Longinus, o soldado que feriu Jesus na cruz

Personagens da Via Crucis: São Longuinho

Há uma tradição popular de recorrer a São Longuinho (ou Longinus) quando se perde alguma coisa, dizendo: “São Longuinho, São Longuinho, se eu achar tal coisa, dou três pulinhos”.

longinus

No Brasil e na Espanha, a antiga festa de São Longuinho acontece no dia 15 de março. Mas quem foi esse santo que o povo diz que nos ajuda a encontrar coisas perdidas?

Uma certa tradição da “Legenda Aurea” (do Beato Tiago de Voragine) nos ensina que Longuinho – cujo nome deriva da expressão grega “longus” (“lança”) – teria sido o centurião romano que estava aos pés da cruz de Jesus com outros soldados. Teria sido Longuinho que atravessou o peito de Jesus com uma lança, em vez de quebrar as pernas dele, como acontecia com outros crucificados. A passagem está narrada no Evangelho de São João:

“Como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água” (Jo 19,33-34).

São João fala de um soldado, enquanto São Marcos fala de um centurião (Mc 15,29). Pode ser a mesma pessoa ou não. Na Biblioteca Laurenciana de Florença há um manuscrito siríaco, escrito em 586, por um monge de nome Rábulo, contendo uma miniatura da Crucificação de Jesus, e que traz o nome de Longino como o soldado que perfurou o coração de Jesus.

Há também uma tradição que diz que ele tinha sérios problemas de visão e estava ficando cego. Entretanto, após perfurar o Senhor, uma gota de sangue teria caído nos seus olhos e ele passou a enxergar perfeitamente. Essa e outras manifestações da natureza que aconteceram depois da crucificação o fizeram reconhecer:

“Verdadeiramente, este Homem era Filho de Deus.”

A tradição diz que ele se converteu, abandonou o exército romano e refugiou-se na Capadócia, onde se tornou monge. Ali, ele teria sido perseguido como cristão, mas como não quis abandonar sua fé, foi torturado até a morte, tendo a língua e os olhos arrancados. Ele teria destruído as imagens dos deuses pagãos, dos quais saíram muitos demônios. Quando Longuinho perguntou aos demônios por que eles foram habitar nos ídolos, estes teriam respondido: “Onde não se escuta o nome de Cristo nem se faz o sinal da Cruz aí está a nossa habitação”.

Não há nenhuma prova documental desses fatos no primeiro século. No entanto, em frente ao grande altar mor da Basílica de São Pedro, em Roma, há uma gigantesca imagem de São Longuinho. Há uma notícia de que mil anos depois, em 999, Longuinho foi canonizado pelo Papa Silvestre II (999-1003), no tempo em que o processo de canonização não era tão rigoroso como hoje, o que só começou no século XI. Conta-se, no entanto, que houve um processo de canonização, e que, quando este estava bastante avançado, os documentos ficaram perdidos por muitos anos. Então, o Papa Silvestre, teria pedido a intercessão de Longuinho para ajudá-lo a encontrar esses papéis. Pouco tempo depois, os documentos foram achados e aconteceu a canonização.

De onde vem a tradição dos três pulinhos em agradecimento por se encontrar algo perdido, invocando o santo?

Outra tradição diz que ele era um homem baixinho e que, servindo na corte de Roma, vivia nas festas. Por sua pequena estatura, conseguia ver o que se passava por baixo das mesas, e sempre encontrava pertences de pessoas, e os objetos achados eram devolvidos aos seus donos. Assim, teria surgido o costume de pedir-lhe ajuda para encontrar o que se perdeu. Em agradecimento, segundo a tradição, são oferecidos três pulinhos e uma oração. Diz-se também que essa forma de agradecimento seria pelo fato de o soldado ser manco. Outra explicação afirma que os pulinhos remetem à Santíssima Trindade.

O que sabemos de certo é que o centurião que chefiava a Crucificação de Jesus ficou convencido de que Jesus era o Filho de Deus, e poderia sim, com a sua conversão, tornar-se, de fato, até um mártir. Por isso, o antigo Martirológio Romano trazia sua festa no dia 15 de março. A tradição popular dos três pulinhos não é ensinada pela Igreja, embora a devoção ao santo seja de livre uso da fé.

Prof. Felipe Aquino

Saint_Longinus___mural_paint_by_SaulCarvalho

ORAÇÃO A SÃO LONGUINHO

Glorioso São Longuinho, a ti suplicamos, cheios de confiança em sua intercessão. Sentimo-nos atraídos a ti por uma especial devoção, e sabemos que nossas súplicas serão ouvidas por Deus Nosso Senhor, se tu, tão amado por ele, nos fizer representar.

Sua caridade, reflexo admirável, inclina-te a socorrer toda miséria, a consolar todo sofrimento, suprir toda necessidade em proveito de nossas almas, e assegurar cada vez mais nossa eterna salvação, com a prática de boas obras e imitação de suas virtudes! Amém 

Blog Canção Nova

 

https://ler.amazon.com.br/kp/embed?linkCode=kpd&ref_=k4w_oembed_G23eesakV6eYOW&asin=B07PMMPMDL&tag=kpembed-20&amazonDeviceType=A2CLFWBIMVSE9N&from=Bookcard&preview=inline

27º Encontro (Catequese) – Unção aos Enfermos

Série: Animo, uma nova Catequese (Encontro 27/40)

jesus-adictamente (4)

Neste encontro terminaremos de falar sobre os sacramentos. E o tema é o Sacramento da Unção dos Enfermos, um dos sacramentos de cura. Uma das sugestões é fazer parte do encontro na igreja e a outra parte ir visitar, junto com os ministros dos enfermos alguns doentes da comunidade que recebem a Eucaristia em casa. Importante se programar e conversar antes com os ministros para uma boa integração

A oração inicial pode ser feita de uma forma bem mais forte, com todos de mãos dadas, respeitando alguns minutos de silêncio e que seja pedido que cada um lembre de alguém que conhece que precise muito de oração por estar doente. Interessante se cada um pudesse falar por quem vai estar rezando, porém deve-se sempre respeitar aqueles que não querem dizer em voz alta. Depois pode ser rezado o Pai Nosso, Ave Maria e o Vinde Espírito Santo.Na sequência pode ser cantada uma música e sugiro Cura Senhor – Padre Antônio Maria

Apresentar os Ministros dos Enfermos

Após esta parte podemos falar do tema do encontro que é o sacramento da Unção dos Enfermos. Lembrar que antes esse sacramento era chamado de Extrema unção, porém existe uma diferença pois a intenção da Unção dos Enfermos é antes de tudo trazer a cura física e espiritual para a pessoa e a extrema unção é quando a pessoa está as portas da morte. Para a igreja só existe um sacramento da Unção dos Enfermos (a extrema unção é parte deste e não algo em separado)Importante também falar dos Ministro dos Enfermos que levam a comunhão aqueles que estão doentes e não podem acessar a comunidade e as missas e também a alguns idosos que tem dificuldade de locomoção. Também falar da importância de se cuidar dos doentes e idosos e que isso faz parte do sacramento. Lembrar que o padre também visita estes fiéis e a missão de cada católico é sempre visitar e acalentar os irmãos enfermos.

Importante que os ministros expliquem o que será feito na visita e se tenha a prudência de escolher enfermos que possam dividir a experiência com os catequizandos.

Fazer a música final Sacramento Que Cura – Padre Marcelo Rossi e depois a oração de envio, já que sairemos da comunidade e iremos visitar alguns enfermos. Caso não seja possível o encontro deve respeitar o horário.

folhadeencontromod.3-13

Sugestão de folha para o encontro

Aprofundamento para o catequista

lar-sp-nov-01

O padre e a ministra dos enfermos (Imagem da internet)

“Por esta santa unção e pela Sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na Sua misericórdia, alivie os teus sofrimentos”. – Esta é a petição a Deus proferida na Unção dos Enfermos, essa oração contém o objeto central desse sacramento, ou seja, confere a ele uma graça especial, que une mais intimamente o doente a Cristo.

Jesus veio para revelar o amor de Deus. Frequentemente, faz  isso nas áreas e situações em que nos sentimos especialmente ameaçados em função da fragilidade de nossa vida, devido a doenças, morte etc. Deus Pai quer que nos tornemos saudáveis no corpo e na alma, e reconheçamos nisso a instauração do Seu Reino. Por vezes, só com a experiência da enfermidade percebemos que precisamos do Senhor mais do que tudo. Não temos vida, a não ser em Cristo. Por isso, os doentes e os pecadores têm um especial instinto para perceber o que é essencial.

A Igreja, tendo recebido do Senhor a ordem de curar os enfermos, procura pôr isso em prática com os cuidados para com os doentes, acompanhados da oração de intercessão. Ela possui, sobretudo, um sacramento específico em favor dos enfermos, instituído pelo próprio Cristo e atestado por São Tiago: «Quem está doente, chame a si os presbíteros da Igreja e rezem por ele, depois de o ter ungido com óleo no nome do Senhor» (Tg 5,14-15).

21.05

Dessa forma, o sacramento da unção dos enfermos pode ser recebido pelo fiel que começa a se sentir em perigo de morte por doença ou velhice. O mesmo fiel pode recebê-lo também outras vezes se a doença se agravar ou, então, no caso doutra enfermidade grave. O Catecismo da Igreja relembra que: “É dever dos pastores instruir os fiéis sobre os benefícios deste Sacramento. Que os fiéis incentivem os doentes a chamar o sacerdote para receberem este Sacramento. Que os doentes se preparem para recebê-lo com boas disposições, com a ajuda de seu pastor e de toda a comunidade eclesial, que é convidada a cercar de modo especial os doentes com suas orações e atenções fraternas” (CIC 1516).

Não se deve deixar que um doente grave venha a falecer sem receber a Unção dos Enfermos; muitas vezes isto acontece porque a família se descuida de cuidar espiritualmente do enfermo ou porque fica com medo de assustá-lo; o sacerdote saberá preparar o doente psicologicamente para receber o Sacramento em paz.

Artigo 5: A Unção dos Enfermos (Catecismo da Igreja Católica)

Transcrição CIC 1514-1516; 1526-1532

1514. A Unção dos Enfermos «não é sacramento só dos que estão prestes a morrer. Por isso, o tempo oportuno para a receber é certamente quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte».

1515. Se um doente que recebeu a Unção recupera a saúde, pode, em caso de nova enfermidade grave, receber outra vez este sacramento. No decurso da mesma doença, este sacramento pode ser repetido se o mal se agrava. É conveniente receber a Unção dos Enfermos antes duma operação cirúrgica importante. E o mesmo se diga a respeito das pessoas de idade, cuja fragilidade se acentua.

«… CHAME OS PRESBÍTEROS DA IGREJA»

1516. Só os sacerdotes (bispos e presbíteros) são ministros da Unção dos Enfermos. É dever dos pastores instruir os fiéis acerca dos benefícios deste sacramento. Que os fiéis animem os enfermos chamarem o sacerdote para receberem este sacramento. E que os doentes se preparem para o receber com boas disposições, com a ajuda do seu pastor e de toda a comunidade eclesial, convidada a rodear, de um modo muito especial, os doentes, com as suas orações e atenções fraternas.

1526. «Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja, para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o aliviará. E, se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados» (Tg 5, 14-15).

1527. 0 sacramento da Unção dos Enfermos tem por finalidade conferir uma graça especial ao cristão que enfrenta as dificuldades inerentes ao estado de doença grave ou de velhice.

1528. 0 tempo oportuno para receber a Santa Unção chegou certamente quando o fiel começa a encontrar-se em perigo de morte, devido a doença ou a velhice.

1529. Todas as vezes que um cristão cai gravemente enfermo, pode receber a Santa Unção; e também quando, mesmo depois de a ter recebido, a doença se agrava.

1530Só os sacerdotes (presbíteros e bispos) podem ministrar o sacramento da Unção dos Enfermos; para isso, empregarão óleo benzido pelo bispo ou, em caso de necessidade, pelo próprio presbítero celebrante.

1531. 0 essencial da celebração deste sacramento consiste na unção na fronte e nas mãos do doente (no rito romano) ou sobre outras partes do corpo (no Oriente), unção acompanhada da oração litúrgica do sacerdote celebrante que pede a graça especial deste sacramento.

1532. A graça especial do sacramento da Unção dos Enfermos tem como efeitos:

– a união do doente à paixão de Cristo, para o seu bem e para o de toda a Igreja;
–  o conforto, a paz e a coragem para suportar cristãmente os sofrimentos da doença ou da velhice;
–  o perdão dos pecados, se o doente não pôde obtê-lo pelo sacramento da Penitência;
–  o restabelecimento da saúde, se tal for conveniente para a salvação espiritual;
–  a preparação para a passagem para vida eterna.

No Código de Direito Canônico

Capítulo III DAQUELES A QUEM SE DEVE ADMINISTRAR A UNÇÃO DOS ENFERMOS

Cân. 1004

§ 1. A unção dos enfermos pode ser administrada ao fiel que, tendo atingido o uso da razão, começa a estar em perigo por motivo de doença ou velhice.

§ 2. Pode-se repetir este sacramento se o doente, depois de ter convalescido, recair em doença grave, ou durante a mesma enfermidade, se o perigo se agravar.

Cân. 1005

Na dúvida se o doente já atingiu o uso da razão, se está perigosamente doente, ou se já es tá morto, administre-se este sacramento.

Cân. 1006

Administre-se este sacramento aos doentes que ao menos implicitamente o pediram quando estavam no uso de suas faculdades.

Cân. 1007

Não se administre a unção dos enfermos aos que perseverarem obstinadamente em pecado grave manifesto.

jesusmedico2

Como deve ser administrada a Extrema Unção

O Sacerdote unge o doente com o óleo dos enfermos que é a matéria do Sacramento da Extrema-Unção. Esta unção deve ser feita seis vezes: nos olhos, nas narinas, nos ouvidos, na boca, nas mãos e nos pés. Para cada unção o Padre repete a forma do Sacramento da Extrema-Unção. Temos então:

matéria: o óleo dos enfermos – é um dos óleos consagrados pelo Bispo na Quinta-feira Santa, na Missa Crismal (assim chamada por causa da benção dos óleos). Deve ser obrigatoriamente de oliveira, ou seja, azeite doce.

forma: Por esta santa unção e por sua grande misericórdia, Deus te perdoe tudo que fizeste de mal pela … vista (ouvido, olfato, gosto e palavras, tato, passos)

A Graça Sacramental da Extrema Unção

A parte visível do Sacramento, a matéria e a forma, significam a parte invisível, que é a graça sacramental. Antigamente, usava-se muito o azeite para curar as doenças. Por isso a Igreja usa o óleo dos enfermos para fazer um gesto que se faz para passar o azeite nas feridas. O Padre unge, ou seja, passa o óleo no corpo do doente, e esse gesto, junto com as palavras da forma sacramental, realizam aquilo que eles significam: não a cura do corpo, mas a cura da alma. A alma que recebeu a Extrema-Unção tem seus pecados perdoados e está fortalecida para enfrentar a morte. Além disso, se Deus achar que ela não deve morrer, o Sacramento ajudará também na cura da doença e a pessoa ficará boa.

Efeitos da Extrema Unção

– aumenta a graça santificante restabelecida pela Confissão;

– perdoa os pecados que não puderam ser confessados (se houver contrição);

– destrói as penas temporais devidas aos pecados já perdoados (se houver disposição para isso);

– traz saúde para o corpo, se isso for bom para a alma.

Leia Mais:

 

Escute as músicas sugeridas:

captura-de-pantalla-2011-04-29-a-las-08-23-11

Cura Senhor – Padre Antônio Maria

Sacramento Que Cura – Padre Marcelo Rossi

26º Encontro (Catequese) – Sacramento da Ordem

Série: Animo, uma nova Catequese (Encontro 26/40)

images (7)

O sacramento da ordem. Juntamente com o matrimônio, são chamados de sacramento de serviço. Assim, quem é batizado e confirmado (crismado) pode também assumir um serviço especial, pondo-se a serviço de Deus. Isso acontece mediante os sacramentos da ordem e do matrimônio, por isso os mesmos são chamados sacramentos a serviço da comunhão e da missão, pois conferem uma graça especial para uma missão particular na Igreja em ordem à edificação do povo de Deus, contribuindo em especial para a comunhão eclesial e para a salvação dos outros.

folhadeencontromod.3-12

Sugestão para folha de encontro

Neste encontro uma das melhores opções seria ter um convidado para melhor desenvolvimento do tema. Um seminarista ou o pároco seria interessante, mas uma freira também seria muito importante para falar sobre o servir a Deus de uma maneira única.

Também seria muito bom se fosse oferecido um café da manhã,  assim como o sugerido no último encontro  (com pão, bolacha, manteiga, leite, café e frios)

No primeiro momento o encontro pode começar com um Vinde Espírito Santo.

Como canto inicial sugiro Só em Deus – Maria do Rosário

No terceiro momento pode-se apresentar os convidados  (caso haja) e depois servir o café. Após isso deixar que estes falem sobre o que levou a ser padre (ou seminarista ou freira)

Ainda falando sobre o tema deve-se falar sobre como funciona para ser padre e o que é o sacramento da Ordem (isso claro se os convidados não tiverem feito)

Importante que neste encontro as dúvidas sejam tiradas e seja num encontro mais descontraído. Se o pároco da comunidade for o convidado é muito interessante se ele puder contar sua história.

No quinto momento podemos fazer uma dinâmica de missão que é bem simples:

  1. Providenciar tiras de papel e canetas
  2. Cada um pega um papel e uma caneta e escreve sua intenções de oração para a semana
  3. Depois todos rezam juntos um Creio
  4. Troca-se os papéis e as pessoas tem a missão de rezar pelo outro durante a semana

No próximo momento podemos cantar a música Lindo Céu – Adriana Arydes e como oração final sugiro um Salve Rainha

Salve Rainha

Salve, Rainha,

Mãe misericordiosa,

vida, doçura e esperança nossa, salve!

A vós bradamos os degregados filhos de Eva.

A vós suspiramos, gemendo e chorando

neste vale de lágrimas.

Eias pois, advogada nossa,

esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei,

e depois deste desterro mostrai-nos Jesus,

bendito fruto de vosso ventre,

ó clemente,

ó piedosa,

ó doce sempre Virgem Maria.

Rogais por nós Santa Mãe de Deus.

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Amém.

Aprofundamento para o catequista

Cada pessoa nasce com um dom especial. Muitas pessoas acabam sendo chamadas para o serviço da igreja e por isso acabam recebendo o Sacramento da Ordem. A ordem é o sacramento graças o qual a missão confiada por Cristo aos Seus apóstolos continua a ser exercida na Igreja até o fim dos tempos. Nela, quem é ordenado recebe o dom do Espírito Santo, concedido por Cristo pelo bispo e que lhe dá autoridade sagrada. Nele, o sacerdote continua sobre a terra a obra redentora de Cristo, afirma São João Maria Vianney.

O ministério conferido pelo sacramento da Ordem consiste num outro tipo de participação na missão de Cristo, ou seja, no serviço em nome e na pessoa de Cristo no meio da comunidade. Além disso, o sacerdócio ministerial confere um poder sagrado para esse serviço dos fiéis. Esse serviço consiste no ensino, no culto divino e no governo pastoral.
No serviço eclesial do ministro ordenado, é o próprio Cristo que está presente à sua Igreja enquanto Cabeça de seu Corpo, Pastor de seu rebanho, Sumo Sacerdote do sacrifício redentor, Mestre da Verdade. A Igreja expressa isso dizendo que o sacerdote, em virtude do sacramento da Ordem, age “In persona Christi Capitis”, ou seja, na pessoa de Cristo-Cabeça.

formacao_o-sacramento-da-ordem.jpg

Por que é chamado sacramento da ordem?

Chama-se ordem este sacramento, pois indica um corpo eclesial, do qual se passa a fazer parte, mediante uma especial consagração (ordenação), que, por um particular dom do Espírito Santo, permite exercer um poder sagrado em nome de Cristo e com a autoridade d’Ele, para o serviço do povo de Deus. Compõe-se de três graus, que são insubstituíveis para a estrutura orgânica da Igreja: o episcopado, o presbiterado e o diaconato.

Os sacerdotes na Antiga Aliança encararam a sua missão como uma mediação entre o celeste e o terreno, entre Deus e o Seu povo. Sendo Cristo o único mediador entre Deus e a humanidade (cf. I Tm 2,5), Ele aperfeiçoou e concluiu esse sacerdócio. Depois de Cristo, o sacerdócio só pode existir em Cristo, na imolação d’Ele na cruz e por Seu chamamento e  envio apostólico.

O efeito da ordenação episcopal confere a plenitude do sacramento da ordem, faz do bispo o legítimo sucessor dos apóstolos, confere-lhe a missão de ensinar, santificar e governar. O ministério do bispo é, no fundo, o ministério pastoral da Igreja, porque remonta às testemunhas de Jesus. (Texto Formação Canção Nova)

O bispo é o único que pode tornar o leigo um diácono, sacerdote ou outro bispo. Para que isso aconteça e seja válido, o bispo ordenante deve ter sido validamente ordenado, isto é, que esteja na linha da sucessão apostólica, e em comunhão com a Igreja toda, principalmente com o Sumo Pontífice (o Papa).

Os padres somente podem exercer seu ministério na dependência do bispo e em comunhão com ele. Já para a legítima ordenação de um Bispo, é hoje exigida uma especial intervenção do Bispo de Roma (o Papa), por causa de sua qualidade de vínculo visível supremo da comunhão das Igrejas particulares (as dioceses) na única Igreja e garantia da sua liberdade.
A ordenação de mulheres não é possível porque o Senhor Jesus escolheu homens para formar o colégio dos doze Apóstolos, e os apóstolos fizeram o mesmo quando escolheram os colaboradores que seriam seus sucessores na missão. O colégio dos bispos, ao qual os presbíteros estão unidos no sacerdócio, torna presente e atualiza, até o retorno de Cristo, o colégio dos doze. A Igreja se reconhece ligada a essa escolha do próprio Senhor.

O sacramento da Ordem é concedido uma vez por todas, ou seja, não pode ser repetido, pois confere um caráter espiritual indelével, ou seja, para sempre. Assim, um padre que deixe o ministério para casar-se, por exemplo, continua sendo padre. Se ficar viúvo e quiser voltar a exercer o ministério, não precisa ser ordenado novamente, bastando seguir as orientações da Igreja a esse respeito.

Por falar nisso, é bom lembrar que na Igreja de rito latino somente o diácono pode ser casado; o bispo e o padre devem ser solteiros ou, em alguns casos, viúvos. Entretanto, se o diácono permanente casado ficar viúvo, não poderá mais se casar. Há ainda a possibilidade de um diácono permanente se tornar padre. Caso ele fique viúvo, sua família (no caso filhos e netos) aceitem e o bispo também aceite o pedido. Na Arquidiocese de Campinas o Padre Jamil Cury Sawaya, era um diácono permanente que se tornou viúvo e optou por se tornar padre com a anuência do Arcebispo  Dom Aírton José dos Santos em 2016. Mas é um fato até raro.

O padre

Muitas pessoas acham que o padre só atua nas missas, mas não é verdade. Muitos padres (a maioria na verdade) além de cuidarem da Paróquia onde atuam, e vale lembrar que existem paróquias com 10 comunidades, são professores, coordenam Pastorais a nível de Diocese como a Pastoral Carcerária, Pastoral da Juventude, etc. Também atuam na Forania  ( que a grosso modo é a reunião das paróquias de determinada região ), outros trabalham com a Pascom  (Pastoral da Comunicação ) da Arquidiocese, escrevem livros, visitam hospitais, organizam retiros e sempre estão estudando. Sem esquecer que vão nos cemitérios visitar as famílias enlutadas junto com a Pastoral das Exéquias.

As freiras também realizam um trabalho muito importante de acolhida de fiéis, de docência, cuidam de crianças, idosos, escrevem livros, atuam junto às comunidades  e muitas outras coisas.

A Igreja Católica ainda não admite que mulheres sejam ordenadas como presbíteras . Em novembro de 2016 o Papa Francisco meio que jogou um balde de  água fria em muitas pessoas ao afirmar que a proibição de mulheres se tornarem padres será para sempre. Segundo o Papa foi o Papa João Paulo II quem deu a palavra final dizendo que Jesus escolheu somente homens como apóstolos. Complicado opinar já que é a palavra do papa

 

Papa

Papa Francisco

Declaração do Papa Francisco

Formação dos Padres

O padre tem que estudar 8 anos. Faz faculdade de Filosofia por 4 anos e depois 4 anos de Teologia. Mas a formação total demora até 9 anos pois neste meio tempo é comum o seminarista passar por um ano sabático, para ver se realmente a sua vocação é ser padre. O chamado seminarista reside num seminário da ordem sacerdotal que escolheu ou foi acolhido. O seminário é uma casa onde o seminarista vive e também estuda um pouco mais, também pratica a leitura da Bíblia e as orações.  Quem paga toda a formação do seminarista é a ordem sacerdotal ou a diocese que fará parte.

Depois de formado o seminarista vira diácono, depois padre e assim por diante.

Artigo 6 – Sacramento da Ordem

Transcrição CIC 1590-1600

1590. São Paulo ao seu discípulo Timóteo: «Exorto-te a que reavives o dom que Deus depositou em ti, pela imposição das minhas mãos» (2 Tm 1, 6), e «aquele que aspira ao lugar de bispo, aspira a uma nobre função» (1 Tm 3, 1). A Tito, o mesmo Apóstolo dizia: «Se te deixei em Creta, foi para acabares de organizar o que faltava e estabelecer anciãos em cada cidade, como te havia ordenado» (Tt 1, 5).

1591. A Igreja é, na sua totalidade, um povo sacerdotal. Graças ao Batismo, todos os fiéis participam no sacerdócio de Cristo. Esta participação chama-se «sacerdócio comum dos fiéis». Na base deste sacerdócio e ao seu serviço, existe uma outra participação na missão de Cristo: a do ministério conferido pelo sacramento da Ordem, cuja missão é servir em nome e na pessoa de Cristo-Cabeça no meio da comunidade.

1592. O sacerdócio ministerial difere essencialmente do sacerdócio comum dos fiéis, porque confere um poder sagrado para o serviço dos mesmos fiéis. Os ministros ordenados exercem o seu serviço junto do povo de Deus pelo ensino (munus docendi), pelo culto divino (munus-liturgicum) e pelo governo pastoral (munus regendi).

1593. Desde as origens, o ministério ordenado fui conferido e exercido em três graus: o dos bispos, o dos presbíteros e o dos diáconos. Os ministérios conferidos pela ordenação são insubstituíveis na estrutura orgânica da Igreja: sem bispo, presbíteros e diáconos, não pode falar-se de Igreja.

1594. O bispo recebe a plenitude do sacramento da Ordem que o insere no colégio episcopal e faz dele o chefe visível da Igreja particular que lhe é confiada. Os bispos, enquanto sucessores dos Apóstolos e membros do Colégio, têm parte na responsabilidade apostólica e na missão de toda a Igreja, sob a autoridade do Papa, sucessor de São Pedro.

1595. Os presbíteros estão unidos aos bispos na dignidade sacerdotal e, ao mesmo tempo, dependem deles no exercício das suas funções pastorais; são chamados a ser os cooperadores providentes dos bispos; formam, d volta do seu bispo, o presbitério, que assume com ele a responsabilidade da Igreja particular: Os presbíteros recebem do bispo o encargo duma comunidade paroquial ou duma função eclesial determinada.

1596. Os diáconos são ministros ordenados para as tarefas de serviço da Igreja; não recebem o sacerdócio ministerial, mas a ordenação confere-lhes funções importantes no ministério da Palavra, culto divino, governo pastoral e serviço da caridade, encargos que eles devem desempenhar sob a autoridade pastoral do seu bispo.

1597. O sacramento da Ordem é conferido pela imposição das mãos, seguida duma solene oração consecratória, que pede a Deus para o ordinando as graças do Espírito Santo, requeridas para o seu ministério. A ordenação imprime um carácter sacramental indelével.

1598. A Igreja confere o sacramento da Ordem somente a homens (viris) baptizados, cujas aptidões para o exercício do ministério tenham sido devidamente reconhecidas. Compete à autoridade da Igreja a responsabilidade e o direito de chamar alguém para receber a Ordem.

1599. Na Igreja latina, o sacramento da Ordem para o presbiterado, normalmente, apenas é conferido a candidatos decididos a abraçar livremente o celibato e que manifestem publicamente a sua vontade de o guardar por amor do Reino de Deus e do serviço dos homens.

1600. Pertence aos bispos o direito de conferir o sacramento da Ordem nos seus três graus.

Uma boa fonte de estudos sobre o assunto é ver os vídeos em que o Professor Felipe Aquino fala sobre o sacramento da ordem (clique aqui e veja)

 

Escute as músicas sugeridas:

medium_volume1600

 

Só em Deus – Maria do Rosário

Lindo Céu – Adriana Arydes

25º Encontro (Catequese) – Matrimônio

Série: Animo, uma nova Catequese (Encontro 25/40)

folhadeencontromod.3-11

Sugestão de Folha de encontro

Sacramentos: Matrimônio

Vigésimo quinto encontro da nossa vivência na fé da nossa catequese. Continuamos falando dos sacramentos e desta vez o tema é o Sacramento do Matrimônio. Uma das sugestões é que este encontro tenha a participação de casais do Grupo de Encontro de Casais ou da pastoral do curso de noivos, ou ainda casais que tenham uma participação na comunidade com experiência (bastante tempo casados na igreja). O ideal seria mesclar casais novos e mais antigos (em tempo de matrimônio), para que o testemunho destas pessoas seja mais elucidativo do que o simples falar do sacramento, abrindo sempre para a troca de experiências.

Considero este tema um dos mais leves para se falar, sem deixar de considerar a sua importância.

Outra sugestão é que seja feito um café da manhã (leite, pão, café, margarina, presunto, mussarela).

Para iniciar sugiro que se recebam os catequizandos sobre o som da Marcha Nupcial apenas para dar um toque mais leve ao encontro.

Como oração inicial sugiro o Vinde Espírito Santo é como canto inicial Que bom que você chegou (Bruna Karla).

Caso haja convidados deve-se sempre apresentar cada um.

Como outro momento podemos perguntar a cada um o que eles acham que é o amor? (Se for o caso eles podem resumir em uma palavra)

Falar sobre o sacramento, importância como um dos sacramentos do serviço e regras para o recebimento (ver aprofundamento para o catequista)

Antes da palestra dos convidados pode-se tocar uma música, sugiro Primeiro Olhar – Anjos de Resgate

Depois os convidados podem falar sobre suas experiências de casados: como chegaram à decisão de se casar, se foi planejado ou não, e como é conviver com o outro no dia a dia. Uma conversa franca, que mostre tanto o lado bom como o lado mais difícil é a melhor forma, sem criar fantasias desnecessárias.

Como momento final pode cantar a música Laços de Amor –  Mensagem Brasil e na oração final revemos uma Ave Maria e um Pai Nosso.

Aprofundamento para o catequista

images (1)

 

O sacramento do Matrimônio junto com o sacramento da Ordem são os chamados Sacramentos do Serviço da Comunhão.

Comunhão vem de comum-união e o sacramento do matrimônio é basicamente isso, viver em comum união com o conjugue.

É acima de tudo no sacramento da família.

Para exemplificar a Bíblia abre logo no Gênesis com a criação de uma família, formada por Adão e Eva e logo depois por seus filhos e fecha com a visão das “núpcias do Cordeiro”(Ap 19).

Em todas as culturas existem a união, o casamento entre um homem e uma mulher. Ver CIC 1604-1605

É em Gênesis 2,18 que está a frase utilizada até hoje nas celebrações do Sacramento do Matrimônio, no momento da cerimônia de entrega do sacramento (chamado de Casamento) fala-se sempre que : “Por isso um homem deixará seu pai e sua mãe,  se une a sua mulher  e eles se tornam uma só carne. “ É uma missão e orientação.

Um dos primeiros grandes feitos de Jesus está justamente no milagre do casamento em Caná na Galileia (Bodas de Caná) onde Jesus orientado por sua mãe transforma água em vinho, mostrando que pode sempre estar ali para auxiliar os casais que creem em Deus.

No Código de Direito Canônico (CDC) cânon 1063 artigo 1 diz: “Pela pregação, pela catequese apropriada aos menores, aos jovens e adultos, mesmo pelo uso dos meios de comunicação social, com que sejam os fiéis instruídos sobre o sentido do matrimônio e o papel dos cônjuges e pais cristãos. “ Então é missão do padre e também das pastorais ajudar neste esclarecimento, apesar de que quando o código foi escrito não existir este meio de divulgação  (neste caso do blog) a orientação se encaixa por se tratar de um meio de comunicação social.

Cerimônia

0151Ricardo-Cintra-Fotografia__RIC0443

A cerimônia onde se é celebrado o Sacramento do Matrimônio é cheia de tradição e em cada cultura tem seus próprios atos.

Porém toda a cerimônia segue o que diz o Missal Romano e em todos os lugares são ditas as mesmas palavras e orações. As regras também são as mesmas em todas as Igrejas Católicas Apostólicas Romanas.

Uma das tradições é a noiva usar branco simbolizando pureza (antes também simbolizava a virgindade). Existe também o simbolo mais tradicional ainda, que são as alianças simbolizando que cada casal tem um compromisso e fez uma aliança com o outro, aliança está que não deve ser quebrada e o arco (da aliança) mostra isso. O buquê é um adorno apenas que com o tempo se tornou tradicional já que acaba sendo jogado (numa superstição) na festa para as “solteiras”. Os padrinhos e os pais em volta do altar não são meros enfeites são as testemunhas do enlace matrimonial, é pelo menos dois casais de cada lado tem que assinar o registro como testemunhas.

Regras para a concessão do Sacramento:

  1. Deve-se procurar a secretaria da paróquia e ver a data para o casamento, isso com antecedência e antes de marcar a data no cartório (muitos fazem o contrário e acabam com um problema). Importante procurar a igreja antes por uma questão de agenda do padre e da própria igreja.
  2. Entra-se com a documentação necessária com bastante antecedência (é necessário que se tenha recebido os sacramentos da iniciação cristã para poder solicitar o sacramento do matrimônio). Um dos documentos mais importantes é o que atesta que a pessoa foi batizada e este documento, chamado batistério tem que ter no máximo 6 meses da data que foi solicitado. Explicando: quando a pessoa pede o sacramento do matrimônio é necessário que seja solicitado junto a igreja em que foi batizada um batistério atualizado com no máximo 6 meses antes do pedido do sacramento. Cada um dos pretendentes deve entregar o seu. Caso A pessoa esteja longe do local onde foi batizada e não tenha como buscar este documento pode se pedir auxílio para a secretaria da igreja aonde irá se casar. O batistério atualizado serve para confirmar se nenhum dos pretendentes está casado na igreja
  3. A secretaria da igreja lança um documento chamado Proclamas, que consiste em se tornar público a intenção de cada um do casal em contrair o matrimônio na igreja, este informe é colocado em local visível na comunidade por pelo menos 1 mês, é ser anunciado durante as missas. Os Proclamas servem também para que as pessoas da comunidade possam informar caso saibam que alguns dos pretendentes não sejam realmente livres (solteiro, viúvo) e vivam outra relação fora da que pretende contrair oficialmente. Vale dizer que o cartório onde é feito a entrada para os papéis do casamento também lança um Edital de Proclamas
  4. Neste ínterim deve-se fazer o que chamamos de Curso de Noivos
  5. Depois de tudo isso: casamento agendado, autorização liberada, curso completado, é feita uma entrevista com o padre. Cada um dos pretendentes faz esta entrevista
  6. Realiza-se a cerimônia (detalhe apenas será realizada com a Certidão Civil de Casamento efetivada no cartório antes da cerimônia religiosa) Vale lembrar que é possível realizar ambas as cerimônias ao mesmo tempo, desde que o Juiz de Paz vá até a igreja e faça o casamento Civil durante a celebração religiosa, claro que isto tem um custo maior para o casal.
  7. Após a cerimônia são enviadas cópias da Certidão de Casamento Religioso para as igrejas onde cada um dos cônjuges foi batizada para averbação, além do registro no Sistema Digital da Igreja e no livro do Matrimônio da Paróquia onde foi realizado o casamento.

(Agradecimento especial pela consultoria realizada à Fabiana Aparecida, secretária da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Sumaré, SP).

CDC (Código de Direito Canônico) 1055-1057

1055 – § 1. A aliança matrimonial, pela qual um homem e uma mulher constituem entre si uma parceria de toda a vida, por sua natureza ordenada para o bem dos cônjuges e à geração e educação dos filhos, entre os batizados, foi elevado por Cristo Senhor à dignidade de sacramento .

§2º. Portanto, entre os batizados não pode ser um contrato de casamento válido, é por isso mesmo sacramento.

Pode. 1056 – As propriedades essenciais do matrimônio são a unidade e indissolubilidade, que no matrimônio cristão obter uma firmeza especial em razão do sacramento.

Pode. 1057 – § 1. O ato que constitui o casamento é o consentimento das partes, legitimamente manifestado entre pessoas juridicamente capazes; não podem ser fornecidos por qualquer poder humano.

§2º. consentimento matrimonial é um ato de vontade pelo qual um homem e uma mulher, por aliança irrevogável, se entregam e aceitar-se a estabelecer o casamento.

Sacramento-do-Matrimonio-Casamento-Caminho-Sagrado

Lembrando:

  • Viúvos podem casar novamente na igreja
  • A antiga frase: “Se alguém souber de algo que impeça a realização deste matrimônio fale agora ou cale-se para sempre.” Está em desuso ultimamente visto que o Proclamas e a verificação anterior da situação de cada conjugue. Porém alguns padres ainda a usam, mais pela tradição.
  • O casamento é indissolúvel. O que Deus uniu o homem não separa, por isso mesmo é importante se ter a certeza do desejo, da coragem e de toda a responsabilidade para se receber este sacramento
  • Casamento pode ser dissolvido em casos de descoberta de algo que impeça a consumação do matrimônio é que foi deliberadamente escondido de um dos cônjuges (uma doença grave, por exemplo). Também em casos de descoberta de uma relação oculta em curso (um dos cônjuges ter uma esposa (o) e está relação ser efetiva, mesmo sem ser oficializada no papel, É também crime pois bigamia no Brasil também está sujeito às penas da lei civil). E em casos que o casamento foi feito sobre ameaça. Em caso de não consumação do matrimônio (não ter tido ato sexual por vontade própria, ou seja, não querer ter relação com o cônjuge) Para isso é preciso mover um processo no Tribunal Eclesiástico. Ver CDC 1063-1165

Temos notado que muitas pessoas acabam se casando sem ter a verdadeira intenção de constituir família, e usando um chavão muito em uso: “Se não der certo, separa.” Para a igreja esta frase não existe pois se quer crer que quando duas pessoas decidem coabitar e optam por  receberem o sacramento do Matrimônio, estas pessoas sejam maduras o suficiente para ter ciência de todas as dificuldades da convivência a dois e de como é importante o diálogo, respeito e amor entre as partes para tudo. A missão da igreja não é apenas administrar o sacramento, mas sim servir de apoio em todas as horas, e cabe ao casal não esperar que tudo se acabe antes de se apegarem a Jesus e procurarem a igreja para se apoiarem.

images

Artigo 7: O Sacramento do Matrimônio

Transcrição CIC 1659-1666

1659. São Paulo diz: «Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja […] É grande este mistério, que eu refiro a Cristo e à Igreja» (Ef 5, 25.32).

1660A aliança matrimonial, pela qual um homem e uma mulher constituem entre si uma comunidade íntima de vida e de amor; foi fundada e dotada das suas leis próprias pelo Criador: Pela sua natureza, ordena-se ao bem dos cônjuges, bem como à procriação e educação dos filhos. Entre os baptizados ,foi elevada por Cristo Senhor à dignidade de sacramento.

1661. O sacramento do Matrimônio significa a união de Cristo com a Igreja. Confere aos esposos a graça de se amarem com o amor com que Cristo amou a sua Igreja; a graça do sacramento aperfeiçoa assim o amor humano dos esposos, dá firmeza à sua unidade indissolúvel e santifica-os no caminho da vida eterna.

1662O Matrimônio assenta no consentimento dos contraentes, quer dizer; na vontade de se darem mútua e definitivamente, com o fim de viverem uma aliança de amor fiel e fecundo.

1663. Uma vez que o Matrimônio estabelece os cônjuges num estado público de vida na Igreja, é conveniente que a sua celebração seja pública, integrada numa celebração litúrgica, perante o sacerdote (ou testemunha qualificada da Igreja), as testemunhas e a assembleia dos fiéis.

1664A unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade são essenciais ao Matrimônio. A poligamia é incompatível com a unidade do Matrimônio; o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa da fecundidade desvia a vida conjugal do seu «dom mais excelente», o filho.

1665O novo casamento dos divorciados, em vida do cônjuge legítimo, é contrário ao desígnio e à Lei de Deus ensinados por Cristo. Eles não ficam separados da Igreja, mas não têm acesso à comunhão eucarística. Viverão a sua vida cristã sobretudo educando os filhos na fé.

1666O lar cristão é o lugar onde os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. É por isso que a casa de família se chama, com razão, «Igreja doméstica», comunidade de graça e de oração, escola de virtudes humanas e de caridade cristã.

 

captura-de-pantalla-2011-04-29-a-las-08-23-11

Ouça as músicas sugeridas:

Que bom que você chegou – Bruna Karla

Laços de Amor – Missão Mensagem Brasil

Primeiro Olhar – Anjos de Resgate

 

Leia também: