o ministério pastoral da Igreja, porque remonta às testemunhas de Jesus. (Texto Formação Canção Nova)

O bispo é o único que pode tornar o leigo um diácono, sacerdote ou outro bispo. Para que isso aconteça e seja válido, o bispo ordenante deve ter sido validamente ordenado, isto é, que esteja na linha da sucessão apostólica, e em comunhão com a Igreja toda, principalmente com o Sumo Pontífice (o Papa).

Os padres somente podem exercer seu ministério na dependência do bispo e em comunhão com ele. Já para a legítima ordenação de um Bispo, é hoje exigida uma especial intervenção do Bispo de Roma (o Papa), por causa de sua qualidade de vínculo visível supremo da comunhão das Igrejas particulares (as dioceses) na única Igreja e garantia da sua liberdade.
A ordenação de mulheres não é possível porque o Senhor Jesus escolheu homens para formar o colégio dos doze Apóstolos, e os apóstolos fizeram o mesmo quando escolheram os colaboradores que seriam seus sucessores na missão. O colégio dos bispos, ao qual os presbíteros estão unidos no sacerdócio, torna presente e atualiza, até o retorno de Cristo, o colégio dos doze. A Igreja se reconhece ligada a essa escolha do próprio Senhor.

O sacramento da Ordem é concedido uma vez por todas, ou seja, não pode ser repetido, pois confere um caráter espiritual indelével, ou seja, para sempre. Assim, um padre que deixe o ministério para casar-se, por exemplo, continua sendo padre. Se ficar viúvo e quiser voltar a exercer o ministério, não precisa ser ordenado novamente, bastando seguir as orientações da Igreja a esse respeito.

Por falar nisso, é bom lembrar que na Igreja de rito latino somente o diácono pode ser casado; o bispo e o padre devem ser solteiros ou, em alguns casos, viúvos. Entretanto, se o diácono permanente casado ficar viúvo, não poderá mais se casar. Há ainda a possibilidade de um diácono permanente se tornar padre. Caso ele fique viúvo, sua família (no caso filhos e netos) aceitem e o bispo também aceite o pedido. Na Arquidiocese de Campinas o Padre Jamil Cury Sawaya, era um diácono permanente que se tornou viúvo e optou por se tornar padre com a anuência do Arcebispo  Dom Aírton José dos Santos em 2016. Mas é um fato até raro.

O padre

Muitas pessoas acham que o padre só atua nas missas, mas não é verdade. Muitos padres (a maioria na verdade) além de cuidarem da Paróquia onde atuam, e vale lembrar que existem paróquias com 10 comunidades, são professores, coordenam Pastorais a nível de Diocese como a Pastoral Carcerária, Pastoral da Juventude, etc. Também atuam na Forania  ( que a grosso modo é a reunião das paróquias de determinada região ), outros trabalham com a Pascom  (Pastoral da Comunicação ) da Arquidiocese, escrevem livros, visitam hospitais, organizam retiros e sempre estão estudando. Sem esquecer que vão nos cemitérios visitar as famílias enlutadas junto com a Pastoral das Exéquias.

As freiras também realizam um trabalho muito importante de acolhida de fiéis, de docência, cuidam de crianças, idosos, escrevem livros, atuam junto às comunidades  e muitas outras coisas.

A Igreja Católica ainda não admite que mulheres sejam ordenadas como presbíteras . Em novembro de 2016 o Papa Francisco meio que jogou um balde de  água fria em muitas pessoas ao afirmar que a proibição de mulheres se tornarem padres será para sempre. Segundo o Papa foi o Papa João Paulo II quem deu a palavra final dizendo que Jesus escolheu somente homens como apóstolos. Complicado opinar já que é a palavra do papa

 

Papa

Papa Francisco

Declaração do Papa Francisco

Formação dos Padres

O padre tem que estudar 8 anos. Faz faculdade de Filosofia por 4 anos e depois 4 anos de Teologia. Mas a formação total demora até 9 anos pois neste meio tempo é comum o seminarista passar por um ano sabático, para ver se realmente a sua vocação é ser padre. O chamado seminarista reside num seminário da ordem sacerdotal que escolheu ou foi acolhido. O seminário é uma casa onde o seminarista vive e também estuda um pouco mais, também pratica a leitura da Bíblia e as orações.  Quem paga toda a formação do seminarista é a ordem sacerdotal ou a diocese que fará parte.

Depois de formado o seminarista vira diácono, depois padre e assim por diante.

Artigo 6 – Sacramento da Ordem

Transcrição CIC 1590-1600

1590. São Paulo ao seu discípulo Timóteo: «Exorto-te a que reavives o dom que Deus depositou em ti, pela imposição das minhas mãos» (2 Tm 1, 6), e «aquele que aspira ao lugar de bispo, aspira a uma nobre função» (1 Tm 3, 1). A Tito, o mesmo Apóstolo dizia: «Se te deixei em Creta, foi para acabares de organizar o que faltava e estabelecer anciãos em cada cidade, como te havia ordenado» (Tt 1, 5).

1591. A Igreja é, na sua totalidade, um povo sacerdotal. Graças ao Batismo, todos os fiéis participam no sacerdócio de Cristo. Esta participação chama-se «sacerdócio comum dos fiéis». Na base deste sacerdócio e ao seu serviço, existe uma outra participação na missão de Cristo: a do ministério conferido pelo sacramento da Ordem, cuja missão é servir em nome e na pessoa de Cristo-Cabeça no meio da comunidade.

1592. O sacerdócio ministerial difere essencialmente do sacerdócio comum dos fiéis, porque confere um poder sagrado para o serviço dos mesmos fiéis. Os ministros ordenados exercem o seu serviço junto do povo de Deus pelo ensino (munus docendi), pelo culto divino (munus-liturgicum) e pelo governo pastoral (munus regendi).

1593. Desde as origens, o ministério ordenado fui conferido e exercido em três graus: o dos bispos, o dos presbíteros e o dos diáconos. Os ministérios conferidos pela ordenação são insubstituíveis na estrutura orgânica da Igreja: sem bispo, presbíteros e diáconos, não pode falar-se de Igreja.

1594. O bispo recebe a plenitude do sacramento da Ordem que o insere no colégio episcopal e faz dele o chefe visível da Igreja particular que lhe é confiada. Os bispos, enquanto sucessores dos Apóstolos e membros do Colégio, têm parte na responsabilidade apostólica e na missão de toda a Igreja, sob a autoridade do Papa, sucessor de São Pedro.

1595. Os presbíteros estão unidos aos bispos na dignidade sacerdotal e, ao mesmo tempo, dependem deles no exercício das suas funções pastorais; são chamados a ser os cooperadores providentes dos bispos; formam, d volta do seu bispo, o presbitério, que assume com ele a responsabilidade da Igreja particular: Os presbíteros recebem do bispo o encargo duma comunidade paroquial ou duma função eclesial determinada.

1596. Os diáconos são ministros ordenados para as tarefas de serviço da Igreja; não recebem o sacerdócio ministerial, mas a ordenação confere-lhes funções importantes no ministério da Palavra, culto divino, governo pastoral e serviço da caridade, encargos que eles devem desempenhar sob a autoridade pastoral do seu bispo.

1597. O sacramento da Ordem é conferido pela imposição das mãos, seguida duma solene oração consecratória, que pede a Deus para o ordinando as graças do Espírito Santo, requeridas para o seu ministério. A ordenação imprime um carácter sacramental indelével.

1598. A Igreja confere o sacramento da Ordem somente a homens (viris) baptizados, cujas aptidões para o exercício do ministério tenham sido devidamente reconhecidas. Compete à autoridade da Igreja a responsabilidade e o direito de chamar alguém para receber a Ordem.

1599. Na Igreja latina, o sacramento da Ordem para o presbiterado, normalmente, apenas é conferido a candidatos decididos a abraçar livremente o celibato e que manifestem publicamente a sua vontade de o guardar por amor do Reino de Deus e do serviço dos homens.

1600. Pertence aos bispos o direito de conferir o sacramento da Ordem nos seus três graus.

Uma boa fonte de estudos sobre o assunto é ver os vídeos em que o Professor Felipe Aquino fala sobre o sacramento da ordem (clique aqui e veja)

 

Escute as músicas sugeridas:

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Só em Deus – Maria do Rosário

Lindo Céu – Adriana Arydes

13º Encontro (Catequese) – Evangelho de Lucas

Série: Animo, uma nova Catequese (Encontro 13/40)  

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Sugestão de folha de encontro

São Lucas, o Evangelista (do grego antigo Λουκᾶς, Loukás) é, segundo, a tradição, o autor do Evangelho de São Lucas e dos Atos dos Apóstolos – o terceiro e quinto livros do Novo Testamento. É o santo padroeiro dos pintores, médicos, genealogistas e curandeiros. É celebrado no dia 18 de Outubro. Chamado por Paulo de “O Médico Amado” (Colossenses 4,14), pode ter sido um dos cristãos do primeiro século que conviveu pessoalmente com os doze apóstolos. Lucas foi um médico grego que viveu na cidade grega de Antioquia, na Síria Antiga. A primeira referência a Lucas encontra-se na Epístola a Filemon de Paulo de Tarso, no versículo 24. É mencionado também na epístola aos Colossenses, 4,14 , bem como na segunda epístola a Timóteo 4,11. De todos os evangelhos é justamente o de Lucas que mais fala das mulheres que acompanhavam Jesus, sua mãe Maria e todas as outras.

Neste nosso encontro a sugestão é dinamizar um pouco mais a forma de passarmos o tema e também a integração pela dinâmica. Em tempo também é hora de começar a organizar os catecúmenos que passarão pelo Batismo, já que o tempo urge.

Sugiro sempre o inicio de uma maneira mais alegre, por isso após os cumprimentos vamos cantar  e hoje a canção também faz parte da oração. A sugestão é a bela música Cordeiro Imolado Comunidade Doce Mãe de Deus e assim que cantarmos já entramos na oração inicial que pode ser Pai Nosso, Ave Maria e o Vinde Espírito Santo.

Falar um pouco sobre as documentações e preparação para o Batismo dos que precisarão receber este sacramento. Se possível já ter a data dos cursos de pais e padrinhos e a data do recebimento do sacramento, por se tratar de adultos (jovens e adultos) é importante que seja em uma missa separada do batismo das crianças. Lembrar que isso depende da agenda que a Pastoral tiver fechado com a igreja e o padre. Então a minha sugestão é para que não seja deixado para última hora prejudicando o trabalho a ser desenvolvido. Alerto que pela minha experiência o melhor a fazer é sempre deixar tudo acertado antes porque se algum catequizando acaba sendo prejudicado por perder um sacramento isto reflete em como ele(a) verá a própria comunidade e isto também afeta a família. É importante levarmos em conta os sentimentos gerados por uma frustração desse tipo. Estamos fazendo uma vivência na fé e só será possível à partir da organização séria, primeiro da Pastoral da Catequese e depois da própria comunidade (Paróquia) onde o grupo está inserido. Não sejamos levianos ou inocentes de achar que a preparação para os sacramentos é algo que pode ser feito de forma amadora (tem que ter seriedade e muita, afinal se trata de fiéis e irmãos da nossa igreja), tudo tem que ser organizado.

Como quarto momento vamos direto ao tema. Quem foi Lucas? Acho importante frisar que na sociedade machista da época as mulheres não tinham voz, e quando iam no templo ficavam em uma edicula (espaço reservado) separado dos homens que iam prestar o culto. Falar sobre como foi Lucas quem dos evangelistas mais citou a participação das mulheres na missão de Jesus.

Citar como exemplo todo o texto de Lucas 1. Frisando Lc 1, 26-38 (Anunciação) e Lc 1, 57-66 (Zacarias acolhe a vontade de Isabel). O ideal é ler o texto todo e depois relermos estes dois pontos. Primeiro que se trata do anúncio da vinda de Jesus e depois do nascimento do último profeta antes da vinda do salvador com o detalhe de que não era comum uma mulher poder escolher o nome do filho e geralmente o nome do primogênito seguia o nome do pai e mais incomum ainda era o homem acolher a sugestão da mulher ainda mais em se tratando de um alto sacerdote do templo, caso de Zacarias. Isso já mostra como Lucas trataria a história de Jesus. Também sugiro que seja lido Lucas 24. Frisando Lc 24, 1-11 (As mulheres são as primeiras a saberem da ressurreição), depois de ler o texto releia o trecho e perceba que bem no final do seu evangelho Lucas ainda fala das mulheres e nomeia as que estavam acompanhando a missão de Jesus e descobriram que o mestre havia ressuscitado, detalhe importante “”Então elas se lembraram das palavras de Jesus” (Lc 24, 8) o que deixa claro que além dos 12 escolhidos e outros seguidores estas mulheres aprenderam diretamente com Jesus, preste atenção que Maria Madalena é citada sempre.

Mas e as mulheres tem a igualdade nos tempos de hoje?

Sugiro que seja feito esta discussão logo após falarmos de Lucas e de seu evangelho. Citar a desigualdade salarial, a violência sofrida pelas mulheres, a exploração sexual (tanto das que vão para a prostituição como das exploradas todos os dias), a exploração visual onde a mulher é vista como objeto e exposta na televisão e internet apenas como algo sexy. Qual é a opinião dos jovens e adultos que estão nesta vivência na fé. É importante uma preparação para abordagem do tema porque existe também a questão das mulheres não serem ordenadas presbíteras (padres) na nossa igreja e isso ser um dogma que precisa ainda de muita oração e compreensão, difícil. Então é um tema interessante para ser discutido pois teoricamente são estes catequizandos que estarão futuramente a frente da igreja

Dinâmica do Corpo Humano

O principal objetivo é a interação e trabalho em grupo de todos a fim de atingir a meta final.

Material: folha sulfite , cartolina de varias cores ,lápis de cor, fita crepe, tesoura sem ponta, canetinhas,  lápis de cera.

Procedimento: Para essa atividade os candidatos deverá se agrupar em 3 equipes.  Dependendo do numero de pessoas  faça  mais  ou  menos  grupos. Sempre  aplicar  com  mais de 9 pessoas, de  no  mínimo 3 pessoas por  grupo para  um melhor  resultado.

As equipes deverão desenhar em  15 minutos uma das partes do  corpo humano indicadas a seguir:

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1º grupo: cabeça e pescoço; tronco;

2º grupo : braço direito; perna direita;

3º grupo: braço esquerdo; perna esquerda.

Se o grupo for muito numeroso faça mais equipes. É muito divertido. Você deve adaptar as partes do corpo de acordo com o número de grupos, use a  criatividade.

Finalizada a tarefa, um representante de cada grupo deverá se levantar e colar com fita crepe num painel ou  parede  ou  até  mesmo  no  chão as partes desenhadas compondo o corpo humano num todo, como  um  quebra  cabeça.

Em debate coletivo argumentem sobre o resultado do trabalho que as equipes elaboraram individualmente. Pensem em estratégias que facilitem o trabalho coletivo. Faça  vários  questionamentos,  como:

  • Porque as  partes  estão  diferente se uma  parte  é  complemento  da  outra.
  • Por  que uma  equipe não   se  interagiu  com  a  outra   para um  melhor  resultado? Não foi dito que não poderiam conversar.
  • Por que agiram como se fosse uma competição?
  • Porque quem terminou primeiro não ofereceu ajuda aos outros?
  • Como  esta  dinâmica pode  te ajudar  na sua vida?

A questão é que em tudo na vida pode ser encarado como uma competição. Na verdade a ideia de ser da comunidade é justamente agirmos como irmãos, onde um auxilia o outro no objetivo maior que é seguir a Jesus. Foi o próprio Jesus quem disse que devemos amar uns aos outros como a nós mesmos. Fica a dica: ás vezes é melhor se unir a outras pessoas do que simplesmente tentar algo sozinho. Deus quer a união acima de tudo.

Depois da dinâmica podemos fazer o nosso canto final, como oração também. Primeiro rezemos a oração de São Lucas (veja no destaque) e depois vamos escutar de olhos fechados a música Restauração Padre Zeca e refletir interiormente no silêncio como poderemos ser pessoas novas. Depois podemos partir na paz.

Oração a São Lucas Evangelista


Ó São Lucas, glorioso apóstolo e evangelista, eu vos saúdo pelo Coração de Jesus; e pela alegria e doçura que o vosso coração sentiu ao ensinar, do Divino Mestre, o Pai Nosso aos apóstolos.

Alcançai-me a graça de seguir com fidelidade a Jesus, pelo seu caminho, com a sua verdade em favor da vida.

Ó meu bom São Lucas, médico, que com vossas santas mãos, invocando o nome de Deus, curastes tantos enfermos de tão graves enfermidades, rogai ao bom Jesus que me livre das enfermidades do corpo e do espírito, se for do agrado de Deus. E para maior glória por toda a eternidade.

Amém

Aprofundamento para o Catequista

São Lucas

O terceiro evangelho no cânon oficial da Bíblia é conferido a São Lucas e faz parte também dos chamados Evangelhos Sinóticos (junto com os livros de Mateus e Marcos).

Lucas foi o companheiro de Paulo, e segundo a quase unânime crença da antiga igreja, escreveu o evangelho que é designado pelo seu nome, e também os Atos dos Apóstolos.
Ele é mencionado somente três vezes pelo seu nome no Novo Testamento (Cl 4,14 – 2 Tm 4,11 – Fm 24). Pouco se sabe a respeito da sua vida. Têm alguns estudos que dão conta de que ele fez parte dos setenta discípulos, mandados por Jesus a evangelizar (Lc 10,1) – outros pensam que foi um daqueles gregos que desejavam vê-lo (Jo 12,20) – e também considerando que Lucas é uma abreviação de Lucanos, já têm alguns querendo identificá-lo com Lúcio de Cirene (At 13,1).
Dois dos Pais da igreja dizem que era sírio, natural de Antioquia. Na verdade não parece ter sido de nascimento judaico (Cl 4,11).
Era médico (Cl 4,14). Ele não foi testemunha ocular dos acontecimentos que narra no Evangelho (Lc 1,2), embora isso não exclua a possibilidade de ter estado com os que seguiam a Jesus Cristo.
Todavia, muito se pode inferir do emprego do pronome da primeira pessoa na linguagem dos Atos. Parece que Lucas se juntou a Paulo em Trôade (At 16,10), e foi com ele até à Macedônia – depois viajou com o mesmo Apóstolo até Filipos, onde tinha relações, ficando provavelmente ali por certo tempo (At 17,1).
Uns sete anos mais tarde, quando Paulo, dirigindo-se a Jerusalém, visitou Filipos, Lucas juntou-se novamente com ele (At 20,5). Se Lucas era aquele ‘irmão’, de que se fala em 2 Cor 8,18, o intervalo devia ter sido preenchido com o ativo ministério. Lucas acompanhou Paulo a Jerusalém (At 21,18) e com ele fez viagem para Roma (At 21,1). E nesta cidade esteve com o Apóstolo durante a sua primeira prisão (Cl 4,14 – Fm 24) – e achava-se aí também durante o segundo encarceramento, precisamente pouco antes da morte de Paulo (2 Tm 4,11). Uma tradição cristã apresenta como pregando o Evangelho no sul da Europa, encontrando na Grécia a morte de um mártir.

Jesus chama Maria apenas de mulher e não de mãe. Por quê?

A dura pedagogia de Jesus com sua Mãe na Sua infância, na Sua vida pública, e na Paixão do Senhor, provém da sabedoria divina, que não é compreendida por todos os homens (cf. Mt 11, 25). “Maria é a obra-prima por excelência do Altíssimo, cujo conhecimento e domínio ele reservou para si. Maria é a Mãe admirável do Filho, a quem aprouve humilhá-la e ocultá-la durante a vida para lhe favorecer a humildade, tratando-a de “Mulher” (Jo 2, 4; 19, 26), como a uma estrangeira, conquanto em seu Coração a estimasse e amasse mais que todos os anjos e homens”

Assim, Santo Agostinho e São Luís Maria Grignion de Montfort nos ajudam a compreender porque Jesus por vezes parece ser duro e desprezar sua Mãe. Agostinho nos ajuda a entender que longe de ser mal educado com a Virgem Maria, o Mestre queria chamar a nossa atenção para o fato de que Ele é Deus e pode realizar o impossível, ainda que não seja o tempo. Por sua vez, São Luís Maria nos ensina que tratando sua Mãe por “mulher”, Jesus favorecia a humildade de Nossa Senhora. Como verdadeiro pai espiritual, Jesus Cristo ensinou e continua a nos ensinar que Ele é Deus e que favoreceu a humildade da Virgem Maria em vista da sua maternidade espiritual sobre os filhos de Deus.

Monsenhor Jonas Abib fundador da Canção Nova nos traz que:

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“Quando Jesus chama Maria de mulher, está dizendo que ela é a mulher do Gênesis, a prometida que esmagaria a cabeça da serpente. Isso me facilitou, abriu o caminho para que entendesse as vezes que Jesus a chama assim. Houve outra situação em que Jesus a chamou de mulher, quando Ele estava na cruz e Ele a entregou a João: “Mulher, eis aí teu filho”. Com isso ele está dizendo: “Mulher, assim você está esmagando a cabeça da serpente”. Depois, fui verificar que, no livro do Apocalipse, Maria também é chamada de “mulher”. Esse foi o triunfo da mulher do Gênesis, aquela que tem  a vitória junto a Jesus. Maria é a mulher do Gênesis, do Apocalipse, das Bodas de Caná e dos pés da cruz. Nós também podemos chamá-la de ‘mulher’ como Jesus a chamou.

Se você já teve seu encontro com o Senhor, sabe do que eu estou falando; mas se ainda não teve essa graça, peça-a a Virgem de Nazaré. Foi necessário que eu saísse do seminário para ter um encontro com Cristo. Peçamos que a Mulher do Gênesis ao Apocalipse interceda por seu encontro pessoal com Jesus. Se você já o teve, que ela interceda pela renovação e manutenção desse encontro.”

Avaliando (isso por mim) é importante lembrar que a própria sociedade no tempo de Jesus relegava as mulheres um papel secundário e até submisso, e ele era um judeu comum apesar de toda a sua divindade, seguia a tradição como parte humana de Deus. Mas os estudos que os teólogos fazem e falam da possibilidade de que Jesus só tratava sua mãe assim para esconder sua importância é realmente interessante

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Alguns estudiosos também dizem que Lucas era um excelente pintor

 

 

Fontes:

Creio em Deus-Pai todo poderoso (CIC 142-184) História e Transcrição

Série: Animo, uma nova Catequese (Complemento 4 – Estudo)

Este post trata-se da transcrição do texto do CIC 142-184 Primeira parte -Profissão de Fé e contém uma breve história do Credo Niceno-Constantinopolitano

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Ícone do Concílio de Niceia em 325 d.C.

A RESPOSTA DO HOMEM A DEUS (Transcrição do Catecismo da Igreja Católica)

  1. Pela sua revelação, Deus invisível, na riqueza do seu amor, fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele. A resposta adequada a este convite é a fé.
  2. Pela fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador. A Sagrada Escritura chama obediência da fé a esta resposta do homem a Deus revelador.

ARTIGO 1

EU CREIO

  1. A obediência da fé
  2. Obedecer (ob-audire) na fé é submeter-se livremente à palavra escutada, por a sua verdade ser garantida por Deus, que é a própria verdade. Desta obediência, o modelo que a Sagrada Escritura nos propõe é Abraão. A sua realização mais perfeita é a da Virgem Maria.

ABRAÃO – O PAI DE TODOS OS CRENTES

  1. A Epístola aos Hebreus, no grande elogio que faz da fé dos antepassados, insiste particularmente na fé de Abraão: Pela fé, Abraão obedeceu ao chamamento de Deus, e partiu para uma terra que viria a receber como herança: partiu, sem saber para onde ia (Heb 11, 8). Pela fé, viveu como estrangeiro e peregrino na terra prometida . Pela fé, Sara recebeu a graça de conceber o filho da promessa. Pela fé, finalmente, Abraão ofereceu em sacrifício o seu filho único .
  2. Abraão realiza assim a definição da fé dada pela Epístola aos Hebreus: A fé constitui a garantia dos bens que se esperam, e a prova de que existem as coisas que não se vêem (Heb 11, 1). Abraão acreditou em Deus, e isto foi-lhe atribuído como justiça (Rm 4, 3). Fortalecido por esta fé (Rm 4, 20), Abraão tornou-se o pai de todos os crentes (Rm 4, 11. 18).
  3. O Antigo Testamento é rico em testemunhos desta fé. A Epístola aos Hebreus faz o elogio da fé exemplar dos antigos, que lhes valeu um bom testemunho (Heb 11, 2. 39). No entanto, para nós, Deus previra destino melhor: a graça de crer no seu Filho Jesus, guia da nossa fé, que Ele leva à perfeição (Heb 11, 40; 12, 2).

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MARIA – FELIZ AQUELA QUE ACREDITOU

  1. A Virgem Maria realiza, do modo mais perfeito, a obediência da fé. Na fé, Maria acolheu o anúncio e a promessa trazidos pelo anjo Gabriel, acreditando que a Deus nada é impossível (Lc 1, 37) e dando o seu assentimento: Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1, 38). Isabel saudou-a: Feliz aquela que acreditou no cumprimento de quanto lhe foi dito da parte do Senhor (Lc 1, 45). É em virtude desta fé que todas as gerações a hão-de proclamar bem-aventurada .
  2. Durante toda a sua vida e até à última provação , quando Jesus, seu filho, morreu na cruz, a sua fé jamais vacilou. Maria nunca deixou de crer no cumprimento da Palavra de Deus. Por isso, a Igreja venera em Maria a mais pura realização da fé.
  3. Eu sei em quem pus a minha fé (2 Tm 1, 12)

CRER SÓ EM DEUS

  1. Antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus. Enquanto adesão pessoal a Deus e assentimento à verdade por Ele revelada, a fé cristã difere da fé numa pessoa humana. É justo e bom confiar totalmente em Deus e crer absolutamente no que Ele diz. Seria vão e falso ter semelhante fé numa criatura.

CRER EM JESUS CRISTO, FILHO DE DEUS

  1. Para o cristão, crer em Deus é crer inseparavelmente n’Aquele que Deus enviou – no seu Filho muito amado em quem Ele pôs todas as suas complacências : Deus mandou-nos que O escutássemos . O próprio Senhor disse aos seus discípulos: Acreditais em Deus, acreditai também em Mim (Jo 14, 1). Podemos crer em Jesus Cristo, porque Ele próprio é Deus, o Verbo feito carne: A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigênito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer (Jo 1, 18). Porque viu o Pai (Jo 6, 46), Ele é o único que O conhece e O pode revelar .

CRER NO ESPÍRITO SANTO

  1. Não é possível acreditar em Jesus Cristo sem ter parte no seu Espírito. É o Espírito Santo que revela aos homens quem é Jesus. Porque ninguém é capaz de dizer: “Jesus é Senhor”, a não ser pela ação do Espírito Santo (1 Cor 12, 3). O Espírito penetra todas as coisas, até o que há de mais profundo em Deus […]. Ninguém conhece o que há em Deus senão o Espírito de Deus (1 Cor 2, 10-11). Só Deus conhece inteiramente Deus. Nós cremos no Espírito Santo, porque Ele é Deus.

A Igreja não cessa de confessar a sua fé num só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.

III. As características da fé

A FÉ É UMA GRAÇA

  1. Quando Pedro confessa que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus declara-lhe que esta revelação não lhe veio «da carne nem do sangue, mas do seu Pai que está nos Céus (Mt 16, 17) . A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele. Para prestar esta adesão da fé, são necessários a prévia e concomitante ajuda da graça divina e os interiores auxílios do Espírito Santo, o qual move e converte o coração para Deus, abre os olhos do entendimento, e dá “a todos a suavidade em aceitar e crer a verdade”.

A FÉ É UM ATO HUMANO

  1. O ato de fé só é possível pela graça e pelos auxílios interiores do Espírito Santo. Mas não é menos verdade que crer é um ato autenticamente humano. Não é contrário nem à liberdade nem à inteligência do homem confiar em Deus e aderir às verdades por Ele reveladas. Mesmo nas relações humanas, não é contrário à nossa própria dignidade acreditar no que outras pessoas nos dizem acerca de si próprias e das suas intenções, e confiar nas suas promessas (como, por exemplo, quando um homem e uma mulher se casam), para assim entrarem em mútua comunhão. Por isso, é ainda menos contrário à nossa dignidade prestar, pela fé, submissão plena da nossa inteligência e da nossa vontade a Deus revelador e entrar assim em comunhão intima com Ele.
  2. Na fé, a inteligência e a vontade humanas cooperam com a graça divina: Credere est actas intellectus assentientis veritati divinae ex imperio voluntatis, a Deo motae per gratiam”Crer é o ato da inteligência que presta o seu assentimento à verdade divina, por determinação da vontade, movida pela graça de Deus.

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A FÉ E A INTELIGÊNCIA

  1. O motivo de crer não é o fato de as verdades reveladas aparecerem como verdadeiras e inteligíveis à luz da nossa razão natural. Nós cremos por causa da autoridade do próprio Deus revelador, que não pode enganar-se nem enganar-nos. Contudo, para que a homenagem da nossa fé fosse conforme à razão, Deus quis que os auxílios interiores do Espírito Santo fossem acompanhados de provas exteriores da sua Revelação. Assim, os milagres de Cristo e dos santos, as profecias, a propagação e a santidade da Igreja, a sua fecundidade e estabilidade são sinais certos da Revelação, adaptados à inteligência de todos, motivos de credibilidade, mostrando que o assentimento da fé não é, de modo algum, um movimento cego do espírito.
  2. A fé é certa, mais certa que qualquer conhecimento humano, porque se funda na própria Palavra de Deus, que não pode mentir. Sem dúvida, as verdades reveladas podem parecer obscuras à razão e à experiência humanas; mas a certeza dada pela luz divina é maior do que a dada pela luz da razão natural. Dez mil dificuldades não fazem uma só dúvida.
  3. A fé procura compreender: é inerente à fé o desejo do crente de conhecer melhor Aquele em quem acreditou, e de compreender melhor o que Ele revelou; um conhecimento mais profundo exigirá, por sua vez, uma fé maior e cada vez mais abrasada em amor. A graça da fé abre os olhos do coração (Ef 1, 18) para uma inteligência viva dos conteúdos da Revelação, isto é, do conjunto do desígnio de Deus e dos mistérios da fé, da íntima conexão que os Liga entre si e com Cristo, centro do mistério revelado. Ora, para que a compreensão da Revelação seja cada vez mais profunda, o mesmo Espírito Santo aperfeiçoa sem cessar a fé, mediante os seus dons. Assim, conforme o dito de Santo Agostinho, eu creio para compreender e compreendo para crer melhor.
  4. Fé e ciência. Muito embora a fé esteja acima da razão, nunca pode haver verdadeiro desacordo entre ambas: o mesmo Deus, que revela os mistérios e comunica a fé, também acendeu no espírito humano a luz da razão. E Deus não pode negar-Se a Si próprio, nem a verdade pode jamais contradizer a verdade. É por isso que a busca metódica, em todos os domínios do saber, se for conduzida de modo verdadeiramente científico e segundo as normas da moral, jamais estará em oposição à fé: as realidades profanas e as da fé encontram a sua origem num só e mesmo Deus. Mais ainda: aquele que se esforça, com perseverança e humildade, por penetrar no segredo das coisas, é como que conduzido pela mão de Deus, que sustenta todos os seres e faz que eles sejam o que são, mesmo que não tenha consciência disso.

A LIBERDADE DA FÉ

  1. Para ser humana, a resposta da fé, dada pelo homem a Deus, deve ser voluntária. Por conseguinte, ninguém deve ser constrangido a abraçara fé contra vontade. Efetivamente, o ato de fé é voluntário por sua própria natureza. E certo que Deus chama o homem a servi-Lo em espírito e verdade; mas, se é verdade que este apelo obriga o homem em consciência, isso não quer dizer que o constranja […]. Isto foi evidente, no mais alto grau, em Jesus Cristo. De facto, Cristo convidou à fé e à conversão, mas de modo nenhum constrangeu alguém. Deu testemunho da verdade, mas não a impôs pela força aos seus contraditores. O seu Reino […] dilata-se graças ao amor, pelo qual, levantado na cruz, Cristo atrai a Si todos os homens.

A NECESSIDADE DA FÉ

  1. Para obter a salvação é necessário acreditar em Jesus Cristo e n’Aquele que O enviou para nos salvar . Porque “sem a fé não é possível agradar a Deus” (Heb 11, 6) e chegar a partilhar a condição de filhos seus; ninguém jamais pode justificar-se sem ela e ninguém que não “persevere nela até ao fim” (Mt 10, 22; 24, 13) poderá alcançar a vida eterna.

A PERSEVERANÇA NA FÉ

  1. A fé á um dom gratuito de Deus ao homem. Mas nós podemos perder este dom inestimável. Paulo adverte Timóteo a respeito dessa possibilidade: Combate o bom combate, guardando a fé e a boa consciência; por se afastarem desse princípio é que muitos naufragaram na fé (1 Tm 1, 18-19). Para viver, crescer e perseverar até ao fim na fé, temos de a alimentar com a Palavra de Deus; temos de pedir ao Senhor que no-la aumente ; ela deve agir pela caridade (Gl 5, 6) , ser sustentada pela esperança e permanecer enraizada na fé da Igreja.

A FÉ – VIDA ETERNA INICIADA

  1. A fé faz que saboreemos, como que de antemão, a alegria e a luz da visão beatifica, termo da nossa caminhada nesta Terra. Então veremos Deus face a face (1 Cor 13, 12), tal como Ele é (1 Jo 3, 2). A fé, portanto, é já o princípio da vida eterna:

Enquanto, desde já, contemplamos os benefícios da fé, como reflexo num espelho, é como se possuíssemos já as maravilhas que a nossa fé nos garante havermos de gozar um dia .

164. Por enquanto porém, caminhamos pela fé e não vemos claramente (2 Cor 5, 7), e conhecemos Deus como num espelho, de maneira confusa, […] imperfeita (1 Cor, 13, 12). Luminosa por parte d’Aquele em quem ela crê, a fé é muitas vezes vivida na obscuridade, e pode ser posta à prova. O mundo em que vivemos parece muitas vezes bem afastado daquilo que a ,fé nos diz: as experiências do mal e do sofrimento, das injustiças e da morte parecem contradizer a Boa-Nova, podem abalar a fé e tornarem-se, em relação a ela, uma tentação.

  1. É então que nos devemos voltar para as testemunhas da fé: Abraão, que acreditou, esperando contra toda a esperança (Rm 4, 18); a Virgem Maria que, na peregrinação da fé, foi até à noite da fé, comungando no sofrimento do seu Filho e na noite do seu sepulcro ; e tantas outras testemunhas da fé: envoltos em tamanha nuvem de testemunhas, devemos desembaraçar-nos de todo o fardo e do pecado que nos cerca, e correr com constância o risco que nos é proposto, fixando os olhos no guia da nossa fé, o qual a leva à perfeição (Heb 12, 1-2).

ARTIGO 2

NÓS CREMOS

  1. A fé é um ato pessoal, uma resposta livre do homem à proposta de Deus que Se revela. Mas não é um ato isolado. Ninguém pode acreditar sozinho, tal como ninguém pode viver só. Ninguém se deu a fé a si mesmo, como ninguém a si mesmo se deu a vida. Foi de outrem que o crente recebeu a fé; a outrem a deve transmitir. O nosso amor a Jesus e aos homens impele-nos a falar aos outros da nossa fé. Cada crente é, assim, um elo na grande cadeia dos crentes. Não posso crer sem ser amparado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para amparar os outros na fé.
  2. Eu creio: é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada crente, principalmente por ocasião do Batismo. Nós cremos: é a fé da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, de modo mais geral, pela assembleia litúrgica dos crentes. Eu creio: é também a Igreja, nossa Mãe, que responde a Deus pela sua fé e nos ensina a dizer: Eu creio, Nós cremos.
  3. Olhai, Senhor, para a fé da vossa Igreja
  4. É, antes de mais, a Igreja que crê, e que assim suporta, nutre e sustenta a minha fé. É primeiro a Igreja que, por toda a parte, confessa o Senhor (Te per orbem terrarum sancta confitetur Ecclesia – A Santa Igreja anuncia por toda a terra a glória do vosso nome» – como cantamos no Te Deum). Com ela e nela, também nós somos atraídos e levados a confessar: Eu creio, Nós cremos. É da Igreja que recebemos a fé e a vida nova em Cristo, pelo Batismo. No Ritual Romano, o ministro do Batismo pergunta ao catecúmeno: Que vens pedir à Igreja de Deus? E ele responde: – A fé. – Para que te serve a fé? – Para alcançar a vida eterna.
  5. A salvação vem só de Deus. Mas porque é através da Igreja que recebemos a vida da fé, a Igreja é nossa Mãe. Cremos que a Igreja é como que a mãe do nosso novo nascimento, mas não cremos na Igreja como se ela fosse a autora da nossa salvação. É porque é nossa Mãe, é também a educadora da nossa fé.
  6. A linguagem da fé
  7. Não acreditamos em fórmulas, mas sim nas realidades que as fórmulas exprimem e que a fé nos permite tocar. O ato [de fé] do crente não se detém no enunciado, mas na realidade [enunciada]. No entanto, é através das fórmulas da fé que nos aproximamos dessas realidades. As fórmulas permitem-nos exprimir e transmitir a fé, celebrá-la em comunidade, assimilá-la e dela viver cada vez mais.
  8. A Igreja, que é coluna e apoio da verdade (1 Tm 3, 15), guarda fielmente a fé transmitida aos santos de uma vez por todas . É ela que guarda a memória das palavras de Cristo. É ela que transmite, de geração em geração, a confissão de fé dos Apóstolos. Tal como uma mãe ensina os seus filhos a falar e, dessa forma, a compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, ensina-nos a linguagem da fé, para nos introduzir na inteligência e na vida da fé.

III. Uma só fé

  1. Desde há séculos, através de tantas línguas, culturas, povos e nações, a Igreja não cessa de confessar a sua fé única, recebida de um só Senhor, transmitida por um só Batismo, enraizada na convicção de que todos os homens têm apenas um só Deus e Pai. Santo Irineu de Lião, testemunha desta fé, declara:
  2. A Igreja, embora dispersa por todo o mundo até aos confins da Terra, tendo recebido dos Apóstolos e dos seus discípulos a fé, […] guarda [esta pregação e esta fé] com tanto cuidado como se habitasse numa só casa; nela crê de modo idêntico, como tendo um só coração e uma só alma; prega-a e ensina-a e transmite-a com voz unânime, como se tivesse uma só boca.
  3. Através do mundo, as línguas diferem: mas o conteúdo da Tradição é um só e o mesmo. Nem as Igrejas estabelecidas na Germania têm outra fé ou outra tradição, nem as que se estabeleceram entre os Iberos ou entre os Celtas, as do Oriente, do Egito ou da Líbia, nem as que se fundaram no centro do mundo. A mensagem da Igreja é verídica e sólida, porque nela aparece um só e o mesmo caminho de salvação, em todo o mundo.
  4. Esta fé, que recebemos da Igreja, guardamo-la nós cuidadosamente, porque sem cessar, sob a ação do Espírito de Deus, tal como um depósito de grande valor encerrado num vaso excelente, ela rejuvenesce e faz rejuvenescer o próprio vaso que a contém.

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Resumindo:

  1. A fé é uma adesão pessoal, do homem todo, a Deus que Se revela. Comporta uma adesão da inteligência e da vontade à Revelação que Deus fez de Si mesmo, pelas suas ações e palavras.
  2. Crer tem, pois, uma dupla referência: à pessoa e à verdade; à verdade, pela confiança na pessoa que a atesta.
  3. Não devermos crer em mais ninguém senão em Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.

179.  A fé é um dom sobrenatural de Deus. Para crer, o homem tem necessidade dos auxílios interiores do Espírito Santo.

  1. Crer é um ato humano, consciente e livre, que está de acordo com a dignidade da pessoa humana.
  2. Crer é um ato eclesial. A fé da Igreja precede, gera, suporta e nutre a nossa fé. A Igreja é a Mãe de todos os crentes. Ninguém pode ter a Deus por Pai, se não tiver a Igreja por Mãe.
  3. Nós cremos em tudo quanto está contido na Palavra de Deus, escrita ou transmitida, e que a Igreja propõe à nossa fé como divinamente revelado.
  4. A fé é necessária para a salvação. O próprio Senhor o afirma: Quem acreditar e for baptizado salvar-se-á, mas quem não acreditar será condenado (Mc 16, 16).
  5. A fé é um antegozo do conhecimento que nos tornará felizes na vida futura.

CREDO

SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS CREDO DE NICEIA–CONSTANTINOPLA 
Creio em Deus, Pai todo-poderoso,
Criador do Céu e da Terra;
Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso,
Criador do Céu e da Terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.
e em Jesus Cristo, seu único Filho,
nosso Senhor,
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, luz da luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação
desceu dos Céus.
que foi concebido pelo poder
do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria;
E encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria,
e Se fez homem.
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado;
desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos Céus;
está sentado à direita de Deus Pai
todo-poderoso, de onde há-de vir a julgar
os vivos e os mortos.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.

Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado
à direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu Reino não terá fim.

Creio no Espírito Santo; Creio no Espírito Santo,
Senhor que dá a vida,
e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado
e glorificado:
Ele que falou pelos profetas.
na santa Igreja Católica;
na comunhão dos Santos;
Creio na Igreja una, santa,
católica e apostólica.
na remissão dos pecados;
na ressurreição da carne;
na vida eterna.
Amém
Professo um só Batismo
para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos,
e a vida do mundo que há-de vir.
Amém.
(CIC 142-184)

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História

O Credo niceno-constantinopolitano, ou Símbolo niceno-constantinopolitano, é uma declaração de fé cristã aceita pela Igreja Católica, Igreja Ortodoxa, Igrejas Ortodoxas Orientais, Igreja Anglicana e pela maioria das denominações protestantes.

O nome “niceno-constantinopolitano” indica uma suposta relação com o Primeiro Concílio de Niceia 325 d.C.), no qual foi adaptado um credo semelhante (o Credo Niceno), e com o Primeiro Concílio de Constantinopla (381 d.C.), o qual teria revisto o texto de 325.

Na Igreja Católica Romana, o Credo de Niceia faz parte da profissão de fé. Tradicionalmente, o Credo niceno-constantinopolitano é considerado uma revisão, feita pelo Primeiro Concílio de Constantinopla em 381, do Credo Niceno de 325. Porém, desde mais de um século, se levantam dúvidas sobre esta explicação da origem do Credo niceno-constantinopolitano. Os atos do concílio de 381 não são conservados, e não existe nenhum documento com o texto do Credo niceno-constantinopolitano mais antigo dos atos do Concílio de Calcedônia de 451. No ano 431, o Primeiro Concílio de Éfeso citou o Credo Niceno de 325, e declarou que “é ilícito para qualquer um para apresentar, ou escrever, ou compor uma fé diversa (ἑτέραν – no sentido de “contraditório” e não de “adicional”) da estabelecida pelos Santos Padres reunidos com o Espírito Santo em Niceia” (ou seja, o Credo de 325). A falta de menção do Credo niceno-constantinopolitano nos escritos do intervalo entre 381 (Primeiro Concílio de Constantinopla) e 451 (Concílio de Calcedônia), particularmente nos atos deste Concílio de Éfeso, até tem inspirado a alguns a ideia de que o texto foi apresentado ao Concílio de Calcedônia para superar o problema da proibição efesino de novas formulações. Porém, segundo a Enciclopédia Britannica e outros estudiosos, é mais provável a autoria ou aprovação do Concílio de Constantinopla, mas sobre a base não do Credo niceno, senão de um Credo batismal local, talvez de Jerusalém, de Cesareia, de Antioquia ou de Constantinopla.

Uso Litúrgico

Na missa do rito romano, recita-se todos os domingos e nas festas principais (“solenidades”) o Credo, normalmente o Credo niceno-constantinopolitano, mas desde 2002 está permitido na Quaresma e no Tempo Pascal substituí-lo com “o Símbolo batismal da Igreja romana, conhecido como o Credo dos Apóstolos”. Já no rito bizantino, como em todos os ritos não latinos, usa-se unicamente o Credo niceno-constantinopolitano. Na Divina Liturgia, ele é cantado em certos lugares pelo coro ou a assembléia, em outros é o cantor que o recita ou uma pessoa proeminente leigo (por exemplo, o prefeito, um ministro do governo, o presidente do país, é convidado a fazê-lo, como no passado foi prerrogativa do imperador bizantino, quem falava em nome de todo o seu povo.

Comparação dos dois credos

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O Credo Niceno termina com as palavras “(Cremos) no Espírito Santo” e com um anátema contra os arianos. Há também muitas outras diferenças. São poucos os estudiosos que acreditam que o Credo niceno-constantinopolitano seja uma amplificação do Credo de 325. Só num sentido lato o Credo posterior pode ser chamado niceno, isto é, em conformidade com a fé proclamada em Niceia.

 

Na seguinte tabela abaixo, letras negritas indicam as partes do Credo Niceno omitidas ou movidas no Niceno-constantinopolitano, e letras cursivas as frases presentes no Niceno-constantinopolitano mas não no Niceno.

Credo Niceno (325) Credo niceno-constantinopolitano (381?)
Πιστεύομεν εἰς ἕνα θεὸν πατέρα παντοκράτορα, πάντων ὁρατῶν τε και ἀοράτων ποιητήν. Πιστεύομεν εἰς ἕνα θεὸν πατέρα παντοκράτορα, ποιητὴν οὐρανοῦ καὶ γῆς, ὁρατῶν τε πάντων καὶ ἀοράτων·
Καὶ εἰς ἕνα κύριον Ἰησοῦν Χριστόν, τὸν υἱὸν τοῦ θεοῦ, γεννηθέντα ἐκ τοῦ πατρὸς μονογενῆ, τοὐτέστιν ἐκ τῆς οὐσίας τοῦ πατρός, καὶ εἰς ἕνα κύριον Ἰησοῦν Χριστόν, τὸν υἱὸν τοῦ θεοῦ τὸν μονογενῆ, τὸν ἐκ τοῦ Πατρὸς γεννηθέντα πρὸ πάντων τῶν αἰώνων,
θεὸν ἐκ θεοῦ, φῶς ἐκ φωτός, θεὸν ἀληθινὸν ἐκ θεοῦ ἀληθινοῦ, γεννηθέντα, οὐ ποιηθέντα, ὁμοούσιον τῷ πατρί φῶς ἐκ φωτός, θεὸν ἀληθινὸν ἐκ θεοῦ ἀληθινοῦ, γεννηθέντα οὐ ποιηθέντα, ὁμοούσιον τῷ πατρί,
δι’ οὗ τὰ πάντα ἐγένετο, τά τε ἐν τῷ οὐρανῷ καὶ τὰ ἐω τῇ γῇ δι’ οὗ τὰ πάντα ἐγένετο,
τὸν δι’ ἡμᾶς τοὺς ἀνθρώπους καὶ διὰ τὴν ἡμετέραν σωτηρίαν κατελθόντα καὶ σαρκωθέντα καὶ ἐνανθρωπήσαντα, τὸν δι’ ἡμᾶς τοὺς ἀνθρώπους καὶ διὰ τὴν ἡμετέραν σωτηρίαν κατελθόντα ἐκ τῶν οὐρανῶν καὶ σαρκωθέντα ἐκ πνεύματος ἅγίου καὶ Μαρίας τῆς παρθένου καὶ ἐνανθρωπήσαντα
παθόντα, καὶ ἀναστάντα τῇ τρίτῃ ἡμέρᾳ, ἀνελθόντα εἰς τοὺς οὐρανούς, σταυρωθέντα τε ὑπὲρ ἡμῶν ἐπὶ Ποντίου Πιλάτου καὶ παθόντα καὶ ταφέντα καὶ ἀναστάντα τῇ τρίτῃ ἡμέρα κατὰ τὰς γραφάς καὶ ἀνελθόντα εἰς τοὺς οὐρανούς καὶ καθεζόμενον ἐκ δεξιῶν τοῦ πατρός
καὶ ἐρχόμενον κρῖναι ζῶντας καὶ νεκρούς. καὶ πάλιν ἐρχόμενον μετὰ δόξης κρῖναι ζῶντας καὶ νεκρούς·
οὗ τῆς βασιλείας οὐκ ἔσται τέλος.
Καὶ εἰς τὸ ἅγιον πνεῦμα. καὶ εἰς τὸ πνεῦμα τὸ ἅγιον, τὸ κύριον, καὶ ζῳοποιόν, τὸ ἐκ τοῦ πατρὸς ἐκπορευόμενον, τὸ σὺν πατρὶ καὶ υἱῷ συμπροσκυνούμενον καὶ συνδοξαζόμενον, τὸ ἐκλαλῆσαν διὰ τῶν προφητῶν·
Τοὺς δὲ λέγοντας· ἦν ποτε ὅτε οὐκ ἦν, καὶ πρὶν γεννηθῆναι οὐκ ἦν, καὶ ὅτι ἐξ οὐκ ὄντων ἐγένετο, ἢ ἐξ ἑτέρας ὑποστάσεως ἢ οὐσίας φάσκοντας εἶναι, ἢ κτιστόν ἢ τρεπτὸν ἢ ἀλλοιωτὸν τὸν υἱὸν τοῦ θεοῦ, ἀναθεματίζει ἡ καθολικὴ ἐκκλησία. Εἰς μίαν ἁγίαν καθολικὴν καὶ ἀποστολικὴν ἐκκλησίαν· ὁμολογοῦμεν ἓν βάπτισμα εἰς ἄφεσιν ἁμαρτιῶν· προσδοκοῦμεν ἀνάστασιν νεκρῶν, καὶ ζωὴν τοῦ μέλλοντος αἰῶνος. ἀμήν.

Numa tradução portuguesa as diferenças aparecem assim:

Credo Niceno (325) Credo niceno-constantinopolitano (381?)
Cremos em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Cremos em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Ε em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado unigênito do Pai, isto é, da substância do Pai; E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, gerado do Pai antes de todos os séculos
Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai; luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai,
por quem foram feitas todas as coisas que estão no céu ou na terra. por que, foram feitas todas as coisas.
O qual por nós homens e para nossa salvação, desceu, se encarnou e se fez homem. O qual por nós homens e para a nossa salvação, desceu dos céus: se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem.
Padeceu e ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos e padeceu e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está assentado à direita do Pai.
Ele virá para julgar os vivos e os mortos. Ele virá novamente, em glória, para julgar os vivos e os mortos;
e o Seu reino não terá fim.
E no Espírito Santo. E no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele falou pelos profetas.
E quem quer que diga que houve um tempo em que o Filho de Deus não existia, ou que antes que fosse gerado ele não existia, ou que ele foi criado daquilo que não existia, ou que ele é de uma substância ou essência diferente (do Pai), ou que ele é uma criatura, ou sujeito à mudança ou transformação, todos os que falem assim, são anatematizados pela Igreja Católica. E na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Confessamos um só batismo para remissão dos pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos; e a vida do mundo vindouro. Amém.

Os textos litúrgicos do Credo niceno-constantinopolitano não correspondem exatamente ao que teria adotado o Primeiro concílio de Constantinopla. Nas liturgias grega e latina os verbos no plural “cremos”, “confessamos”, “esperamos” são alteradas para o singular “creio”, “confesso”, “espero”. Assim acentua-se o carácter pessoal de recitar o Credo. As Igrejas ortodoxas orientais conservam o plural, como no texto original.

O texto litúrgico latina, além disso, acrescenta duas frases: “Deus de Deus” e “e do Filho”. A liturgia armênia introduz no texto muitas outras variações. Nunca houve controvérsia sobre “Deus de Deus” (em latim, Deum de Deo), mas “e do Filho” (em latim, Filioque) continua ainda constituir um problema nas relações entre las Igrejas católica e ortodoxa (ver artigo Cláusula Filioque. A Igreja católica professa a tradição da Igreja latina e da Igreja de Alexandria, que falavam da procedência do Espírito Santo do Pai e do Filho ou pelo Filho (filioquismo), enquanto a preferência da Igreja ortodoxa é para a tradição dos Padres Capadócios, que Fócio formulou em termos de procedência do Pai sozinho (monopatrismo). Segundo alguns estudiosos de ambas as Igrejas, a dificuldade nasce da diversidade de significado de palavras gregas e latinas. Os gregos falavam da procedência do Espírito em relação ao verbo ἐκπορεύεσθαι (“τὸ ἐκ τοῦ Πατρὸς ἐκπορευόμενον”), que indica a fonte original, e os latinos falavam em relação ao verbo procedere (qui ex Patre Filioque procedit), que tem um sentido mais extenso e que corresponde melhor ao verbo grego προϊέναι.

Na seguinte tabela, letras negritas indicam as mudanças das liturgias grega e latina.

Concílio de Constantinopla (381) Texto litúrgico grego Texto litúrgico latino

Πιστεύομεν εἰς ἕνα Θεόν
πατέρα παντοκράτορα,
ποιητὴν οὐρανοῦ καὶ γῆς,
ὁρατῶν τε πάντων καὶ ἀοράτων,
καὶ εἰς ἕνα Κύριον Ἰησοῦν Χριστόν,
τὸν υἱὸν τοῦ Θεοῦ τὸν μονογενῆ,
τὸν ἐκ τοῦ πατρὸς γεννηθέντα
πρὸ πάντων τῶν αἰώνων,

φῶς ἐκ φωτός,
Θεὸν ἀληθινὸν ἐκ Θεοῦ ἀληθινοῦ,
γεννηθέντα οὐ ποιηθέντα,
ὁμοούσιον τῷ πατρί,
δι’ οὗ τὰ πάντα ἐγένετο,
τὸν δι’ ἡμᾶς τοὺς ἀνθρώπους
καὶ διὰ τὴν ἡμετέραν σωτηρίαν
κατελθόντα ἐκ τῶν οὐρανῶν,
καὶ σαρκωθέντα ἐκ Πνεύματος Ἁγίου
καὶ Μαρίας τῆς παρθένου,
καὶ ἐνανθρωπήσαντα,
σταυρωθέντα τε ὑπὲρ ἡμῶν ἐπὶ Ποντίου Πιλάτου
καὶ παθόντα καὶ ταφέντα
καὶ ἀναστάντα τῇ τρίτῃ ἡμέρᾳ κατὰ τὰς Γραφὰς
καὶ ἀνελθόντα εἰς τοὺς οὐρανοὺς
καὶ καθεζόμενον ἐκ δεξιῶν τοῦ πατρὸς
καὶ πάλιν ἐρχόμενον μετὰ δόξης
κρῖναι ζῶντας καὶ νεκρούς,
οὗ τῆς βασιλείας οὐκ ἔσται τέλος·
καὶ εἰς τὸ Πνεῦμα τὸ Ἅγιον,
τὸ κύριον, τὸ ζωοποιόν,
τὸ ἐκ τοῦ πατρὸς ἐκπορευόμενον,
τὸ σὺν πατρὶ καὶ υἱῷ
συμπροσκυνούμενον καὶ συνδοξαζόμενον,
τὸ λαλῆσαν διὰ τῶν προφητῶν·
εἰς μίαν, ἁγίαν, Καθολικὴν
καὶ Ἀποστολικὴν Ἐκκλησίαν.
Ὁμολογοῦμεν ἓν βάπτισμα εἰς ἄφεσιν ἁμαρτιῶν·
προσδοκοῦμεν ἀνάστασιν νεκρῶν
καὶ ζωὴν τοῦ μέλλοντος αἰῶνος. Ἀμήν.

Πιστεύω εἰς ἕνα Θεόν,
Πατέρα, Παντοκράτορα,
ποιητὴν οὐρανοῦ καὶ γῆς,
ὁρατῶν τε πάντων καὶ ἀοράτων.
Καὶ εἰς ἕνα Κύριον Ἰησοῦν Χριστόν,
τὸν Υἱὸν τοῦ Θεοῦ τὸν μονογενῆ,
τὸν ἐκ τοῦ Πατρὸς γεννηθέντα
πρὸ πάντων τῶν αἰώνων·

φῶς ἐκ φωτός,
Θεὸν ἀληθινὸν ἐκ Θεοῦ ἀληθινοῦ,
γεννηθέντα οὐ ποιηθέντα,
ὁμοούσιον τῷ Πατρί,
δι’ οὗ τὰ πάντα ἐγένετο.
Τὸν δι’ ἡμᾶς τοὺς ἀνθρώπους
καὶ διὰ τὴν ἡμετέραν σωτηρίαν
κατελθόντα ἐκ τῶν οὐρανῶν
καὶ σαρκωθέντα ἐκ Πνεύματος Ἁγίου
καὶ Μαρίας τῆς Παρθένου
καὶ ἐνανθρωπήσαντα.
Σταυρωθέντα τε ὑπὲρ ἡμῶν ἐπὶ Ποντίου Πιλάτου,
καὶ παθόντα καὶ ταφέντα.
Καὶ ἀναστάντα τῇ τρίτῃ ἡμέρᾳ κατὰ τὰς Γραφάς.
Καὶ ἀνελθόντα εἰς τοὺς οὐρανοὺς
καὶ καθεζόμενον ἐκ δεξιῶν τοῦ Πατρός.
Καὶ πάλιν ἐρχόμενον μετὰ δόξης
κρῖναι ζῶντας καὶ νεκρούς,
οὗ τῆς βασιλείας οὐκ ἔσται τέλος.
Καὶ εἰς τὸ Πνεῦμα τὸ Ἅγιον,
τὸ κύριον, τὸ ζωοποιόν,
τὸ ἐκ τοῦ Πατρὸς ἐκπορευόμενον,
τὸ σὺν Πατρὶ καὶ Υἱῷ
συμπροσκυνούμενον καὶ συνδοξαζόμενον,
τὸ λαλῆσαν διὰ τῶν προφητῶν.
Εἰς μίαν, Ἁγίαν, Καθολικὴν
καὶ Ἀποστολικὴν Ἐκκλησίαν.
Ὁμολογῶ ἓν βάπτισμα εἰς ἄφεσιν ἁμαρτιῶν.
Προσδοκῶ ἀνάστασιν νεκρῶν.
Καὶ ζωὴν τοῦ μέλλοντος αἰῶνος. Ἀμήν.

Credo in unum Deum,
Patrem omnipotentem,
Factorem caeli et terrae,
visibilium omnium et invisibilium.
Et in unum Dominum Iesum Christum,
Filium Dei unigenitum
et ex Patre natum
ante omnia saecula.
Deum de Deo,
Lumen de Lumine,
Deum verum de Deo vero,
genitum, non factum,
consubstantialem Patri:
per quem omnia facta sunt;
qui propter nos homines
et propter nostram salutem,
descendit de caelis,
et incarnatus est de Spiritu Sancto
ex Maria Virgine,
et homo factus est,
crucifixus etiam pro nobis sub Pontio Pilato,
passus et sepultus est,
et resurrexit tertia die secundum Scripturas,
et ascendit in caelum,
sedet ad dexteram Patris,
et iterum venturus est cum gloria,
iudicare vivos et mortuos;
cuius regni non erit finis.
Et in Spiritum Sanctum,
Dominum et vivificantem,
qui ex Patre Filioque procedit,
qui cum Patre et Filio
simul adoratur et conglorificatur,
qui locutus est per prophetas.
Et unam sanctam catholicam
et apostolicam Ecclesiam.
Confiteor unum Baptisma in remissionem peccatorum.
Et expecto resurrectionem mortuorum,
et vitam venturi saeculi. Amen.

Texto armênio com tradução, e texto português

Texto  armênio Tradução em português Conferência Episcopal Portuguesa

Հավատում ենք մեկ Աստծո `ամենակալ Հորը,
երկնքի եւ երկրի, երեւելիների եւ աներեւույթների Արարչին:
Եւ մեկ Տիրոջ` Հիսուս Քրիստոսին, Աստծո Որդուն,
ծնված Հայր Աստծուց Միածին, այսինքն `Հոր էությունից:
Աստված` Աստծուց, լույս `լույսից,
ճշմարիտ Աստված` ճշմարիտ Աստծուց ,
ծնունդ եւ ոչ թե `արարած:
Նույն ինքը` Հոր բնությունից,
որի միջոցով ստեղծվեց ամեն
ինչ երկնքում եւ երկրի
վրա `երեւելիներն ու անեւերույթները:
Որ հանուն մեզ` մարդկանց ու մեր փրկության համար
`իջավ երկնքից,
մարմնացավ, մարդացավ,
ծնվեց կատարելապես Ս. Կույս Մարիամից Ս. Հոգով:
Որով `ճշմարտապես, եւ ոչ կարծեցյալ կերպով առավ մարմին,
հոգի եւ միտք եւ այն ամենը, որ կա մարդու մեջ:
Չարչարվեց, խաչվեց, թաղվեց, երրորդ օրը Հարություն առավ,
նույն մարմնով բարձրացավ երկինք, նստեց Հոր աջ կողմում:
Գալու է նույն մարմնով եւ Հոր փառքով
դատելու ողջերին եւ մահացածներին:
Նրա թագավորությունը չունի վախճան:
Հավատում ենք նաեւ Սուրբ Հոգուն` անեղ եւ կատարյալ,
որը խոսեց Օրենքի, մարգարեների եւ ավետարանների միջոցով:
Որն իջավ Հորդանանի վրա,
քարոզեց առաքյալների միջոցով եւ բնակություն հաստատեց սրբերի մեջ:
Հավատում ենք նաեւ մեկ, ընդհանրական եւ առաքելական եկեղեցու,
մի մկրտության, ապաշխարության,
մեղքերի քավության եւ թողության:
Մեռելների հարության,
հոգիների եւ մարմինների հավիտենական դատաստանի,
երկնքի արքայության եւ հավիտենական կյանքի:

Cremos em um só Deus, Pai Todo-Poderoso,
Criador do céu e da terra, das coisas visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus,
o Unigênito de Deus o Pai, que é da essência do Pai.
Deus de Deus, Luz de Deus,
Luz verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado e não feito;
da natureza mesma do Pai,
por quem todas as coisas vieram a existir,
no céu e na terra,
visíveis e invisíveis.
Quem por nós os homens e para nossa salvação
desceu dos céus,
se encarnou, foi feito homem,
nasceu perfeitamente da Santíssima Virgem Maria pelo Espírito Santo.
Por quem, verdadeiramente e não na aparência,
Ele tomou corpo, alma e mente, e tudo o que é humano.
Ele sofreu, foi crucificado, foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia,
subiu ao céu com o mesmo corpo, [e] se sentou à direita do Pai.
Ele está para vir com o mesmo corpo e com a glória do Pai,
para julgar os vivos e os mortos;
o Seu reino não tem fim.
Cremos no Espírito Santo, no incriado e perfeito,
que falou através da Lei, os profetas, e os Evangelhos;
que desceu sobre a Jordânia,
pregou pelos apóstolos, e viveu nos santos.
Cremos também em una, católica, e apostólica Igreja
e em um batismo de arrependimento,
para a remissão e perdão dos pecados
e na ressurreição dos mortos,
no julgamento eterno das almas e corpos,
no Reino dos Céus e na vida eterna.

Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso,
Criador do Céu e da Terra,
De todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, luz da luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação
desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria.
e se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus,
onde está sentado à direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu Reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo,
Senhor que dá a vida,
e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho
é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos Profetas.
Creio na Igreja,
Una, Santa, Católica e Apostólica.
Professo um só batismo para a remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos
e vida do mundo que há-de vir.
Amém.

Fontes:

9788515021529