Especial: A fé do Talibã
O mundo tem acompanhado a volta do Talibã ao comando do Afeganistão. Um retorno até previsível com a saída das tropas Norte-americanas do país (aliás, as tropas ainda estão saindo enquanto escrevo este texto.
É uma guerra politica, mas com um viés religioso. O Talibã defende um islamismo radical, numa vertente forte que tira os direitos das mulheres e prega também a violência contra todas as pessoas que não forem da religião. Por esse motivo mesmo o mundo se espanta, mas será que todo o povo afegão também se espanta?
Infelizmente, não.
No Alcorão Sagrado a “jihad”(guerra santa) é descrita como uma luta para defender a religião islâmica contra quem ataca a religião. No capítulo 16, versículos 125 a 127 diz-se: “Convida (todos) para o caminho do teu Senhor com sabedoria e sermões belos, e discute com eles nas formas que sejam mais belas e mais graciosas: pois o vosso Senhor conhece bem quem se desviou do Seu caminho, e aqueles que recebem os Seus ensinamentos. Se os punis, então puni-os do mesmo modo com fostes atormentados. Mas se persistirdes pacientemente, isso será melhor para o paciente. Sejai pacientes. A vossa paciência existe apenas através de Deus”
São ao todo 12 capítulos que contém versículos diversos sobre a jihad, mas sempre é importante lembra que o Alcorão era transmitido oralmente, havia uma proibição de se imprimir o livro e quando isso foi feito, com certeza, muita coisa das pregações originais do profeta Muhammad (Maomé numa tradução ocidental bem errada) foi distorcida, alterada ou até perdida. Aconteceu a mesma coisa com a Bíblia (muita coisa alterada) e livros inteiros suprimidos.
Assim surgiram as alas muçulmanas, todas respeitando Alah e seguindo o Alcorão. Todas dispostas a lutar, mas também com diferentes tipos de ação. Um bom exemplo é o fato de que sunitas e xiitas são diferentes vivendo no mesmo território.
O que o Talibã defende é (na opinião deles) evitar uma contaminação da própria cultura, costumes e religião, sem levar em conta que vivemos num mundo cada vez mais plural e globalizado. A internet (e eu tenho minhas ressalvas também) aproximou as pessoas e de certa maneira fez com que todo mundo acabasse sendo influenciado por outras culturas. Se isso é bom ou ruim é outra história.
Porém, impedir que mulheres tenham acesso a educação, que exerçam várias profissões, que sejam obrigadas a se casarem com 15 anos contra vontade, que crianças só conheçam uma visão das coisas é algo muito ruim (na minha opinião). Também existem proibições impostas pelo Talibã as mulheres que beiram o ridiculo, mas são encaradas com seriedade e severidade por eles.
Mas temos também o fato de não entendermos totalmente a religião islâmica. Como realmente funciona. Temos recortes do que não vivemos. O radicalismo de qualquer grupo (seja politico, ideológico, religioso) é sempre complicado, e o mundo sabe, através da história que as pessoas que chegam ao poder disparando balas, tomam o controle através das armas, da violência e da intimidação, pregando uma verdade absoluta sempre fazem mais mal do que bem. Aliás, não existe uma verdade absoluta. Já perguntava Pilatos: “O que é a verdade?”
É um conflito politico-religioso que dura muitos anos e é defendido por radicais armados de lança misseis, bombas, espadas e fuzis AK-47, prontos para matar, mas também para morrer em nome do que acreditam. Resta a nós rezarmos pelo povo que ficará no fogo cruzado.
COMO SURGIU O TALIBÃ?
Quando as tropas soviéticas deixaram o Afeganistão nos anos 1990, o país foi tomado por uma série de conflitos entre facções que brigavam pelo controle da nação. Neste contexto de guerra civil, surge em 1994 o Talibã, sob a liderança do .
O grupo, criado no sul do Afeganistão, tem origem nas tribos que ocupavam a fronteira do país com o Paquistão. É formado principalmente pelos pashtun, um povo que lutou contra o imperialismo britânico, a invasão soviética e hoje se dedica a combater a intervenção do ocidente na região.
Em 1997, pouco tempo após o seu surgimento, o Talibã conquista o controle do Afeganistão, sendo muito bem recebido por significativa parte da população. Isto porque, após um longo período de guerras, o grupo estabeleceu a paz no território, combateu a corrupção e tornou as estradas mais seguras para o desenvolvimento do comércio. Apesar apoio interno, o Talibã só teve o seu governo reconhecido por três países: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Paquistão.
Após os ataques em 11 de setembro de 2001, o Afeganistão foi invadido pelas tropas estadunidenses. As alegações de que o Talibã protegia Osama Bin Laden – responsável pelo ataque – motivaram uma coalizão liderada pelos Estados Unidos a destituir o Talibã do poder. Mas isso não impediu o grupo de continuar exercendo influência, na época controlando quase 90% do Afeganistão. Os Talibãs continuaram sua luta, agora na clandestinidade.
OBJETIVOS E AÇÕES DO GRUPO
Quando surgiu, o Talibã tinha como objetivo restaurar a paz e a segurança em um Afeganistão marcado pela guerra civil. Mas não era só isso! O grupo também pretendia impor sua versão da Sharia, . Com o tempo, suas motivações os levaram a cometer ações bastante rígidas e questionáveis, como execuções públicas, proibição de toda a influência ocidental, proibição do cinema, da música e da televisão, obrigatoriedade do uso da burca pelas mulheres e proibição de escolas para as meninas. Hoje em dia, as ações do Talibã são pautadas na recuperação do território e em expulsar os .
Talibã (também transliterado Taleban, Taliban ou Talebã, do pachto: طالبان, transl. ṭālibān, “estudantes”) é um movimento fundamentalista e nacionalista islâmico que se difundiu no Paquistão e, sobretudo, no Afeganistão, a partir de 1994 e que, efetivamente, governou cerca de três quartos do Afeganistão entre 1996 e 2001, apesar de seu governo ter sido reconhecido por apenas três países: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Paquistão. Seus membros mais influentes eram ulemás (isto é, teólogos) em suas vilas natais. O movimento desenvolveu-se entre membros da etnia pachtun, porém também incluía muitos voluntários não afegãos do mundo árabe, assim como de países da Eurásia e do Sul e Sudeste da Ásia. É, oficialmente, considerado como organização terrorista pela Rússia, União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Emirados Árabes Unidos e Cazaquistão.
A bandeira do declarado Emirado Islâmico do Afeganistão traz a Shahada — ou Chahada ou Chacado, em português —, que é o primeiro dos cinco pilares do islamismo. A mensagem escrita na bandeira é “La Illaha Ila Allah Muhamad Rasulu Allah”, que significa “não há outra divindade além de Deus, e Muhammad é o mensageiro de Deus”…. –
Bandeira do Talebã
A RELAÇÃO COM A AL-QAEDA
O Afeganistão possui dois conhecidos grupos terroristas atuando em seu território: o Talibã e a Al-Qaeda. Inicialmente, esses dois grupos eram opositores, mas essa relação foi mudando ao longo do tempo. Após um encontro entre Osama Bin Laden e o Mullah Mohammed Omar, em 1996, os dois grupos estabeleceram uma aliança, principalmente para unir forças no controle do Afeganistão.
Mas apesar de serem aliados, existem enormes diferenças entre o Talibã e a Al-Qaeda. A principal delas é que o Talibã é uma organização provincial, que age apenas na sua região e não realiza ataques em países do ocidente, ao contrário da Al-Qaeda. Outra diferença é que o Talibã é composto por membros de tribos afegãs, enquanto a Al-Qaeda é composta por árabes.
O ATENTADO A MALALA YOUSAFZAI
Malala Yousafzai venceu o Prêmio Nobel da Paz em 2014. Foto: Pietro Naj-Oleari/ European Parliament.
O Talibã é responsável por diversos ataques, mas sem dúvidas o mais conhecido deles aconteceu em outubro de 2012, quando a estudante Malala Yousafzai foi baleada ao sair da escola, na cidade de Mingora, Paquistão. Na época com 15 anos, Malala já se destacava no país por sua luta pela educação de meninas e adolescentes. O caso passou a ser acompanhado por todo o mundo e dois anos depois, aos 17 anos, Malala foi uma das vencedoras do Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho em defesa da educação feminina.
Entenda como o Talibã recuperou o poder no Afeganistão em 2021
Apenas três meses e meio depois do início da retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão, e com poucas semanas de combates, o grupo radical Talibã recuperou o controle do país . O grupo extremista já havia governado entre 1996 e 2001. Dia 29 de fevereiro de 2020: o Talibã e os Estados Unidos firmam um histórico acordo em Doha, no Catar. O pacto prevê a retirada completa das tropas estrangeiras para maio de 2021 e os talibãs se comprometem a negociar com o governo afegão e a reduzir os atos violentos.
Começam as primeiras negociações de paz diretas entre os insurgentes e o governo afegão, mas a violência continua e se multiplicam os atentados contra jornalistas, juízes, médicos e membros da sociedade civil. Em 1º de maio de 2021 começa de forma oficial a partida dos últimos 2.500 soldados americanos do Afeganistão e 7.000 da Otan. Assim que a retirada é iniciada, combates entre os talibãs e o exército afegão são registrados no sul. E no norte, os rebeldes conquistam o distrito de Burka, na província de Baghlan.
A Taliban fighter mans a machinegun on top of a vehicle as they patrol along a street in Kabul on August 16, 2021, after a stunningly swift end to Afghanistan’s 20-year war, as thousands of people mobbed the city’s airport trying to flee the group’s feared hardline brand of Islamist rule. (Photo by Wakil Kohsar / AFP)
Em 2 de julho , as tropas da Otan e os dos Estados Unidos se retiraram da Base Aérea de Bagram, a maior do país. Alguns dias depois, o presidente Joe Biden anuncia que a retirada das tropas seria ‘concluída em 31 de agosto’. O avanço talibã se acelera. Dia 6 de agosto , os talibãs conquistam sua primeira capital provincial, Zaranj, no sudoeste do país, e dia 8, Kunduz, uma grande cidade do norte.
No dia 12 de agosto , Washington e Londres anunciam o envio de milhares de soldados a Cabul para evacuar os cidadãos. Em dois dias, os talibãs tomam Kandahar, a segunda cidade do país, Lashkar Gah, Pul-i-Alam, a 50 km da capital Cabul, Mazar-i-Sharif, o último bastião do norte que seguia sob controle do governo.
A 12 de Agosto de 1998, os Talibãs queimaram toda a coleção de 55 000 livros de uma das mais belas bibliotecas públicas do Afeganistão. Pertencente à Fundação Nasser Khosrow, manuscritos datados de há dez séculos, incluindo um exemplar de Alcorão com cerca de dez séculos, estavam expostos ao lado de muitos autores ocidentais. O movimento usou RPG (lança granadas) para levar a cabo a destruição completa
Dia 15 de agosto , os talibãs tomam Cabul. O presidente Ashraf Ghani foge e os insurgentes entram sem violência no palácio presidencial. A queda de Cabul causa pânico na capital. Milhares de pessoas correm para o aeroporto, com a esperança de escapar, enquanto os países ocidentais organizam a evacuação de seus cidadãos e de pessoas sob sua proteção. A ‘zona verde’, que abriga embaixadas e organizações internacionais, fica deserta. E agora é patrulhada por talibãs armados.
Depois de implementar um rigoroso regime islâmico e surpreender o mundo com algumas ações mais extremas, procederam a destruição dos Budas de Bamiyan (Patrimônio da Humanidade), que, depois de sobreviver quase intactos durante 1 500 anos, foram destruídos com dinamite e disparos de tanques. Em março de 2001, os dois maiores Budas foram demolidos em alguns meses de bombardeio pesado. O governo islâmico do Talibã criticou a UNESCO e as ONGs do exterior pela doação de recursos para reparar essas estátuas quando haveria muitos problemas urgentes no Afeganistão e decretou que as estátuas eram ídolos e, portanto, contrárias ao Alcorão.
Regime Talibã: saiba 29 proibições que são impostas às mulheres
O regime Talibã é considerado um dos mais radicais e primitivos da história, principalmente em relação às mulheres. Aplicado no Afeganistão, submete a mulher a tratamentos desumanos. Em sua aplicação radical do Sharia (código de leis do islamismo), a mulher é excessivamente marginalizada, causando grande indignação ao redor do mundo.
É impossível resumir em alguns pontos o abuso, a humilhação e os maus-tratos permanentes a que são submetidas as mulheres. Mas mesmo assim, a RAWA (Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão) elencou 29 pontos, um mais humilhante e cruel que outro, para que a população mundial possa ter uma ideia do sofrimento que é a vida dessas mulheres. Confira:
1. Total proibição do trabalho feminino fora de casa. Apenas algumas médicas e enfermeiras estão autorizados a trabalhar nos hospitais de Cabul.
2. Total proibição de qualquer atividade feminina fora de casa se a mulher não estiver acompanhada por um mahram (parente próximo do sexo masculino, como pai, irmão ou marido).
3. São impedidas de fazer compras com comerciantes masculinos.
4. Não podem ser tratadas por médicos do sexo masculino.
5. Proibidas de estudar em escolas, universidades ou qualquer outra instituição educacional (o Taliban converteu as escolas para meninas em seminários religiosos).
6. Obrigação do uso da burca, vestimenta que as cobre da cabeça aos pés.
7. As mulheres que não se vistam conforme as regras do Talibã ou que não estejam acompanhadas por um mahram são açoitadas, espancadas ou ofendidas verbalmente.
8. Açoites públicos contra as mulheres que não escondem seus tornozelos.
9. Apedrejamento público contra as mulheres acusadas de ter relações sexuais fora do casamento (muitas delas são apedrejadas até a morte).
10. Proibição do uso de cosméticos (muitas mulheres que pintaram as unhas tiveram os dedos amputados).
11. Proibição de falar ou apertar as mãos de homens não-mahram
12. Proibição de rir alto (nenhum estrangeiro pode ouvir a voz de uma mulher).
Mulheres sendo castigadas pelo Talebã
13. São proibidas de usar sapatos de salto alto, que podem produzir som ao caminhar (um homem não pode ouvir os passos de uma mulher).
14. Proibidas de andar em táxi sem o mahram.
15. Proibidas de participar de programas de rádio, televisão ou de reuniões públicas de qualquer espécie.
16. Proibidas de praticar esportes e de entrar em centros esportivos ou clubes.
17. Proibidas de andar de bicicleta ou motos.
Obrigação do uso da burca, vestimenta que as cobre da cabeça aos pés.
18. Proibidas de usar roupas muitos coloridas. Para o Taliban, isso as tornam sexualmente atrativas.
19. Proibidas de participar de encontros festivos com fins recreativos.
20. Proibidas de lavar as roupas em rios ou qualquer outro lugar público.
21. No país foram alterados todos os nomes de ruas e praças que tivessem a palavra “mulher”. Por exemplo, “Jardim das Mulheres” se chama agora “Jardim da Primavera”.
22. Proibidas de aparecer nas varandas de seus apartamentos ou casas.
23. Janelas de vidro são pintadas para que as mulheres não sejam vistas do lado de fora de suas casas.
24. Os alfaiates são proibidos de costurar roupas femininas ou até tomar as suas medidas.
25. Proibidas de usar banheiros públicos.
26. Mulheres e homens são proibidos de viajar no mesmo ônibus. Os ônibus são divididos em “só para homens” ou “só para mulheres”.
27. Proibidas de usar calças, mesmo debaixo da burca.
28. É proibido fotografar ou filmar mulheres.
29. É proibido publicar imagens de mulheres em revistas, jornais, livros ou cartazes de qualquer ordem.
Além dessas restrições, as mulheres também não podem ouvir música, assistir filmes ou comemorar a chegada do Ano Novo (Nowroz). Para os Talibãs essa é uma festa pagã. (Fonte: F5 Portal)
Só lembrando que os muçulmanos acreditam que Deus é único e incomparável e o propósito da existência é adorá-lo. Eles também acreditam que o islão é a versão completa e universal de uma fé primordial que foi revelada em muitas épocas e lugares anteriores, incluindo por meio de Abraão, Moisés e Jesus, que eles consideram profetas. Os seguidores do islão afirmam que as mensagens e revelações anteriores foram parcialmente alteradas ou corrompidas ao longo do tempo, mas consideram o Alcorão (ou Corão) como uma versão inalterada da revelação final de Deus. Os conceitos e as práticas religiosas incluem os cinco pilares do islão, que são conceitos e atos básicos e obrigatórios de culto, e a prática da lei islâmica, que atinge praticamente todos os aspectos da vida e da sociedade, fornecendo orientação sobre temas variados, como sistema bancário e bem-estar, à guerra e ao meio ambiente.
A maioria dos muçulmanos pertence a uma das duas principais denominações; com 80% a 90% sendo sunitas e 10% a 20% sendo xiitas. Cerca de 13% de muçulmanos vivem na Indonésia, o maior país muçulmano do mundo. 25% vivem no Sul da Ásia, 20% no Oriente Médio, 2% na Ásia Central, 4% nos restantes países do Sudeste Asiático e 15% na África Subsaariana. Comunidades islâmicas significativas também são encontradas na China, na Rússia e em partes da Europa. Comunidades convertidas e de imigrantes são encontradas em quase todas as partes do mundo (veja: muçulmanos por país). Com cerca de 1,41-1,57 bilhão de muçulmanos, compreendendo cerca de 21-23% da população mundial, o islão é a segunda maior religião e uma das que mais crescem no mundo
Uma artista importante em meio ao caos
Este slideshow necessita de JavaScript.
Nos muros de Cabul estão as personagens feitas pela primeira mulher grafiteira do Afeganistão: elas não têm bocas, mas frequentemente trazem instrumentos musicais como porta-vozes. 🎹 Shamsia Hassani retrata as mulheres afegãs vivendo em uma sociedade predominantemente masculina e que já foi considerada a mais perigosa do mundo para uma mulher viver: “Enquanto trabalho nas minhas obras de arte, penso quase 80% do tempo no meu povo que está em busca da paz”. Suas obras dão às mulheres afegãs um rosto diferente dos estereótipos, algumas literalmente “de cabeça erguida”, têm ousadia, poder, ambições e vontade de atingir objetivos.
🐦 Na série Birds of No Nation [Pássaros de nenhuma nação], por exemplo, Shamsia pinta mulheres que observam cidades a partir de telhados e muros, em referência às conterrâneas que migram para outros países e que “não têm mais nacionalidade, são de lugar nenhum, apenas buscam segurança”.
Em Secret [Segredo], ela pinta mulheres com burcas transparentes. Recentemente, a artista tem retratado sua personagem principal (de olhos fechados e cabeça coberta) tentando oferecer um vaso de flor a um homem armado. 🌼 Shamsia Hassani nasceu refugiada em Teerã, no Irã, em 1988. Queria, mas não pôde estudar arte na escola, devido à sua nacionalidade afegã.
De volta à terra natal, em 2005, decidiu usar a arte para transformar narrativas, trazer inspiração e esperança às mulheres afegãs, lecionando arte na Universidade de Cabul. Conheça: @shamsiahassani
Leia mais:
https://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2015-12-11-a-violencia-no-alcorao/
https://www.bonde.com.br/comportamento/em-dia/regime-taliba-saiba-29-proibicoes-que-sao-impostas-as-mulheres-297421.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Talib%C3%A3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A3o
https://www.pelomundodf.com.br/noticia/62509/entenda-como-o-taliba-recuperou-o-poder-no-afeganistao